No total, agora são 950 trabalhadores afastados na
unidade.
Ampliação do lay-off estava prevista em acordo com
sindicato.
A General Motors (GM) do Brasil comunicou mais 100
funcionários da fábrica em São Caetano do Sul que entrarão em lay-off
(suspensão temporária de contrato) a partir de 19 de janeiro. Eles se juntam a
outros 850 empregados também afastados desde 10 de novembro de 2014.
De acordo
com o sindicato local dos metalúrgicos, a GM já planejava suspender 950
trabalhadores no final do ano, mas entrou em acordo para "livrar" 100
deles. Em troca, um Programa de Demissão Voluntária (PDV) seria aberto para
atingir pelo menos 50 demissões.
"No
entanto, o PDV não foi aberto, então estes 100 também entraram. O prazo deles
vai ser mais curto que os demais", afirmou Francisco Nunes,
vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgcos de São Caetano do Sul, na região
metropolitana de São Paulo.
Segundo a
GM, a ampliação do lay-off na unidade
está conforme o "acordo firmado com o sindicato desde outubro do ano
passado, com o intuito de ajustar a produção à demanda do mercado".
Os 850
funcionários suspensos desde novembro devem retornar ao trabalho em 9 de maio,
enquanto os 100 que entram agora voltam em 9 de abril. No local, são produzidos
os modelos Cruze (hatch e sedã), Spin, Montana e Cobalt.
A GM também usa o artifício para evitar
demissões em São José dos Campos (SP), onde 930 empregados saíram em 8 de
setembro e devem voltar em 7 de fevereiro. A legislação brasileira determina
que a suspensão do contrato pode durar no máximo 5 meses.
ABC
Outras
montadoras instaladas no ABC paulista já esgotaram os recursos para evitar
demissões e anunciaram cortes no início de 2015. A Volkswagen dispensou 800
trabalhadores da unidade Anchieta, em São Bernardo do Campo.
O Sindicato
dos Metalúrgicos do ABC organizou uma greve imediata para tentar reverter as
demissões. A produção de modelos como Gol, Polo e Saveiro está parada desde 6
de janeiro. As negociações foram retomadas na últimas semana, mas a greve
continua.
Na Mercedes-Benz, 160 desligamentos foram feitos
em dezembro, outros 100 aderiram a um PDV e 750 estão em lay-off até 30 de
abril. Segundo
alguns demitidos, a empresa afirmou que
a justificativa para o corte era baixa produtividade.
Queda nas
vendas
Tanto o
mercado de carros, como o de comerciais apresentou queda nas vendas em 2014.
Entre os veículos de passeio e comerciais leves, houve redução de 6,9%,
enquanto caminhões e ônibus tiveram queda de 11,6%, de acordo com dados da
Fenabrave, a associação das concessionárias.
A queda
anual é a segunda consecutiva. Ao todo, foram emplacados 3.497.811 de veículos.
Em tom pessimista, o a Fenabrave projeta nova queda para 2015, de 0,53%. Já as
fabricantes (Anfavea) esperam alta de 4,1% na produção e vendas estagnadas
neste ano.
Fonte:
http://g1.globo.com/carros/noticia/2015/01/gm-comunica-mais-100-funcionarios-de-lay-em-sao-caetano-do-sul.html
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