Atendimento
emergencial passou uma semana sem os 33 médicos cooperados. Profissionais já
retornaram
Durante
uma semana, o atendimento emergencial para gestantes da Maternidade-Escola
Assis Chateaubrian (Meac) ficou sem 33 médicos ginecologistas e/ou obstetras
que prestam serviço à instituição através da Cooperativa dos Ginecologistas e
Obstetras do Ceará (Coopego). A paralisação das atividades aconteceu em virtude
da falta de pagamento dos honorários - conforme informou o presidente da
cooperativa, Jader Carvalho.
Em contato
com O POVO, o gerente de Atenção a Saúde da Meac, Carlos Augusto Alencar, confirmou
que houve a paralisação dos médicos ocasionada pela “inviabilidade do pagamento
da cooperativa em tempo hábil”. Segundo ele, atualmente, a instituição precisa
repassar valores referentes aos meses de abril, maio e junho. Ele ressaltou que
os médicos retornaram ao trabalho ontem, após sete dias de paralisação, mas só
devem receber os salários na próxima semana.
Carlos
Augusto admitiu que essa não foi a primeira paralisação de profissionais
cooperados motivada pela falta de pagamento. “Até que os profissionais que
passaram no último concurso (realizado através da Empresa Brasileira de
Serviços Hospitalares - Ebserh) assumam, nós vamos ter essa dificuldade. O
concurso aconteceu para que nós não precisemos gastar com serviços das
cooperativas e possamos destinar esses valores para outros fins”, afirmou
Carlos Augusto Alencar.
Ele ainda
explicou que, atualmente, a Meac recebe verbas federais da Rede Cegonha.
Entretanto, segundo ele, a demanda passa primeiro pela Secretaria Municipal da
Saúde (SMS). A assessoria de imprensa da pasta confirmou o entrave no repasse,
mas disse que as pendências burocráticas já foram resolvidas com a Meac e o
montante foi repassado.
Para o
presidente da Coopego, médico Jader Carvalho, o principal malefício da
paralisação é a produção de demanda para outras unidades. “Quando não tem
atendimento garantido na Meac, as gestantes vão procurar outros hospitais e
isso vai superlotar alguma unidade”, lamentou.
O gerente de Atenção a Saúde da Meac, Carlos
Augusto Alencar, informou que aguarda a vinda dos primeiros profissionais
provenientes do concurso realizado através da Empresa Brasileira de Serviços
Hospitalares (Ebserh) para, no máximo, os próximos dois meses.
“Os gastos
são crescentes, mas, infelizmente, os recursos não aumentam da mesma forma. Os
valores que recebemos hoje são muito semelhantes aos de cinco anos atrás”,
lamentou. Segundo ele, a maternidade tem atualmente mil funcionários.
A Cooperativa dos Ginecologistas e Obstetras
do Ceará (Coopego) mantem contrato com outros hospitais e também com
prefeituras - segundo o presidente da instituição, Jader Carvalho.
“Se fosse
um episódio esporádico, nos até poderíamos contornar. Mas é uma situação constante. Não há uma data regular de pagamento”,
declarou o presidente da Coopego.
Fonte:
http://www.opovo.com.br/app/opovo/cotidiano/2014/07/04/noticiasjornalcotidiano,3276895/emergencia-da-meac-fica-7-dias-sem-33-medicos-por-falta-de-pagamento.shtml
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