Em seu
início, o Curso de Letras integrava a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
da Universidade Federal do Ceará, estruturada nos moldes da Faculdade Nacional
de Filosofia, da Universidade do Brasil, cujo regime didático havia sido estabelecido
pelo Decreto Lei N.º 9092 de 26 de março de 1946.
O primeiro
currículo do Curso de Letras constante do primeiro Regimento da Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras foi aprovado pelo Conselho Universitário, em 14 de
julho de 1961, Resolução n.º 102, na forma do artigo 3º da Lei N.º 3866 de 25
de janeiro de 1961. Constava de um regime de quatro séries anuais para o
Bacharelado e para a Licenciatura, compreendendo três áreas de estudo: Letras
Neolatinas, Letras Anglo-Germânicas e Letras Clássicas.
Ao longo
dos anos de existência do Curso de Letras, algumas alterações podem ser
verificadas no currículo. A primeira dessas modificações, aprovada pelo parecer
n.º 73/63, em 06/12/63, tratou da classificação das disciplinas em regulares e
complementares.
Com a publicação do Regimento da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, elaborado sob a coordenação do Padre Francisco Batista Luz, em 1964, outras modificações ocorrem no currículo de Letras. As emendas sugeridas a esse Regimento são aprovadas em 12/11/65 pelo Parecer n.º 943/65 do Conselho de Ensino Superior-CESU. As alterações que acontecem no currículo de Letras entram em vigor em janeiro de 1966. As disciplinas do Curso passaram, então, a ser ofertadas por semestre letivo na forma do Artigo 36. O Curso passou a ter 180 créditos para a Licenciatura e para o Bacharelado, distribuídos nos ciclos básico e profissional.
No anexo 21 ao Regimento da Universidade publicado em 1974, referente ao Curso de graduação em Letras consta o bacharelado, que, embora não ofertado, passou a ter 200 créditos, ao passo que os objetivos e estrutura do Curso não sofrem nenhuma outra modificação.
Com a publicação do Regimento da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, elaborado sob a coordenação do Padre Francisco Batista Luz, em 1964, outras modificações ocorrem no currículo de Letras. As emendas sugeridas a esse Regimento são aprovadas em 12/11/65 pelo Parecer n.º 943/65 do Conselho de Ensino Superior-CESU. As alterações que acontecem no currículo de Letras entram em vigor em janeiro de 1966. As disciplinas do Curso passaram, então, a ser ofertadas por semestre letivo na forma do Artigo 36. O Curso passou a ter 180 créditos para a Licenciatura e para o Bacharelado, distribuídos nos ciclos básico e profissional.
No anexo 21 ao Regimento da Universidade publicado em 1974, referente ao Curso de graduação em Letras consta o bacharelado, que, embora não ofertado, passou a ter 200 créditos, ao passo que os objetivos e estrutura do Curso não sofrem nenhuma outra modificação.
O anexo 20
ao Regimento Geral da Universidade, referente ao Curso de Letras, aprovado pelo
Parecer n.º 1198 do Conselho Federal de Educação, em 09/04/76, manteve as
modalidades Licenciatura e Bacharelado, o sistema de oferta de disciplinas por créditos e reduziu
para 172 o total de créditos para a Licenciatura e o Bacharelado.
A proposta
vigente até o segundo semestre de 2005, aprovada na Coordenação do Curso em 26
de janeiro de 1993, no Conselho do Centro de Humanidades em 12 de março de
1993, e no CEPE em 14 de junho de 1993, entrou em vigor no 2º semestre de 1993.
O processo
de discussão sobre as novas Diretrizes Curriculares dos cursos superiores
iniciou-se após a publicação do Edital 4/97 do Ministério da Educação e do
Desporto, em 1997. Nesse Edital, a discussão sobre as novas Diretrizes
Curriculares dos cursos superiores atende ao inciso II do artigo 53 da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/96), de 20 de dezembro de 1996, e
coaduna-se com o disposto na Lei 9.131 de 24 de novembro de 1995, que determina
como atribuição da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação
a deliberação sobre as diretrizes curriculares dos cursos de graduação
propostas pela SESu/MEC com auxílio da comissão de especialistas. As Diretrizes
Curriculares têm como objetivo servir de referência para as Instituições de
Ensino Superior (IES), na organização dos seus programas de formação,
permitindo uma flexibilidade na construção dos currículos plenos e
privilegiando a indicação de áreas do conhecimento a serem consideradas, em vez
de estabelecer disciplinas e cargas horárias definidas. As Diretrizes
Curriculares devem contemplar, ainda, a denominação de diferentes formações e
habilitações para cada área do conhecimento.
No âmbito da Universidade Federal do Ceará, desde o ano de 2000, a Pró-Reitoria de Graduação tem participado efetivamente da discussão nacional e promovido, internamente, diversos eventos acerca das Diretrizes Curriculares e da construção de Projetos Pedagógicos. Nesse sentido, vale ressaltar as principais ações realizadas:
No âmbito da Universidade Federal do Ceará, desde o ano de 2000, a Pró-Reitoria de Graduação tem participado efetivamente da discussão nacional e promovido, internamente, diversos eventos acerca das Diretrizes Curriculares e da construção de Projetos Pedagógicos. Nesse sentido, vale ressaltar as principais ações realizadas:
· I encontro sobre Projeto Pedagógico,
realizado nos dias 26 e 27 de abril de 2001;
· Discussão com a professora Ilma Passos, da
Universidade Federal do Rio de Janeiro, tendo como tema o Projeto Pedagógico,
Diretrizes Curriculares e o Desenvolvimento de Habilidades e Competências nos
Cursos de Graduação, em 2001;
· Seminário sobre a Concepção Pedagógica e
Filosófica das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação,
em 2002;
· Seminário Novos Rumos da Graduação, em
parceria com outras IES do Ceará, em
2002;
· Organização, publicação e divulgação do volume 6 da Série Acadêmica, intitulado: Projeto Pedagógico do Curso - Socialização de Percursos;
· Organização, publicação e divulgação do volume 6 da Série Acadêmica, intitulado: Projeto Pedagógico do Curso - Socialização de Percursos;
· Criação do Grupo de Trabalho das
Licenciaturas com a participação de coordenadores de Curso e da equipe da
Pró-Reitoria de Graduação, em 2003;
· Instauração da comissão de Ensino para
discussão e elaboração do Projeto Pedagógico, durante a I Semana de
Humanidades, em 2003, e
· Apresentação de Propostas para o Projeto
Pedagógico pelo GT de Ensino, durante II Semana de Humanidades, em 2004.
Especificamente
no Curso de Letras, a discussão para elaboração deste Projeto Pedagógico
ocorreu inicialmente com a apresentação e discussão das Diretrizes
Curriculares, seguida da redefinição dos objetivos do Curso, do perfil
necessário ao licenciado em Letras e da explicitação das habilidades e
competências a serem desenvolvidas durante o Curso. Em seguida, os resultados
dessas discussões foram apresentados aos alunos durante a Semana de Letras em
2003.
Atendendo
a uma decisão do colegiado, houve uma divisão de tarefas na Coordenação do
Curso com a formação de três comissões, quais sejam: Prática como Componente
Curricular, Atividades Complementares e Estágio Supervisionado. As propostas
foram apresentadas durante a Semana de Humanidades, no primeiro semestre de
2005. A partir de então, houve diversas reuniões com os chefes de Departamento
para a integralização curricular, descrita na seção de número quatro deste
Projeto.
- Formar docentes de Língua e Literatura,
materna e estrangeira, para atuar na educação de nível Fundamental II e Médio.
- Motivar a iniciação à pesquisa em língua e literatura, materna e estrangeira.
- Iniciar a preparação dos discentes para o
ingresso na docência universitária, a ser completada na pós-graduação.
- Qualificar profissionais interessados em
língua e literatura.
- Qualificar discentes para contribuir em
outras áreas do conhecimento, no debate interdisciplinar, prestando assessorias
nos setores políticos, culturais, em órgãos governamentais, organizações não
governamentais etc.
PERFIL DO
EGRESSO
De um modo
geral, pretendemos formar indivíduos
preocupados com o bem comum e capazes de exercer plenamente sua cidadania.
Indivíduos que, uma vez licenciados, possam atuar no magistério de forma
crítica e reflexiva, fazendo uso da
língua e da literatura, materna e/ou estrangeira, de forma a auxiliar
a população atingida por seu trabalho a
desenvolver: a) uma competência lingüística de excelência (referente aos
processos de recepção: escuta e leitura e de produção: oralidade e escrita, de
diferentes discursos); b) um aguçado
senso ético e estético e c) um profundo conhecimento e respeito às diferentes
variedades lingüísticas e às distintas manifestações literárias.
De modo
mais específico, a graduação em Letras visa a desenvolver, no aluno, as
seguintes características:
· capacidade de analisar, descrever e
explicar a estrutura e funcionamento de línguas específicas, em particular da
língua portuguesa utilizada no Brasil, em seus aspectos fonológicos,
morfossintáticos, semânticos e discursivo-pragmáticos;
· capacidade de relacionar questões de uso da
língua a conceitos teóricos relevantes e de conduzir investigações sobre a
língua e a linguagem e suas manifestações na sociedade;
· domínio ativo e crítico de um repertório representativo das literaturas associadas às línguas estudadas, bem como das condições sob as quais a língua se torna literária;
· domínio ativo e crítico de um repertório representativo das literaturas associadas às línguas estudadas, bem como das condições sob as quais a língua se torna literária;
· conhecimento de diferentes variedades de
língua existentes, dos fatores que condicionam tais variedades e das
implicações sociais decorrentes dos diferentes usos;
· respeito
às diferentes variedades lingüísticas e reconhecimento das implicações
sociais decorrentes do uso da norma padrão e das demais variedades em
diferentes manifestações discursivas;
· domínio de conceitos que possibilitem
compreender e explicar a linguagem como
uma faculdade inata e ao mesmo tempo um
fenômeno cognitivo, sócio-histórico e cultural;
· domínio de conceitos que permitam a produção de textos em diferentes gêneros e registros lingüísticos;
· domínio de conceitos que permitam a produção de textos em diferentes gêneros e registros lingüísticos;
· atitude
investigativa que favoreça a construção contínua do conhecimento na área e
sua aplicação na área das novas tecnologias.
· conhecimento das diferentes línguas e
literaturas nas suas manifestações orais e escrita, assim como das teorias e
dos métodos que fundamentam as investigações sobre a linguagem e a arte
literária e facilitam a solução dos problemas nas diferentes áreas de saber;
· análise e interpretação de obras literárias
baseadas no domínio ativo de um repertório representativo de literatura;
· conhecimento das relações de
intertextualidade e reconhecimento das condições sob as quais a expressão
lingüística se torna literatura;
· análise e reflexão crítica da estrutura e
do funcionamento de sistemas lingüísticos e de manifestações diversas da
linguagem, com base no domínio de diferentes noções de gramática e no
reconhecimento das variedades lingüísticas e dos diversos níveis e registros de
linguagem;
· capacidade de realizar uma classificação histórica,
política, social e cultural de produtos e processos lingüísticos e literários,
particularmente de textos de diferentes gêneros e registros lingüísticos e de
suas relações com outros tipos de discurso;
· domínio da terminologia apropriada que
possibilite a discussão e a construção
do conhecimento referente à(s) língua(s) e à(s) respectivas literatura(s);
· capacidade para atuar como mediador em contextos interculturais;
· capacidade
para realizar crítica lingüística e
literária;
· convivência crítica, responsável e
competente com diferentes resultados de
pesquisas lingüísticas e literárias e
· capacidade de estabelecer relações com as
disciplinas afins e suas perspectivas de investigação científica
(interdisciplinaridade).
Fonte: UFC
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