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domingo, 2 de novembro de 2014

SINTUFCE dialoga com servidores em assembleias setoriais sobre lutas locais LABOMAR, FACED

Diretoria Colegiada do SINTUFCE, durante todo o mês de outubro, visitou os técnico-administrativos, realizando assembleias setoriais, para levar informes, ouvir as dúvidas e encaminhar ações do sindicato em prol das 30 horas e contra o ponto eletrônico. As reuniões foram pautadas, ainda, pela luta em favor da paridade na escolha do Reitor, pela proposta de suspensão do pagamento da CUT, além de informes nacionais e jurídicos.
Foram visitados o PLANOP/PICI (06/10), Centro de Tecnologia/PICI (07/10), FACED (08/10), Zootecnia/PICI (09/10), ICA/Centro de Ciências (14/10), Biblioteca de Ciências Humanas (16/10), FACED (14/10) e Labomar (21/10). Ainda serão promovidas reuniões no HUWC, Casa de José de Alencar, Benfica e campi avançados da UFC.
Os servidores aprovaram a iniciativa. Wilson Franklin Júnior, biólogo, técnico-administrativo lotado no Labomar, relatou sua impressão após a reunião: "Eu me surpreendi com essa diretoria. Gostei muito da reunião aqui, porque eu me senti mais representado, mais do que em gestões passadas. É uma via de mão dupla: o sindicato tem que vir mais, estar presente - porque ficamos muito isolados aqui, e nós servidores temos que participar das atividades", disse.
Paulo Roberto, geógrafo, também lotado no Labomar, também avaliou positivamente: "Eu confio plenamente no sindicato. Desde que eu entrei na universidade, eu me filiei logo ao SINTUFCE, e eu acho de extrema importância ter uma representatividade como o nosso sindicato. Eu tô notando que está melhorando. A partir desta diretoria, eu estou me sentindo mais respaldado, principalmente com o fortalecimento dessa assessoria jurídica", explicou.
A vigilante Cristine de Carvalho Nogueira, que trabalha no Labomar, concorda com os colegas: "Estou super contente. O SINTUFCE está contemplando a nossa batalha, dos servidores. Tenho visto interesse, empenho. Recebemos jornal, mensagem, email. Tô muito satisfeita", concluiu.
Na FACED, a diretoria do SINTUFCE, acompanhada do advogado Clóvis Renato, assessor jurídico da entidade, esteve por duas vezes para esclarecer questões específicas do local relacionadas às 30 horas. A servidora Ivone Almeida de Souza participou dos encontros e aprovou. "Foi boa a reunião. Estávamos com dúvidas, que foram bem esclarecidas. Todos gostaram e saíram do encontro elogiando muito. Foi ótimo o esclarecimento do advogado e do Zé Raimundo (coord. Geral do SINTUFCE). Há muito tempo a gente estava com dúvidas sobre nossa situação da FACED, porque há muito tempo cumprimos as 30 horas", explicou. As servidoras Ivone Almeida e Enoe de Jesus Cunha Morais foram as representantes da FACED escolhidas pelo grupo para representar os servidores do setor nas reuniões do Grupo de Apoio ao Reitor para Avaliação de Unidades Organizacionais com Dinâmica de Serviço Especial, criado pelo reitor Jesualdo Farias por meio da Portaria nº 2.193, de 27 de junho de 2014, onde os servidores são representados por dois diretores do SINTUFCe: José Raimundo e Telma Araújo.
30 HORAS
Acerca das 30 horas, a direção comunicou, nas setoriais, a conquista da implantação da jornada reduzida de trabalho no Complexo Hospitalar e a situação dos demais setores da universidade. "O SINTUFCE, orientado por sua assessoria jurídica, sugeriu à administração superior que a realidade de cada setor seja conhecida pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep) e que sejam elaboradas portarias setoriais, implantando as 30 horas no locais contemplados pelo Decreto nº 4.836", explicou a coordenadora Geral do SINTUFCE, Telma Araújo. Dessa forma, cada setor terá seu direito garantido e resguardado com mais segurança. A coordenadora alertou também para o fato de que, com a legislação atual, nem todos os setores poderão ser contemplados. "O decreto 4.836 tem limitações e as 30 horas não serão logo para toda a universidade. Há uma luta nacional, em paralelo, pela reformulação desse decreto para que seja reaberta a discussão sobre ele e que seu texto passe a contemplar toda a universidade", explicou. A coordenadora Geral Keila Camelo complementou: "o Reitor poderia usar a prerrogativa da autonomia universitária para aplicar as 30 horas para todos. O que falta é a vontade política".

Enquanto isso, o Grupo de Apoio ao Reitor para Avaliação de Unidades Organizacionais com Dinâmica de Serviço Especial, criado pelo reitor Jesualdo Farias por meio da Portaria nº 2.193, de 27 de junho de 2014, está em sua quarta reunião. Os coordenadores Gerais do sindicato José Raimundo e Telma Araújo são os representantes dos técnico-administrativos da UFC na comissão e estão fazendo todo o levantamento legal para fundamentar a implantação das 30 horas. "Estamos reunindo e estudando as leis, normas do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), orientações dos órgãos de controle e as experiências de outras Instituições Federais de Educação (IFES). Enquanto sindicato, a gente não abre mão de lutar pelos setores que se adéquam à legislação", disse Telma. A diretoria também anunciou a criação de mais um reforço para a luta pelas 30 horas. "Será lançado pelo SINTUFCE um Observatório Político para detectar essas imperfeições na lei e na aplicação da legislação", informou Telma Araújo.
Nacionalmente, a luta pelas 30 horas, a partir da Fasubra, não têm avançado. A Fasubra leva a pauta para a mesa de negociações com o Governo, que não demonstra interesse em modificar a legislação e alega que a decisão é das Reitorias. Enquanto isso, os técnico-administrativos e alunos da universidade sofrem no dia a dia com os sistema de horários vigente, incompatível com as demandas da instituição.
"Na questão das 30 horas, eu sou vigilante e sou contemplada. Acho que a que a universidade tem condições sim implantar as 30 horas. Melhora o atendimento; a universidade não pára, não fecha, e contempla a sociedade e público interno. Aqui (Labomar), há muita necessidade. A gente atende alunos, funcionários, pessas de fora que vem conhecer ou fazer pesquisas. O atendimento sem interrupções contemplaria muita gente. Há, inclusive, muita reclamação desse público que não consegue atendimento no horário de almoço", conta a servidora Cristine de Carvalho.
PONTO ELETRÔNICO
A implantação pela universidade do ponto eletrônico para todos os servidores, com exceção dos professores, é mais uma polêmica e ponto de luta discutido nas reuniões. Em reunião entre SINTUFCE e reitor Jesualdo Farias, este afirmou que sofre pressões dos gestores para a implantação do ponto eletrônico. Em resposta, o SINTUFCE propôs à universidade, por meio de ofício, a realização pela Progep de um seminário com seus gestores para a abordagem do assunto. "O sindicato nunca defendeu a falta de um controle de frequência. Mas, nós jogamos de volta a pergunta: pra quê o ponto eletrônico? Ele controlará a produtividade?", disse Telma Araújo. A universidade acatou a proposta e realizará o seminário. Segundo o servidor Wilson Franklin, "o ponto complicaria pra gente (do Labomar). O corpo técnico, aqui, é muito capacitado e realiza trabalhos externos de pesquisa. Não sei como aplicariam esse tipo de controle".
PARIDADE
No próximo mês de março, SINTUFCE, ADUFC e DCE realizarão um seminário para discutir a paridade nas eleições para Reitor da universidade. "Nós já estamos nos reunindo para traçar as diretrizes do evento. A programação já está sendo fechada e, em breve, começaremos a divulgar. O evento debaterá sobre os aspectos positivos da paridade para a universidade", informou Keila Camelo. Segundo a diretora, SINTUFCe e DCE já têm uma decisão congressual favorável à paridade, e a ADUFC terá uma decisão da categoria a ser tirada em assembleia geral.
Atualmente, o sistema em vigor é o 70-15-15, em que os docentes têm o maior poder de decisão na escolha do Reitor, e os alunos e técnico-administrativos participam apenas de forma simbólica, tendo cada um dos grupos apenas 15% do poder de voto. O Reitor Jesualdo Faria já se manifestou oficialmente ao SINTUFCE, alegando que levará ao Conselho Universitário a proposta de paridade, caso seja formalizado pelas três entidades representativas da comunidade universitária - SINTUFCE, ADUFC e DCE - o desejo pela mudança.
A desfiliação da CUT também está sendo debatida com os servidores durante as reuniões setoriais do SINTUFCE. A decisão será tomada pela categoria em Congresso previsto para o primeiro semestre de 2015. "Nós honramos com o nosso compromisso, pagando mensalmente mais de R$13.000 à CUT, mas ela é que não tem honrado o seu compromisso com os técnico-administrativos das universidades federais do Ceará. Até que apareça a central que, realmente, nos represente, nós propomos essa medida", explicou Keila Camelo. A suspensão total do pagamento mensal à CUT foi proposta e apoiada pelos servidores em todas as assembleias setoriais. "Nós somos uma entidade com 36 anos de existência, mas não temos uma sede recreativa para realizarmos nossos congressos, festividades e confraternizações. Esse valor destinado à CUT será investido no lazer dos trabalhadores, com a construção da nossa sede recreativa no terreno que o SINTUFCE possui na Cofeco", explicou. Até 2016, esse espaço, com campo de futebol, quadra de basquete e vôlei, chalés, piscina, auditório, dentre outros atrativos, estará construído e entregue para usufruto dos filiados do sindicato e seus familiares.
"Eu nunca consegui entender a questão de uma representação de classe ser atrelada a algum partido, como a CUT está fazendo. Eu sou a favor da desfiliação e vejo com muito bons olhos essa questão do sindicato se desvincular dessa entidade que não nos representa. Quanto à sede de lazer é algo que a gente necessita, para congregar mais. Nós - do Labomar - ficamos muito isolados da universidade", defendeu o servidor Wilson Franklin.
O servidor Paulo Roberto também comentou a proposta. "Eu acho que o sindicato tem que ser neutro. A neutralidade é importante para evitar que certas ações sejam manipuladas por certas instituições, como partidos políticos, explicou, em apoio à desfiliação do SINTUFCE à CUT. Sobre a sede de lazer, comentou: "muito boa a sede recreativa - questão fundamental, uma opção de lazer para os servidores e familiares".
Cristine de Carvalho complementou: "concordo com a desfiliação do SINTUFCE à CUT principalmente pelo valor da mensalidade, e mais ainda por ela não trabalhar a favor da nossa categoria. Não está trabalhando, não está ajudando, estão sai!".

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