A luta
contra a imposição da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) na
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) continua. Na última quarta-feira
(29), foi anunciado o resultado da consulta pública sobre a adesão ou não do
Hospital Universitário (HU) da UFSC à Ebserh, na qual a maioria dos
participantes se posicionou contrária à assinatura do contrato. O resultado do plebiscito, segundo
informação divulgada no site da UFSC, servirá de base para a decisão do
Conselho Universitário (CUn), que deve pautar o tema em reunião ainda em maio.
Segundo o
presidente da Seção Sindical do ANDES-SN na UFSC (ANDESUFSC), Mauro Titton, é necessário manter forte a mobilização
contra a privatização do HU, pois o resultado do plebiscito é um bom
instrumento de pressão, mas não garante a não adesão da UFSC à Ebserh. Embora a posição oficial da reitoria é de
que serão respeitadas as decisões das instâncias democráticas, alguns conselhos
de unidade da UFSC já se posicionaram favoráveis à adesão, o que pode
influenciar na deliberação do CUn, e pactuação com a Ebserh à revelia da
comunidade acadêmica, como já ocorreu em outras universidades. “Nós vamos
lidar com os dados do plebiscito como mais um instrumento de luta, mas sabendo
que nós temos que responsabilizar o Conselho Universitário e a administração
central caso a decisão final não seja contrária à adesão à Ebserh,” destaca.
Titton ressalta que a Ebserh é um ataque direto à
autonomia universitária e aos direitos sociais e trata-se de uma tentativa do
governo de privatizar os hospitais públicos. “Podemos ver com a implementação da
Empresa em outras universidades que, ao contrário da promessa de melhorias e de
repasses de recursos, ela não foi a solução para os problemas dos hospitais –
muito pelo contrário, o resultado foi drástico para docentes, trabalhadores,
estudantes e para o atendimento à comunidade que depende dos serviços do
hospital”, ressalta.
Edição:
ANDESUFSC
Fonte:
ANDES-SN
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