Vicente,
médico, esclarece:
“[...] No
que se refere à Medicina, os colegas em bancarrota espiritual são inúmeros. A saúde humana é patrimônio divino e o
médico é sacerdote dela. Os que recebem o título profissional, em nosso
quadro de realizações, sem dele se utilizarem a bem dos semelhantes, pagam caro
a indiferença. Os que dele abusam são, por sua vez, situados no campo do crime.
Jesus não foi somente o Mestre, foi o
Médico também. Deixou no mundo o padrão da cura para o Reino de Deus. Ele proporcionava
socorro ao corpo e ministrava fé a alma. Nós, porém, meu caro André, em
muitos casos terrestres, nem sempre aliviamos o corpo e quase sempre matamos a
fé.
[...] Ainda
não pensara, de fato, em toda a grandeza do serviço divino de Jesus Médico. Ele expulsara febres malignas, curara
leprosos e cegos de nascença, levantava paralíticos, mas nunca ficava apenas
nisto. Reanimava os doentes, dava-lhes esperanças novas, convidava-os à
compreensão da Vida Eterna.
[...] Todo erro traz fraqueza, e, assim
sendo, o nosso colega, por enquanto, não adquiriu forças para se desvencilhar
dos algozes. Perante a Justiça Divina,
portanto, ele não resgata crimes inexistentes, mas repara certas faltas graves e aprende a conhecer-se a si mesmo, a entender
as obrigações nobres e praticá-las, compreendendo, por fim, a felicidade dos que sabem ser úteis com segurança
de fé em Deus e em si mesmos. A noção
do dever bem cumprido, André, ainda
que todos os homens permaneçam contra nós, é uma luz firme para o dia e abençoado
travesseiro para a noite.”
André
responde:
“[...]
Onde existia uma falta, pode haver muitas perturbações; onde apagamos a luz,
podemos cair em qualquer precipício”.
(André
Luiz ‘Os Mensageiros’. Psicografia:
Francisco Cândido Xavier. 20 ed. 1986. p. 74-75)
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