“Experimentava
o júbilo da descoberta de mim mesmo. Dantes, vivia à feição do caramujo,
segregado na concha, impermeável aos grandiosos espetáculos da Natureza,
rastejando no lodo. Agora, entretanto, convencia-me de que a dor agira em minha construção mental, à maneira do alvião peado,
cujos golpes eu não entendia de pronto. O alvião quebrara a concha de antigas
viciações do sentimento. Libertara-me.
Expusera-me o organismo espiritual ao sol da Bondade Infinita. E comecei a ver
mais alto, alcançando longa distância.
Pela primeira vez, cataloguei adversários na
categoria de benfeitores.
(André
Luiz ‘Os Mensageiros’. Psicografia:
Francisco Cândido Xavier. 20 ed. 1986. p. 11-13)
[...]
comecei a ouvir o apelo profundo e divino, da Consciência Universal.
[...]
A Natureza
recebia-me com transportes de amor. Suas vozes, agora, eram muito mais altas
que as dos meus interesses isolados. Conquistava, pouco a pouco, o júbilo de
escutar-lhe os ensinamentos misteriosos no grande silêncio das coisas. Os
elementos mais simples adquiriram, a meus olhos, extraordinária significação.
[...]
[...] Mas
agora... perdera totalmente a paixão pelos assuntos de ordem menos digna. [...]
Buscava irmãos necessitados. Desejava saber em que lhes poderia ser útil.”
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