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quinta-feira, 3 de julho de 2014

Goiânia: Em assembleia, professores decidem manter greve e ocupação da Câmara

Servidores da rede de ensino de Goiânia estão em greve desde 26 de maio.
Eles afirmam que corte de ponto dos grevistas pesou na continuidade do ato.
Professores e servidores administrativos da rede municipal de ensino de Goiânia decidiram em assembleia, na tarde desta terça-feira (1º), manter a greve e a ocupação do plenário da Câmara de Vereadores. Segundo o Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), o ato continuará até que a prefeitura atenda às reivindicações da categoria.
Ao G1, o diretor jurídico do sindicato, Antônio Gonçalves Rocha Júnior, informou que o corte de ponto dos servidores grevistas pesou na decisão da categoria, que está em greve desde 26 de maio. “Tem colega que recebia cerca de R$ 800 e recebeu R$ 360 esse mês. Com esse dinheiro, ela tem que cuidar das três filhas e pagar o aluguel da casa que mora. Isso nunca havia acontecido. Não precisamos repor as aulas já que tivemos o ponto cortado, o que vai causar prejuízo para os alunos”, afirmou.

A Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que a administração municipal "se dispôs a efetuar o pagamento regular desde que ocorra o cumprimento da decisão judicial de suspensão imediata da greve, bem como o compromisso por parte dos trabalhadores paralisados de reposição integral dos dias letivos não cumpridos". O órgão alega ainda que a prefeitura protocolou, na Câmara Municipal, projetos de lei que atendem pontos negociados com os grevistas.
O diretor jurídico afirmou que uma nova reunião com representantes da prefeitura está marcada para a tarde de quarta-feira (2) no Ministério Público Estadual (MP-GO). O objetivo, segundo o sindicato, é tentar chegar a um acordo.
Greve
A greve dos servidores e professores da rede municipal de educação começou no dia 26 de maio. No último dia 26 de junho, o sindicato apresentou à administração municipal uma proposta reduzida de reivindicações.
O documento pede que a prefeitura de posicione sobre quatro pontos: o pagamento da data-base, o pagamento retroativo do aumento salarial dos professores, o enquadramento de auxiliares de atividades educativas como professores, e não funcionários administrativos, e o pagamento da titularidade dos professores. A SME informou que todos esses pontos já foram discutidos com os grevistas, mas que mesmo assim, existe dificuldade nas negociações.
Ocupação da Câmara
O grupo invadiu a Câmara Municipal após os vereadores rejeitaram a votação de um pedido de impeachment contra o prefeito Paulo Garcia (PT), no dia 10 de junho.
A Justiça havia determinado no dia 12 de junho a reintegração de posse do plenário. Os professores não deixaram o local no prazo estipulado pelo Comitê de Gerenciamento de Crise da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), que vencia em 24 de junho.
Como os grevistas não deixaram a Casa, o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, vereador Clécio Alves (PMDB), solicitou à Justiça, no dia 25 de junho, a suspensão da ordem de reintegração de posse do plenário. Segundo o parlamentar, o objetivo era evitar violência e tentar uma negociação pacífica.
O pedido de suspensão foi acatado pela SSP-GO após uma reunião entre os vereadores e o Comitê de Gestão de Crise. Segundo Clécio Alves, uma comissão de parlamentares será criada para intermediar as negociações entre grevistas e prefeitura. O trabalho do legislativo entrou em recesso no dia 26 e só será retomado em agosto.

Fonte: http://g1.globo.com/goias/noticia/2014/07/em-assembleia-professores-decidem-manter-greve-e-ocupacao-da-camara.html

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