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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Brasil e mais cinco países da América do Sul alcançam metas da FAO contra a fome antes do prazo de 2015

Trinta e oito países cumpriram os objetivos definidos a nível internacional na luta contra a fome, alcançando sucesso antes do prazo estabelecido para 2015. Entre eles, 12 são da América Latina e do Caribe, disse a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) nesta quarta-feira (12).

Na região, Brasil, Chile, Cuba, Honduras, Guiana, Nicarágua, Panamá, Peru, República Dominicana, São Vicente e Granadinas, Uruguai e Venezuela atingiram a meta da FAO.
“Esses países estão abrindo o caminho para um futuro melhor. São a prova de que com uma forte vontade política, coordenação e cooperação, é possível conseguir reduções rápidas e duradouras para a fome”, disse o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva.
Graziano pediu a todos os países para manter os esforços para a erradicação total da fome, de acordo com o objetivo estabelecido pelo Desafio Fome Zero – lançado em 2012 pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.
Globalmente, a fome diminuiu na última década, mas 870 milhões de pessoas ainda estão subnutridas e milhões de seres humanos sofrem as consequências de deficiências vitamínicas e minerais, incluindo a falta de crescimento da criança”, disse o chefe da FAO.
“Precisamos manter nossos esforços”, acrescentou, “até que todos possam viver uma vida saudável e produtiva.”
As histórias de sucesso
Vinte países cumpriram o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio número um (ODM-1), que visa a reduzir pela metade a proporção de pessoas com fome entre os períodos de 1990-92 e 2010-2012, conforme estabelecido pela comunidade internacional na Assembleia Geral das Nações Unidas em 2000.
Além disso, 18 países foram parabenizados por alcançar tanto o ODM-1 quanto a meta mais exigente da Cúpula Mundial de Alimentação (CMA) de reduzir à metade o número de subnutridos entre 1990-1992 e 2010-2012.
O objetivo da CMA foi criado em 1996, quando 180 países reuniram-se em sede da FAO para discutir as várias maneiras de acabar com a fome.
Os países que só alcançaram o ODM-1 foram: Argélia, Angola, Bangladesh, Benin, Brasil, Camboja, Camarões, Chile, República Dominicana, Fiji, Honduras, Indonésia, Jordânia, Malauí, Maldivas, Níger, Nigéria, Panamá, Togo e Uruguai.
Aqueles que conseguiram alcançar tanto o ODM-1 quanto os objetivos do CMA são: Armênia, Azerbaidjão, Cuba, Djibuti, Geórgia, Gana, Guiana, Kuwait, Quirguistão, Nicarágua, Peru, São Vicente e Granadinas, Samoa, São Tomé e Príncipe, Tailândia, Turcomenistão, Venezuela e Vietnã.
Os países serão homenageados em uma cerimônia de alto nível na sede da FAO, no próximo dia 16 de junho, coincidindo com a semana em que a Conferência da FAO, o órgão máximo da Organização, se reúne.
Angola, Brasil e São Tomé e Príncipe entre os casos de sucesso
Segundo os dados da FAO, o maior caso de sucesso foi São Tomé e Príncipe, que alcançou ambas as metas ao reduzir em 66% a proporção de pessoas com fome desde 1990-92, passando dos 23% para os 8%, ou seja, de cerca de 19 mil para 5 mil pessoas.
Angola conseguiu diminuir em 57% a proporção de pessoas com fome desde 1990-92, passando dos 63% da população para os 27% e alcançando, assim, o ODM-1. No entanto, em termos absolutos foi registada uma diminuição de 21% de pessoas com fome, dos 7 milhões para os 5 milhões de pessoas, um progresso que ficou aquém da meta da Cúpula Mundial da Alimentação.
O mesmo se passou com o Brasil, que atingiu o ODM-1 ao reduzir em 53% a proporção de pessoas com fome desde 1990-92, dos 15% da população para 7%. Em termos absolutos houve também uma diminuição significativa, com 10 milhões de pessoas a libertarem-se da fome – 23 milhões para 13 milhões –, mas apesar desta diferença de 40% não foi ainda possível reduzir para metade o número absoluto de pessoas com fome.
Milhões de pessoas ainda sofrem com a fome
Segundo o relatório da FAO “O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2012”, a grande maioria das vítimas da fome, 852 milhões, vivem em países em desenvolvimento – cerca de 15% de sua população –, enquanto 16 milhões de pessoas estão subnutridas nos países desenvolvidos.
Além disso, apesar da tendência geral e sucessos nacionais, a fome tem aumentado na África nos últimos anos.
Globalmente, a insegurança alimentar é hoje em grande parte um problema de acesso a recursos e serviços que as famílias precisam para produzir, adquirir ou obter alimentos nutritivos suficientes.
A agricultura desempenha um papel vital para permitir o acesso aos alimentos. Mais de 70% dos pobres vivem em áreas rurais e a maioria ainda depende direta ou indiretamente da agricultura para a sua subsistência.
“O aumento da produtividade agrícola é, portanto, um elemento importante na melhoria do acesso aos alimentos”, argumenta a FAO.
O diretor-geral da FAO disse que ficou encorajado com os sinais de maior comprometimento de muitos países para acabar com a fome e a desnutrição através da agricultura e do desenvolvimento sustentável, incluindo a participação em programas regionais inspiradas pelo Desafio Fome Zero.
Por: ONU Brasil Em: 19/06/2013 às 14:16:38

Fonte: ISAGS

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