“O homem
vulgar costuma estimar as expectativas ansiosas, à espera de acontecimentos
espetaculares, esquecendo de que a Natureza não se perturba para satisfazer a
pontos de vista da criatura.
A morte
física não é salto do desequilíbrio, é passo da evolução, simplesmente.
[...] o
que nos leva a grafar este prefácio singelo, não é a conclusão filosófica, mas
a necessidade de evidenciar a santa oportunidade de trabalho do leitor amigo,
nos dias que correm.
Felizes os
que buscarem na revelação nova o lugar de serviços que lhes compete, na Terra,
consoante a Vontade de Deus.
O
Espiritismo cristão não oferece ao homem tão somente o campo de pesquisa e
consulta, o qual raros estudiosos conseguem caminhar dignamente, mas muito mais
que isso, revela a oficina de renovação,
onde cada consciência de aprendiz deve procurar sua justa integração com a vida
mais alta, pelo esforço interior, pela disciplina de si mesma, pelo
auto-aperfeiçoamento.
Não falta
concurso divino ao trabalhador de boa vontade. [...] É indispensável lavar o
vaso do coração para receber a ‘água viva’, abandonar envoltórios inferiores,
para vestir os ‘trajes nupciais’ da luz eterna.
[...]
Se
procuras, amigo, a luz espiritual; se a animalidade já te cansou o coração,
lembra-te de que, em Espiritualismo, a investigação conduzirá sempre ao
Infinito, tanto no que se refere ao campo infinitesimal, como à esfera dos
astros distantes, e que só a transformação de ti mesmo, à luz da
Espiritualidade Superior, te facultará acesso às fontes da Vida Divina. E,
sobretudo, recorda que as mensagens edificantes do Além não se destinam apenas
à expressão emocional, mas, acima de tudo, ao teu senso de filho de Deus, para
que faças o inventário de tuas próprias
realizações e te integres, de fato, na responsabilidade de viver diante do
Senhor.”
(Emmanuel –
Pedro Leopoldo, 26 de fevereiro de 1944. Prefácio
à obra de André Luiz ‘Os Mensageiros’. Psicografia: Francisco Cândido
Xavier. p. 07-10)
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