Um painel específico para o setor de transporte fará parte
do 2º Seminário Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, cuja realização
foi anunciada pelo presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do
Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), ministro Carlos Alberto Reis
de Paula, para o mês de setembro. A importância do seminário, segundo o
ministro, será "mostrar os conhecimentos técnicos atuais sobre a prevenção
possível dos acidentes de trabalho". O evento integra as ações do Programa
do Trabalho Seguro desenvolvido pelo TST e CSJT.
Mais de cem mil acidentes
Devido ao crescimento acentuado do número de acidentes tanto
de pessoas diretamente envolvidas quanto de usuários, o setor de transporte foi
escolhido pelos gestores do Programa Trabalho Seguro do TST como prioridade
para atuação em prevenção em 2013. "Basta dizer que a Previdência Social,
nas suas estatísticas, reconheceu no ano de 2011 um número elevado de acidentes
no setor", observa o desembargador Sebastião Geraldo Oliveira, gestor
nacional do programa, salientando a importância dessa prioridade.
O gestor destacou que, "para se ter uma ideia,
ocorreram 100.230 acidentes de trajeto em 2011, oficialmente reconhecidos pela
Previdência como acidente de trabalho". Dados do Ministério da Previdência
e Assistência Social de 2011 registram 29.589 acidentes de trabalho
relacionados a transporte terrestre, incluindo, entre outros, transporte
ferroviário, metroferroviário, rodoviário de passageiros e de carga.
"O Judiciário Trabalhista quer dar a sua colaboração,
na medida do possível, para lançar luzes nessa área obscura dos acidentes
ocorridos no setor de transporte, para até enxergar melhor soluções possíveis e
viáveis", destacou o desembargador Sebastião Geraldo Oliveira. A importância
de se focar o setor de transporte é, conforme ressaltou, "verificar quais
seriam as medidas adequadas para incentivar, aprimorar as medidas preventivas a
serem adotadas para tentar a redução do número de acidentes".
O gestor nacional do programa observou que as causas dos
acidentes são diversas, como jornadas extensas e o uso de medicamentos ou
drogas para manter os motoristas acordados. "A nova Lei do motorista – Lei
12.619/2012 - trouxe uma discussão interessante, exatamente pelo número
acentuado de acidentes nessa área", afirmou.
(Secom/TST)
Nenhum comentário:
Postar um comentário