Terminou
sem acordo a audiência entre donos de postos e frentistas que nesta
segunda-feira, 4, deflagraram greve parcial em Salvador e interior do Estado.
Na quarta, 6, patrões e empregados voltam a se reunir às 14h no Ministério
Público do Trabalho para discutir reivindicações e contrapropostas.
De novidade,
apenas a elevação, de 6% para 7,5%, no índice de reajuste salarial oferecido
pelos empresários. A mobilização nos postos de combustíveis volta a acontecer
nesta terça, 5, dando prosseguimento à pressão por melhores salários e outras reivindicações da categoria.
Os
frentistas pedem 10% de reajuste, elevação do valor do tíquete-alimentação para
R$ 195, pagamento de adicional de 80% sobre a remuneração nos domingos
trabalhados (limitado a dois por mês) e a elevação desse percentual para 100% a
partir de janeiro. Os donos de postos propuseram tíquete a R$ 180, mas não se
pronunciaram sobre as demais propostas.
Nesta
segunda, dos cerca de 20 postos visitados pela equipe de reportagem de A TARDE,
somente três estavam com as bombas totalmente paradas. O que leva a crer que o
movimento afetou basicamente usuários
dos postos onde houve concentração de grevistas liderados pelo Sindicato dos
Trabalhadores de Postos de Combustíveis da Bahia (Sinposba).
Também
parte dos funcionários das lojas de conveniência cruzou os braços. Segundo o presidente do
Sinposba, Antônio José, há cerca de 15 mil trabalhadores na Bahia, mas 30% do
efetivo estaria trabalhando, em cumprimento à determinação do Ministério
Público do Trabalho, que propôs o reajuste de 9%. "Estamos negociando há quatro meses,
desde a nossa data-base, em 1º de maio, mas os empresários não cederam em
nada", disse Antônio José num piquete feito no posto Mataripe, na Av.
Bonocô.
Golpes e
furtos
Os
trabalhadores reivindicam também que não sejam descontados do salário os
prejuízos causados às empresas por conta de furtos nas lojas de conveniência e
por causa de cartões clonados. "Qualquer prejuízo, mesmo sem nossa
responsabilidade, é divido entre os empregados", denuncia Antônio José.
Sobre esta
questão, o presidente do Sindicombustíveis (patronal), José Augusto Costa, diz
que a Convenção Coletiva de Trabalho e a norma das empresas preveem que,
preventivamente, o frentista disponha de
até R$ 200 no bolso. Se o profissional estiver com um valor superior e for roubado,
o valor excedente é descontado do salário.
A advogada
Diana Lage, 51, conseguiu abastecer no posto Sumaré (Av. Tancredo Neves) após
insistir com os sindicalistas. "Meu carro está com o nível de combustível
baixíssimo. Como estou indo para o trabalho, meu receio é ficar pelo meio do
caminho". Na Paralela, o administrador Gustavo Ferreira, 42 anos, disse
não ter encontrado dificuldade para abastecer o veículo. "Ainda tenho uma
certa reserva no tanque, mas encontrei um posto com um preço bom e resolvi aproveitar
a oportunidade", afirmou.
Fonte:
http://atarde.uol.com.br/bahia/noticias/greve-em-postos-de-combustiveis-continua-apos-reuniao-1611582
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