Trabalhadores
da USP querem 9,78% de aumento.
Reitoria,
no entanto, afirma que não tem condições de dar reajuste salarial.
Reunião de conciliação dos funcionários
grevistas da Universidade de São Paulo (USP) e representantes da reitoria no
Tribunal Regional do Trabalho (TRT) terminou sem acordo nesta quarta-feira
(20). Os funcionários querem 9,78% de aumento e exigem que a reitoria reveja o
corte do ponto.
A
reitoria, por sua vez, diz que a folha de pagamento já consome mais do que todo
o orçamento da universidade e que não tem condições de dar reajuste. Professores e funcionários da USP estão em greve há 86 dias. Alunos de alguns
cursos aderiram à paralisação.
A
desembargadora Rilma Aparecida Hemetério, que presidiu a audiência de
conciliação, indeferiu pedido de liminar da USP para que
considerasse a greve ilegal.
A magistrada declarou que 0% não é proposta para negociação na data-base
e propôs que a universidade apresente um perentual de reajuste em uma nova
reunião de negociação.
Ela
determinou ainda que sejam respeitadas por ambas as partes o cumprimento da lei
que garante o direito da greve. Uma nova reunião de conciliação foi marcada
para quarta-feira (27) da semana que vem, às 13h, novamente na sede do TRT-SP.
Confronto
Na manhã desta quarta-feira, policiais e
grevistas se enfrentaram no campus da USP, na Zona Oeste de São Paulo. Ainda
era madrugada quando um grupo de alunos contrário à paralisação tentou impedir
que grevistas fechassem os portões da USP. Os manifestantes, então, bloquearam
as ruas.
A tropa de
choque da Polícia Militar foi chamada.
Os policiais lançaram bombas e deram tiros de borracha. Um grupo respondeu com
pedras e ateou fogo em barricadas. Pessoas que iam para o trabalho ficaram no
meio do confronto. Comerciantes baixaram as portas. Carros passaram sobre o
canteiro de uma avenida para fugir da confusão. A situação só foi controlada
por volta de nove da manhã.
“A polícia chegou sem nenhum diálogo, jogando bombas, atirando nas
pessoas, nós temos seis companheiros feridos”, disse Magno de
Carvalho, presidente do sindicato dos trabalhadores da USP.
Em nota, a Polícia Militar informou que atendeu à
solicitação do reitor da USP para liberar e garantir os acessos ao campus e
que, antes de entrar em ação, negociou com os manifestantes e apenas uma das
entradas foi liberada. A PM afirmou ainda que não houve feridos.
Fonte:
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/08/reuniao-de-funcionarios-da-usp-com-reitoria-no-trt-termina-sem-acordo.html
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