Louis
Althusser (Birmandreis, Argélia, 16 de outubro de 1918 — Paris, 22 de outubro
de 1990) foi um filósofo francês de origem argelina.
[...]
Pensamento
Diversas
posições teóricas de Althusser permaneceram muito influentes na filosofia
marxista. O ensaio Sur le jeune Marx,
constante de Pour Marx, faz uso de um
termo do filósofo da ciência Gaston Bachelard ao propor uma "corte epistemológico"
(coupure épistémologique) entre os
escritos do jovem Marx, inspirados em Hegel e Feuerbach, e seus textos
posteriores, propriamente marxistas. Seu ensaio Marxisme et Humanisme, também de Pour Marx, é uma forte afirmação de anti-humanismo na teoria
marxista, condenando ideias como o "potencial humano" e o
"ser-da-espécie" (Gattungswesen),
que são frequentemente apresentadas por marxistas como uma superação da
ideologia burguesa de humanidade. No ensaio Contradiction
et surdétermination, Althusser usa o conceito de sobredeterminação, oriundo
da psicanálise (uberdeterminierung),
a fim de substituir a ideia de "contradição" por um modelo mais
complexo de casualidade múltipla, em situações políticas (uma ideia muito
próxima do conceito de hegemonia de Antonio Gramsci).
A rejeição
dos hegelianos parte da própria negação de estruturas hegelianas em Marx, onde
a totalidade expressiva de Hegel cede lugar, na proposta althusseriana, ao
"todo-estruturado". É um todo sobredeterminado com níveis e
instâncias relativamente autônomas: na configuração social há, diferente da
lógica dialética, "todos parciais", sem prioridade de um centro. Em
nível do econômico opera-se a rejeição da unicausalidade econômica da história
e das lutas sociais atribuindo-se a instâncias, até então determinadas do
discurso marxista (como o político e ideológico), o peso de instâncias
decisivas, dominantes em ser determinantes. Essa renovação na explicação
marxista dos processos sociais superou efetivamente os extremismos de se imputar
invariavelmente a causa econômica a todos os acontecimentos sociais e
políticos, negando-se a realidade dos fatos ou invertendo-se a sua lógica. A
rejeição da totalidade expressiva hegeliana, que nos marxistas anteriores
significava determinação e dominância só do econômico, ganha assim estatuto de
verdade e respeitabilidade na análise social. Althusser satisfaz, nesse caso, o
problema do político dominando historicamente sobre (às vezes até contra) o
econômico na sociedade1.
Althusser
é amplamente conhecido como um teórico das ideologias, e seu ensaio mais
conhecido é Idéologie et appareils
idéologiques d'état (Ideologia e Aparelhos Ideológicos do Estado). O ensaio
estabelece seu conceito de ideologia, que relaciona o marxismo com a
psicanálise. A ideologia, para ele, deriva dos conceitos do inconsciente e da
fase do espelho (de Freud e Lacan, respectivamente), e descreve as estruturas e
sistemas que permitem um conceito significativo do eu. Estas estruturas, para
Althusser, são tanto agentes de repressão quanto são inevitáveis - é impossível
escapar das ideologias ou não ser-lhes subjugado.
A
ideologia, para Althusser, é a relação imaginária, transformada em práticas,
reproduzindo as relações de produção vigentes. Na realização ideológica, a
interpelação, o reconhecimento, a sujeição e os Aparelhos Ideológicos de Estado
(AIE), são quatro categorias básicas.
Em seu
discurso sobre a Ideologia é patente sua preocupação em encontrar o lugar da
submissão espontânea, o seu funcionamento e suas consequências para o movimento
social.
Para ele,
a dominação burguesa só se estabiliza pela autonomia dos aparelhos (de produção
e reprodução) isolados.
O mito do Estado, como entidade incorporada
pelos cidadãos e como instituição acima da sociedade, aparece, também no estruturalismo
marxista de Althusser sob a forma de "a instituição além das classes e
soberana". Assim os Aparelhos Ideológicos do Estado são a espinha dorsal
de sua teoria.
A teoria dos Aparelhos Ideológicos de Estado
constrói uma visão monolítica e acabada de organização social, onde tudo é
rigidamente organizado, planejado e definido pelo Estado, de tal sorte que não
sobra mais nada para os cidadãos. Não há mais nenhuma alternativa a não ser a
resignação ante o Estado onipresente e absolutamente dominante.
A visão
extremamente simplista dos aparelhos ideológicos como meros agentes para
garantir o desempenho do Estado e da ideologia atraiu para Althusser as frequentes
críticas de funcionalismo. Isto se deve ao fato de que ele não inclui nas suas
preocupações questionamentos sobre o surgimento desses aparelhos ideológicos e
sobre sua lógica, conforme a época. Não há a noção de continuidade histórica e
cada fase é uma fase em si, dentro da qual as diferentes instituições se
articulam, sempre de forma relativa. Assim a igreja - ou a religião -, por
exemplo, não é o resultado de uma sedimentação histórico-cultural de ideias e
visões do mundo, trabalho de séculos dos organizadores da cultura; não, a
igreja é a instituição e seu funcionamento só é captado dentro da lógica
respectiva do momento analisado. A dimensão da "tradição de todas as
gerações mortas que oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos" (Marx)
desaparece.
A obra
Althusser
é considerado um dos principais nomes do estruturalismo francês dos anos 1960,
juntamente com Claude Lévi-Strauss, Jacques Lacan, Michel Foucault ou Jacques
Derrida. Marxista, filiou-se ao Partido Comunista Francês em 1948. No mesmo
ano, tornou-se professor da École Normale
Supérieure.
Autor de
obras lidas e traduzidas no mundo inteiro como Lire Le Capital (1965), Pour
Marx (1965) ou Positions (1976).
Muitos
manuscritos foram publicados após a sua morte dando uma imagem completa dessa
obra rica, radical e contraditória.
Sua
principal tese é o anti-humanismo
teórico que consiste em afirmar a primazia da luta de classes e criticar a
individualidade como produto da ideologia burguesa. Sua fama se deve também
ao fato de ter cunhado o termo "aparelhos ideológicos de Estado" e
analisado a ideologia como espécie de prática em toda e qualquer sociedade e
não somente como erro ou engano que o suposto iluminismo eliminaria. Uma
excelente mas incompleta biografia foi publicada em francês por Yan
Moulier-Boutang. A melhor apresentação de sua obra em inglês foi feita por
Gregory Elliot.
Os
primeiros trabalhos de Althusser incluem o volume Lire le Capital, que coleta a análise de Althusser e seus
estudantes durante uma releitura filosófica d'O capital de Karl Marx. O livro
reflete sobre o status filosófico da teoria marxista como "crítica da
Economia política" e sobre sua finalidade.
Diversas
posições teóricas de Althusser permaneceram muito influentes na filosofia
marxista. O ensaio Sur le jeune Marx,
constante de Pour Marx, faz uso dum termo do filósofo da ciência
Gaston Bachelard ao propôr uma "ruptura epistemológica" entre os
escritos do jovem Marx, inspirados em Hegel e Feuerbach, e seus textos
posteriores, propriamente marxistas. Seu ensaio Marxisme et Humanisme, também de Pour Marx, é uma forte afirmação de anti-humanismo na teoria marxista, condenando ideias como o
"potencial humano" e o "ser-da-espécie" (Gattungswesen), que são frequentemente
apresentadas por marxistas como uma superação da ideologia burguesa de
humanidade. No ensaio Contradiction et
surdétermination, Althusser usa o conceito de superdeterminação, oriundo da
psicanálise, a fim de substituir a ideia de "contradição" por um
modelo mais complexo de casualidade múltipla, em situações políticas (uma ideia
muito próxima do conceito de hegemonia de Antonio Gramsci).
Althusser
também é amplamente conhecido como um teórico das ideologias, e seu ensaio mais
conhecido é Idéologie et appareils
idéologiques d'état (Notes pour une
recherche). O ensaio estabelece seu conceito de ideologia, também
originário do conceito gramsciano de hegemonia. Ao passo que a hegemonia é
determinada, em última análise, por forças políticas, a ideologia se deriva dos
conceitos do inconsciente e da fase do espelho (de Freud e Lacan,
respectivamente), e descreve as estruturas e sistemas que permitem um conceito
significativo do eu. Estas estruturas, para Althusser, são tanto agentes de
repressão quanto são inevitáveis - é impossível escapar das ideologias ou não
ser-lhes subjugado. A distinção entre ideologia e ciência, ou filosofia, não é
assegurada em definitivo pela "ruptura epistemológica": esta ruptura
não é um evento determinado cronologicamente, mas sim um processo. Ao invés de
uma vitória assegurada, tem-se uma luta contínua contra a ideologia: "A
ideologia não tem história".
Os
Aparelhos Ideológicos de Estado
O Estado
A tradição
marxista concebe o estado como um
aparelho repressivo, uma máquina de repressão que permite às classes dominantes
assegurar a sua dominação sobre a classe operária, extorquindo desta última a
mais-valia. O Estado é, antes de qualquer coisa, o Aparelho de Estado, termo
que compreende não somente o aparelho especializado, mas também o exército (que
intervém como força repressiva de apoio em última instância), o Chefe de
Estado, o Governo e a Administração, definindo o Estado como força de execução
e de intervenção repressiva a serviço da "classe dominante".
O
essencial da teoria marxista do Estado
O Estado (e sua existência em seu aparelho)
só tem sentido em função do poder de Estado (manutenção ou tomada do poder de
Estado), muito embora eles sejam duas coisas distintas entre si. O Aparelho de
Estado pode permanecer de pé sob acontecimentos políticos que afetem a posse do
poder de Estado.
Para os
clássicos do marxismo:
O Estado é
o Aparelho repressivo do Estado;
Deve-se distinguir o poder de "Estado" do
"Aparelho de Estado";
O objetivo da luta de classes diz respeito ao
poder de Estado e, consequentemente, à utilização do Aparelho de Estado pelas
classes;
O proletariado deve tomar o poder do Estado
para destruir o aparelho burguês existente, substituí-lo em uma primeira etapa
por um aparelho de Estado completamente diferente (proletário) e elaborar nas
etapas posteriores um processo radical, o da destruição do Estado (fim do poder
de Estado e de todo Aparelho de Estado).
Os Aparelhos Ideológicos de Estado (AIE)
Os
clássicos do marxismo, em sua prática política, trataram do Estado como uma
realidade mais complexa do que a definição da teoria marxista do Estado; porém,
não a exprimiram numa teoria correspondente.
Gramsci também o fez: para ele, o Estado não se resumia ao Aparelho (repressivo) de Estado, compreendendo
também um certo número de instituições da sociedade civil. Entretanto,
Gramsci não sistematizou suas intuições, que permaneceram no estado de
anotações.
Na teoria
marxista, o Aparelho (repressivo) de Estado compreende o governo, a
administração, o exército, a polícia, os tribunais, a prisões, etc. Repressivo
porque o Aparelho de Estado em questão funciona através da violência (física ou
não, como a violência administrativa), pelo menos em situações limite.
Os Aparelhos Ideológicos de Estado designam
realidades que se apresentam na forma de instituições distintas e
especializadas. São eles:
AIE religiosos (o sistema das diferentes
Igrejas);
AIE escolar (o sistema das diferentes escolas
públicas e privadas);
AIE familiar;
AIE jurídico;
AIE político (o sistema político, os diferentes
Partidos);
AIE sindical;
AIE cultural (Letras, Belas Artes, esportes,
etc.);
AIE de informação (a imprensa, o rádio, a
televisão, etc.).
Os Aparelhos Ideológicos de Estado não se
confundem com o Aparelho (repressivo) de Estado, consistindo nos seguintes
pontos essa diferença:
Existe um único Aparelho (repressivo) de Estado,
enquanto que existe uma pluralidade de Aparelhos Ideológicos de Estado.
Enquanto
que o Aparelho (repressivo) de Estado
pertence inteiramente ao domínio público, a maior parte dos Aparelhos
Ideológicos de Estado remete ao domínio privado. Tais instituições privadas
podem ser consideradas Aparelhos Ideológicos de Estado, pois a distinção entre
o público e o privado é intrínseca ao Direito burguês e o domínio do Estado lhe
escapa, estando além do Direito. O Estado (da classe dominante) não é nem
público e nem privado, sendo a condição de distinção entre estes dois últimos.
Não importa se as instituições que compõem os Aparelhos Ideológicos de Estado
são públicas ou privadas, o que importa é o seu funcionamento e instituições
privadas podem funcionar perfeitamente como Aparelhos Ideológicos de Estado.
Gramsci também chegou a essa conclusão.
O Aparelho Repressivo de Estado funciona
predominantemente através da violência e secundariamente através da ideologia,
enquanto que os Aparelhos Ideológicos de Estado funcionam predominantemente
através da ideologia e secundariamente através da violência, seja ela atenuada,
dissimulada ou simbólica. Os Aparelhos
Ideológicos de Estado moldam por métodos próprios de sanções, exclusões e
seleções não apenas seus funcionários, como também as suas ovelhas.
Embora diferente, constantemente combinam suas
forças. Apesar de sua aparência dispersa, os Aparelhos Ideológicos de Estado
funcionam todos predominantemente através da ideologia, que é unificada sob a
ideologia da classe dominante. Então, além
de deter o poder do Estado e, consequentemente, dispor do Aparelho (repressivo)
de Estado, a classe dominante também é ativa nos Aparelhos Ideológicos de
Estado.
De fato, nenhuma classe pode, de forma duradoura,
deter o poder do Estado sem exercer sua hegemonia sobre e nos Aparelhos
Ideológicos de Estado simultaneamente. Comprovando sua afirmação,
Althusser alerta para a preocupação de Lênin em revolucionar, entre outros, o
Aparelho Ideológico de Estado escolar, de modo a permitir ao proletariado
soviético que se apropriara do poder garantir o próprio futuro da ditadura do
proletariado e a passagem para o socialismo.
A partir
dessa afirmação, pode-se concluir que os
Aparelhos Ideológicos de Estado são meios e também lugar da luta de classes,
pois neles a classe no poder não dita tão facilmente a lei quanto no Aparelho
(repressivo) de Estado e também porque a resistência das classes exploradas
pode neles encontrar formas de se expressar.
Assim, de
forma bastante resumida, distingue-se o
poder de Estado do Aparelho de Estado, o qual compreende dois corpos: o corpo
das instituições que constituem o Aparelho Repressivo do Estado e o corpo das
instituições que representam a unidade dos Aparelhos Ideológicos de Estado.
Atualmente, todo Aparelho Ideológico de Estado concorre – cada um da maneira que
lhe é própria – para um mesmo fim, que é a reprodução das relações de produção,
isto é, das relações de exploração capitalista.
Althusser
e a Educação - O Aparelho Ideológico de Estado escolar
No passado, o número dos Aparelhos Ideológicos
de Estado era maior, sendo a Igreja o dominante, reunindo funções religiosas,
escolares, de informação e de cultura. A Revolução Francesa resultou não apenas
na transferência do poder do Estado para a burguesia capitalista comercial,
resultando também no ataque ao Aparelho Ideológico de Estado número um - a
Igreja -, substituída em seu papel dominante pelo Aparelho Ideológico de Estado
escolar.
Na verdade, enquanto o Aparelho
Ideológico de Estado político ocupava o primeiro plano no palco, na coxia o
Aparelho Ideológico de Estado escolar foi estabelecido como dominante pela
burguesia.
A escola
se encarrega das crianças de todas as classes sociais desde a mais tenra idade,
inculcando nelas os saberes contidos da ideologia dominante (a língua materna,
a literatura, a matemática, a ciência, a história) ou simplesmente a ideologia
dominante em estágio puro (moral, educação cívica, filosofia). E nenhum outro Aparelho Ideológico de Estado
dispõe de uma audiência obrigatória por tanto tempo (6h/5dias por semana) e
durante tantos anos - precisamente no período em que o indivíduo é mais
vulnerável, estando espremido entre o Aparelho Ideológico de Estado familiar e
o Aparelho Ideológico de Estado escolar.
Segundo
Althusser, raros são os professores que
se posicionam contra a ideologia, contra o sistema e contra as práticas que os
aprisionam. A maioria nem sequer
suspeita do trabalho que o sistema os obriga a fazer ou, o que é ainda pior,
põem todo o seu empenho e engenhosidade em fazê-lo de acordo com a última
orientação (os métodos novos). Eles questionam
tão pouco que pelo próprio devotamento contribuem para manter e alimentar essa
representação ideológica da escola, que hoje faz da Escola algo tão natural e
indispensável quanto era a Igreja no passado.
Althusser tradicionalmente se afirmava como
marxista, mas seu modo de pensar a educação também pode ser enquadrado na
perspectiva funcionalista-durkheimiana, já que em Althusser a educação tem uma
papel tão fundamental quanto em Durkheim. Mas enquanto
este último analisa a conservação do "equilíbrio social", Althusser
busca a ruptura, a revolução. Para Althusser, o papel da educação e suas operações são determinados fora dela, na base
econômica da sociedade – perspectiva um tanto próxima a da de Bourdieu
embora este último tenha incluído a especificidade da reprodução do capital
simbólico.
Teoria Crítico-Reprodutivista
Althusser
foi o primeiro crítico-reprodutivista no qual a teoria crítico-reprodutivista
foi proposta (em suas várias vertentes) por teóricos franceses de esquerda,
identificados com o marxismo, críticos da sociedade capitalista, defensores do
ideário de Maio de 1968.
Os crítico-reproduvistas denunciam o caráter
perverso da escola capitalista, onde a escola da maioria reduz-se totalmente à
inculcação da ideologia dominante, enquanto as elites se apropriam do saber
universal nas escolas particulares de boa qualidade, reproduzindo, assim, as
contradições inerentes e necessárias ao capitalismo.
O enfoque crítico-reprodutivista enfatiza o
aspecto político em detrimento da técnica, denunciando o caráter reprodutor da
escola. A escola é vista como reprodutora porque fornece às diferentes classes
e grupos sociais, formas de conhecimento, habilidades e cultura que não somente
legitima a cultura dominante, mas também direcionam os alunos para postos
diferenciados na força do trabalho (Giroux, 1988).
A perspectiva crítico-reprodutivista se
revela capaz de fazer a crítica do existente, de explicitar os mecanismos desse
existente, mas não tem proposta de intervenção na realidade. Limita-se apenas a constatar que é assim e
não pode ser de outra forma.
Saviani rotula as teorias de Althusser,
Bourdieu/Passeron e Baudelot/Establet de crítico-reprodutivista. Segundo ele, a teoria pedagógica crítico-reprodutivista
erra porque acredita que a educação não tem poder de determinar as relações
sociais, ao mesmo tempo em que é por elas determinada. Ela pressupõe, erroneamente que, dada uma
sociedade capitalista, a educação apenas e tão somente reproduz os interesses
do capital. Por isso, ela "não
apresenta proposta pedagógica, além de combater qualquer uma que se
apresente", deixando os educadores de esquerda que atuem em sociedades
capitalistas sem perspectivas: sua única alternativa honesta seria abandonar a
ação educacional, que seria sempre "necessariamente reprodutora das
condições vigentes e das relações de dominação (características próprias da
sociedade capitalista)".
O Período Critico-Reprodutivista brasileiro
foi um período de avanço da consciência ingênua dos educadores para uma
concepção mais crítica da educação escolar.
Espetáculo
Teatral
Althusser
foi interpretado, em 1995, pelo ator Rubens Corrêa no espetáculo "O Futuro Dura Muito Tempo" com
direção de Marcio Viana. Em 2000 o ator John Vaz interpretou Althusser no
espetáculo "Os Fatos", com
direção de Stênio Garcia no Teatro Museu da Republica RJ.
Referências
"VASCONCELOS, Vitor Vieira.
Sobredeterminação em Althusser. Universidade Federal de Minas Gerais. 2006.
6p."
Althusser,
L. P. Aparelhos Ideológicos de Estado. 7ª ed. Rio de Janeiro: Graal, 1998.
Fusari,
J.C. Tendências históricas do treinamento em educação - Série Ideias, n. 3, São
Paulo: FDE, p. 13-27, 1992.
Giroux, H.
A Pedagogia radical e o intelectual transformador. In: Escola crítica e
política cultural. 2ª ed. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1988.
Oliveira,
A. C. F. Razões "humanas" para esquecer Louis Althusser. Alceu, Rio
de Janeiro, vol. 5, n. 09, p. 114-131, jul-dez. 2004.
Ramos, R.
J.; Jardim, L. C. Althusser e Barthes: Vértices epistemológicos. FAMECOS, Porto
Alegre, n. 17, p. 110-116, jan-abr. 2002.
Saviani,
Dermeval. Pedagogia histórico-crítica: Primeiras aproximações. 2ª ed. São
Paulo: Cortez/Autores Associados, 1991.
Silva, G.
M. D. Sociologia e Educação: um debate teórico e empírico sobre modernidade.
Enfoques – Revista Eletrônica, Rio de Janeiro, vol. 1, n. 01, p. 66-117, 2002.
Fonte:
Wikipédia
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