"A quietude, a tranquilidade da mente não é resultado do esforço da vontade, nem da ação do desejo; se é, a mente está fechada, isolada, é mente morta, incapaz de adaptabilidade, flexibilidade, ligeireza. Essa mente não é criadora.
Muitos que buscam a tranquilidade mental, retiram-se da vida ativa, para uma aldeia, para um mosteiro, para as montanhas ou se recolhem às suas ideias, fecham-se numa crença, evitam as pessoas que possam causar-lhes perturbações. Esse isolamento não é tranquilidade mental. O fato de encerrar a mente numa ideia ou de evitar pessoas que nos complicam a vida não produz a tranquilidade mental. Só vem essa tranquilidade, quando não há processo de isolamento, mediante acumulação, mas uma compreensão completa de todo o processo das relações. A acumulação envelhece a mente; só quando a mente é nova, fresca, quando está livre do processo de acumulação, só assim existe a possibilidade de alcançar a tranquilidade mental. A mente não está, então, morta; está sobremodo ativa. (...) O pensamento, em todos os níveis, é reação da memória, em todos os níveis, é reação da memória, e o pensamento nunca pode achar-se em estado de criação." (Krishnamurti)
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