Depois de
quatro horas de negociação, o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense e a
direção da CSN não entraram num acordo na Mesa Redonda na Delegacia Regional do
Trabalho, em Volta Redonda. Por meio da Assessoria de Comunicação, a CSN
informou que a reunião foi interrompida e retorna na segunda-feira (dia 11). O
novo encontro acontecerá às 9 horas no mesmo local.
O
presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Renato Soares,
disse que a empresa quis manter as duas propostas apresentadas nas reuniões de
junho, quando a primeira foi recusada pelos trabalhadores em votação em junho e
a segunda recusada pelo Sindicato na mesa de negociação. “Eles (a direção da
empresa) querem que o sindicato coloque em votação a segunda proposta. Não
vamos aceitar porque o reajuste é para setembro e os trabalhadores perdem
meses. Hoje, os funcionários novos ficam, em média, três ou quatro anos na
empresa e sai para outra. Portanto, quatro meses é um tempo considerado”, disse
Renato Soares, durante intervalo da reunião de ontem.
Em 16 de
junho, 76% dos trabalhadores da CSN recusaram a proposta (dos 6.069 votos,
4.646 recusaram). A empresa ofereceu um reajuste salarial 5,82% (INPC),
retroativo a maio/2014, cartão alimentação de R$ 312, (reajuste de 5,82% -
INPC), além de duas recargas extras no valor de R$ 200/cada. A primeira a ser
paga em junho e a segunda em dezembro, sem a participação do trabalhador.
Consta também na proposta rejeitada auxílio creche no valor de R$ 458
(recebendo o reajuste de 13,36%), valor de empréstimo de R$ 2.620 para R$ 2.800
a partir de junho e convênio farmácia. A empresa se comprometeu a incluir mais
uma nova rede de farmácia. Hoje apenas um atende os operários da empresa.
Por
enquanto, as duas partes descartaram a possibilidade de dissídio, quando a
decisão do reajuste salarial é feita na Justiça Trabalhista.
O dissídio
não é feito unilateralmente, informou a assessoria da CSN. Renato Soares, por
sua vez, disse que o dissídio seria “péssimo para os trabalhadores”.
“Há mais
de quatro meses, iniciamos as negociações do acordo coletivo de trabalho com os
representantes da empresa, sem grandes avanços. Duas propostas foram levadas à
votação e rejeitadas nas urnas pelos metalúrgicos da empresa com mais de 70%
dos votos”, disse Renato Soares, que continuou: “De lá para cá, o sindicato vem
tentando retomar as negociações, sem êxito. Por essa razão, resolvemos contar
com a intermediação de um representante do Ministério do Trabalho. Agora,
esperamos que com a interferência de um mediador, a gente avance e resolva este
impasse”, finalizou o sindicalista.
Fonte: A
Voz da Cidade -
http://www.mundosindical.com.br/sindicalismo/noticias/noticia.asp?id=17740
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