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quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Professores da Unesp em Araraquara decidem terminar greve de 136 dias

Decisão saiu em assembleia realizada na tarde terça-feira pela Adunesp.
Docentes de Rio Claro e técnicos administrativos mantiveram paralisação.
Os professores da Unesp em Araraquara (SP) decidiram, na tarde desta terça-feira (5), acabar com a greve iniciada em 22 de março. A decisão foi tomada em assembleia realizada no auditório da Faculdade de Ciências e Letras e foi confirmada pela assessoria de imprensa da universidade. Os 424 docentes das quatro unidades de ensino que funcionam na cidade devem voltar ao trabalho na próxima segunda-feira (11), mas a data exata ainda será definida ao longo da semana. Os cerca de 700 funcionários administrativos de Araraquara decidiram continuar a greve parcial, assim como os professores e servidores do campus Rio Claro (SP).
A Unesp informou que os alunos serão avisados via e-mail ou por telefone sobre a volta às aulas. O G1 tentou contato ao longo desta terça-feira com representantes da Associação dos Docentes da Unesp (Adunesp) em Araraquara, mas ninguém foi localizado. De acordo com a assessoria da universidade, a paralisação, que reivindicava reajuste salarial de 9,78%, foi interrompida até o dia 3 de setembro, quando haverá uma reunião para tratar do assunto entre o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) e o Fórum das Seis (entidade que reúne os sindicatos de docentes e funcionários da Unesp, USP e Unicamp).
A reitoria da Unesp já havia se reunido na segunda-feira (4) com representantes da Adunesp e do Sindicato dos Trabalhadores da Unesp (Sintunesp). Durante o encontro, foi proposta a concessão de um abono de 21% aplicados sobre os salários de julho de 2014, abrangendo docentes e servidores técnico-administrativos. Os valores seriam creditados sete dias após a normalização das atividades, de acordo com a universidade. Outra proposta apresentada foi a de um reajuste no valor do vale-alimentação, que passaria de R$ 600 para R$ 850, também condicionado ao fim da greve.
Insatisfação
O encontro não agradou o diretor do Sintunesp em Araraquara, Eduardo Nascimento. O sindicato representa cerca de 700 técnicos-administrativos que trabalham na Faculdade de Ciências Farmacêuticas, na Faculdade de Ciências e Letras, na Faculdade de Odontologia e no Instituto de Química. Destes, cerca de 150 permanecem de braços cruzados e votarão as propostas recebidas em assembleia no dia 11.
"O abono salarial não incide sobre as férias, por exemplo. O percentual apresentado também não ficou claro. Quero enfatizar que não se trata somente da questão salarial. Faltam propostas concretas de melhorias. A universidade diz que está em crise financeira, mas faz investimentos desnecessários, comprando carros de R$ 100 mil somente para transportar diretores", disse.
Ainda segundo Nascimento, a adesão à paralisação é maior na Faculdade de Odontologia, atingindo cerca de 50% dos trabalhadores.

Rio Claro
Os professores das duas unidades da Unesp em Rio Claro - Instituto de Biociências e Instituto de Geociências e Ciências Exatas - também optaram pela continuidade da greve em assembleia realizada nesta terça-feira. A professora Áurea de Carvalho Costa, representante do comando de greve, ressaltou que o reajuste reivindicado é, na verdade, a reposição das perdas com a inflação.
"É um direito constitucional que não está sendo respeitado. Em 2013, foi acordado uma reposição de 3,4% que não houve. Agora, nossos salários ficaram defasados em mais 7%. Esse abono oferecido será diluído em apenas quatro meses de trabalho, não conta para cálculos previdenciários, por exemplo", reclamou.
Volta parcial
Na segunda-feira (4) as aulas foram retomadas parcialmente tanto em Rio Claro como em Araraquara. A assessoria de imprensa da universidade informou que a maioria dos cursos de pós-graduação funcionam normalmente nos campi. Mas boa parte dos cursos de graduação estavam sem aulas regulares.
Unesp
A Unesp ainda justificou que o rejuste oferecido no vale-alimentação é de 41,6%, o que retrata a isonomia dos benefícios entre as três universidades paulistas (Unesp, USP e Unicamp).
Também informou que as propostas apresentadas na segunda-feira surgiram após "a exaustiva explanação sobre a impossibilidade de concessão de reajuste salarial". Entretanto, o mesmo texto confirma que a negociação voltará a ser debatida na reunião de 3 de setembro.

Fonte: http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2014/08/professores-da-unesp-em-araraquara-decidem-terminar-greve-de-136-dias.html

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