APONTA LEVANTAMENTO
Em 2012, a CUT tinha 36,7% e agora passou a 34,4%. Já a
Força Sindical caiu de 13,7% para 12,6%. Já a UGT passou de 11,3% para 11,9%
Quantidade de afiliados impacta no valor dos recursos
repassados pelo Governo Federal às entidades trabalhistas
Brasília. O governo federal deve publicar nos próximos dias
o "raio X" de todas as centrais sindicais brasileiras.
Segundo dados obtidos pelo jornal "O Estado de S.
Paulo", as duas maiores centrais do País, a Central Única dos
Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical, perderam terreno no movimento sindical.
No raio X de 2012, que serviu de parâmetro para divisão do imposto sindical até
agora, a CUT tinha 36,7% e agora passou a 34,4%. Já a Força Sindical caiu de
13,7% para 12,6%. O texto finalizado pelo Ministério do Trabalho aguarda apenas
publicação no Diário Oficial.
O índice de
representatividade das centrais, como é chamado, registra o tamanho de cada
entidade, levando em consideração o número de sindicatos filiados a elas e
quantos sócios cada sindicato têm. O indicador foi criado no governo Lula, em
2008, e serve de base para o repasse do imposto sindical - para receber uma
parcela do dinheiro, as centrais precisam ter, no mínimo, 7% de
representatividade. Quanto maior for este número, mais dinheiro recebe.
Enquanto CUT e Força caíram, outras centrais aumentaram de
tamanho. A União Geral dos Trabalhadores
(UGT) chegou a 11,9%, ante 11,3% em 2012. Tendo como presidente Ricardo
Patah (PSD), que apoia a presidente Dilma Rousseff, e uma cúpula filiada ao
PPS, que apoia Eduardo Campos e Marina Silva (ambos do PSB), a UGT tem crescido
principalmente em sindicatos que antes eram filiados à Força. Também em 2013,
como revelou O Estado de S. Paulo em dezembro, a UGT conquistou a filiação de
Luiz Motta, presidente da Federação dos Comerciários em São Paulo, que até
então era o tesoureiro nacional da Força, comandada pelo deputado Paulo Pereira
da Silva, o Paulinho (SDD), aliado do candidato à Presidência Aécio Neves
(PSDB). Outra a crescer foi a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil (CTB), ligada ao PC do B e também ao PSB.
A CTB chegou a 9,3%,
ante 9,2% em 2012. Finalmente, a Nova
Central Sindical do Brasil (NCST) ficou praticamente na mesma posição, ao
registrar representatividade de 8%.
Sem dinheiro
Entre as centrais menores, que continuarão sem receber uma
parte do que é arrecadado com o imposto sindical, estão três entidades
importantes no jogo político sindical brasileiro. A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), ligada ao PMDB, fechou o ano
passado com representatividade de 5,42%.
Finalmente, a Central
Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), ligada ao Partido Pátria Livre (PPL)
e ao PSB, ficou com 2,86%, pouco à frente do Conlutas, central do PSTU e do PSOL, que registrou 2,56%. O Conlutas tem entre seus principais
sindicatos aqueles que representam os metroviários em São Paulo e os
metalúrgicos de São José dos Campos (SP).
Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/nacional/cut-e-forca-perdem-terreno-no-sindicalismo-1.1062390
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