A crise do
financiamento do SUS e os desafios da sua sustentabilidade foram os temas
debatidos no programa Sala de Convidados, do Canal Saúde da Fiocruz. A edição
teve a participação do pesquisador do Departamento de Administração e
Planejamento em Saúde e ex-diretor da ENSP, Antônio Ivo de Carvalho. O programa
teve como base um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea),
que analisou dados de 2003 a 2011.
A pesquisa
apontou que o montante que o governo deixa de arrecadar com a renúncia fiscal
para gastos com saúde acaba beneficiando as operadoras de planos de saúde e
deixando de ajudar o SUS. Segundo o Ipea, somente em 2011, o governo deixou de
arrecadar quase R$ 16 bilhões em impostos que seriam pagos pelas famílias,
empregadores, indústrias farmacêuticas e hospitais filantrópicos.
Durante o
programa, Antônio Ivo lembrou o período antes da Constituição Federal e as
formas de financiamento. “A grande diferença está em quem paga a conta. Antes
da Constituição, tínhamos um sistema de seguro social com o sentido de incluir
a classe trabalhadora formal. Ele era financiado por trabalhadores e
empregadores. A partir de 1988, com a seguridade social, a saúde passa a ser um
direito da cidadania, e quem passa a ser onerado é a sociedade inteira.”.
Além de
Antônio Ivo, participaram do programa o economista do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea) Carlos Octávio Ocké-Reis e a pesquisadora da Escola
Politécnica em Saúde Joaquim Venâncio Ialê Falleiros.
Por:
Informe ENSP Em: 27/06/2013 às 21:15:54
Fonte:
ISAGS
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