Em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (21) o
Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) encaminhou novo
ofício solicitando uma audiência com o prefeito Murilo Zauith, e realizou uma
reunião e protesto nesta noite na Câmara Municipal de Dourados. A secretária de
Educação Marinisa Mizoguchi informou que o que for decidido neste encontro de
hoje a noite será uma decisão definitiva quanto à paralisação dos professores.
Nesta noite devem ser
votados em regime de urgência os projetos encaminhados à Casa na semana passada
pela secretária. A primeira proposta é a da Lei nº 832 do magistério, que
refere-se à implantação do piso nacional de 20 horas, e a segunda é a da Lei nº
615, que refere-se ao reajuste de inflação dos 12 meses para os servidores
administrativos. Conforme a secretária informou ao
Dourados News na semana passada, as medidas já seriam implantadas a partir da
competência de julho em caso de aprovação.
Conforme entrevista cedida ao Dourados News, o presidente do
Simted, João Vanderley Azevedo,disse que a paralisação
continua e com adesão massiva da maioria dos educadores que prestam serviço na
rede municipal, que tem 45 unidades e atende a uma demanda de 27 mil alunos.
“Continuamos com nossas tentativas do prefeito discutir as pautas da categoria
e cumprir o que foi acordado. A adesão já compromete mais de 90% das atividades
nas escolas, sendo algumas paralisadas totalmente e as demais parcialmente”,
apontou Azevedo.
A mobilização de greve na rede municipal de educação de
Dourados começou oficialmente no dia 15 deste mês, após ser definida em
assembleia do sindicato. A secretaria municipal de educação diz não reconhecer
a greve como algo oficial, e recomendou aos pais que encaminhem seus filhos às
escolas, com a garantia da contratação de substitutos caso seja necessário.
O sindicato denunciou
na semana passada a possibilidade de contratação de temporários ao MPE
(Ministério Público Estadual), classificando como um ato ilegal. A decisão aconteceu após a secretaria
afirmar que os professores que faltassem as aulas, teriam descontos na folha de
pagamento.
A paralisação dos professores já dura quatro dias e os pais
e alunos já começam a sentir o reflexo da falta de aulas. Provalvemente haverá
um mudança no calendário letivo para que os alunos cumpram a aulas que não
estão sendo ministradas durante a greve. Eles podem até ter que repor as aulas
no período de férias.
Fonte: http://www.campograndenews.com.br/cidades/interior/greve-completa-4-dias-e-tem-90-de-adesao-estima-sindicato
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