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domingo, 19 de janeiro de 2014

A capacidade de compreender argumentos pelo Povo (percepção de 1819)

“Sou da opinião”, escreveu o Bispo de Llandaff em 1820, “que Vossa Senhoria está muito enganada ao supor que o Povo, ou o vulgo, como lhe agrada chama-los, é incapaz de compreender argumentos”:
O povo, asseguro a Vossa Senhoria, não gosta absolutamente de estorinha simplórias. Tampouco apreciam a linguagem declamatória ou, numa afirmação vaga, suas mentes, nos últimos dez anos, passaram por enorme revolução. (...)
Permita-me (...) dizer que (...) essas classes, conforme meu conhecimento certo, são atualmente mais esclarecidas do que as outras classes da comunidade. (...). Enxergam mais longe no futuro que o Parlamento e os Ministros. – Existe essa vantagem presente em sua busca de conhecimento. – Não têm nenhum interesse particular a atender: e, portanto, seu juízo não está encoberto por preconceitos ou egoísmo. Além do que, sua comunicação recíproca é totalmente livre. Os pensamentos de um suscitam outros pensamentos noutro. As idéias são discutidas sem a restrição imposta à suspeita, por falso orgulho ou falsa modéstia. E assim a verdade é rapidamente alcançada.” 

(Apud. Political Register, 27 de janeiro de 1820) 
(THOMPSON, Eduard P. A formação da classe operária inglesa. Parte II - A força dos trabalhadores. 2. ed. 3v. Coleção Oficinas da História. Tradução: Denise Bottmann. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. p. 343)

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