MDTS, Crítica Radical, Advogados Clovis Renato e Thiago Pinheiro na defesa dos trabalhadores |
O documento
também estipula possível punição ao reitor da UFC, professor Henry Campos, caso
o descumprimento se repita. O juiz determinou que os 700 funcionários não sejam
demitidos até que o processo seja concluído.
A punição
ocorreu devido à inclusão de funcionários em lista de demissão e de impedimento
de entrar nos locais de trabalho. De acordo com a assistente social Teresa
Cristina Sampaio, 54, membro do Movimento em Defesa do Trabalhadores(as) da
Saúde (MDTS), 111 funcionários foram incluídos na relação de dispensa e estão
desde outubro de 2015 sem receber salários e benefícios. “Eu estou entre esses
funcionários e nós continuamos trabalhando, respeitando as escalas da greve”,
comentou.
Conforme a
ata, a UFC ainda teria descumprido a ordem de depositar, como garantia, o valor
integral das rescisões contratuais dos 700 funcionários cujos contratos não
pretende renovar. O movimento dos funcionários estima o valor em cerca de R$ 18
milhões.
O juiz
determinou também que o não cumprimento da revogação de demissões e do depósito
até hoje acarretará multas ao reitor de até R$ 70 mil.
Por meio da
assessoria, a UFC negou que tenha descumprido ordem judicial e informou que a
relação contratual — bem como a responsabilidade por demitir — cabe à Sameac. A
universidade explicou ainda que o repasse dos valores depende do envio das
informações pela Sameac, a quem caberia informar quem trabalhou e quanto cada
um deve receber.
Contratos
Outro
processo, este na Justiça Federal, determina por acordo que o contrato dos
funcionários da Sameac com a UFC termina no dia 18 de fevereiro. A decisão vai
de encontro ao que o juiz da instância trabalhista determina. “A UFC deve se
abster de dispensar a mão de obra dos autores até o fim deste processo”, indica
ata. A próxima audiência, em que a UFC apresentará defesa, será em 30 de março.
A universidade informou que está sendo assessorada pela Advocacia Geral da
União (AGU) sobre como proceder em relação aos trabalhadores após 18 de
fevereiro.
Até lá,
Teresa Cristina permanece com esperança. “No Paraná, a universidade firmou
acordo para prorrogar o contrato por mais cinco anos.”, acredita.
A
universidade, porém, informou que não há qualquer decisão judicial de
prorrogação do contrato além de 18 de fevereiro. O POVO entrou em contato com a
secretária da presidência da Sameac, desde a manhã de quarta-feira, mas não
obteve retorno até o fechamento desta matéria.
Saiba mais
Em março de
2015, o Ministério da Educação indicou que terceirizados dos Hospitais
Universitários Federais fossem substituídos por concursados. O prazo era 31 de
dezembro de 2015 e foi prorrogado por um ano.
Desde então,
700 funcionários no Ceará estão sob ameaça de demissão. De acordo com eles, o
concurso anunciado não deverá contemplar todas as vagas.
Fonte:
http://www.opovo.com.br/app/opovo/cotidiano/2016/02/05/noticiasjornalcotidiano,3571645/ufc-e-multada-por-descumprir-ordem-judicial-na-meac-e-no-huwc.shtml
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