Desejo o melhor e mais maravilhoso, o qual ainda, sequer, foi pensado.
Que todas as portas para o bem permaneçam abertas para os trabalhadores.
Poema "A semana santa em Amanaiara" de Auzim Freire
Clovis Renato
Páscoa (do hebraico Pessach), significando passagem através
do grego Πάσχα é um evento religioso cristão, normalmente considerado pelas
igrejas ligadas a esta corrente religiosa como a maior e a mais importante
festa do Cristianismo. Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus
Cristo depois da sua morte por crucificação (ver Sexta-Feira Santa) que teria
ocorrido nesta época do ano em 30 ou 33 dC. A Páscoa pode cair em uma data,
entre 22 de março e 25 de abril. O termo pode referir-se também ao período do
ano canônico que dura cerca de dois meses, desde o domingo de Páscoa até ao
Pentecostes.
Índice
1 Origem do nome páscoa
2 Páscoa Cristã
3 Páscoa Judaica
4 Tradições pagãs na Páscoa
5 Ver também
6 Referências
Origem do nome páscoa
Os eventos da Páscoa teriam ocorrido durante o Pesa, data em
que os judeus comemoram a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egito.
A palavra Páscoa advém, exatamente do nome em hebraico da
festa judaica à qual a Páscoa cristã está intimamente ligada, não só pelo
sentido simbólico de “passagem”, comum às celebrações pagãs (passagem do
inverno para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egito para a liberdade
na Terra prometida), mas também pela posição da Páscoa no calendário, segundo
os cálculos que se indicam a seguir.
No português, como em muitas outras línguas, a palavra
Páscoa origina-se do hebraico Pesah. Os espanhóis chamam a festa de Pascua, os
italianos de Pasqua , os franceses de Pâques, e também em outras línguas que
provavelmente não saiu do hebraico: latim Pascha, azerbaijano Pasxa, basco
Pazko, catalão é Pasqua, crioulo haitiano Pak, dinamarquês Påske, Pasko em
esperanto, galês Pasg, Pasen em holandês, indonésio Paskah, Páskar em islandês,
Paskah em malaio, em norueguês påske, Paști em romeno, Pasaka em suaíle, påsk
em sueco e Paskalya em turco.
Os termos "Easter" (Ishtar) e "Ostern"
(em inglês e alemão, respectivamente) parecem não ter qualquer relação
etimológica com o Pessach (Páscoa). As hipóteses mais aceitas relacionam os
termos com Eostremonat, nome de um antigo mês germânico, ou de Eostre, uma
deusa germânica relacionada com a primavera que era homenageada todos os anos,
no mês de Eostremonat, de acordo com o Venerável Beda, historiador inglês do
século VII. Porém, é importante mencionar que Ishtar é cognata de Inanna e
Astarte (Mitologia Suméria e Mitologia Fenícia), ambas ligadas a fertilidade,
das quais provavelmente o mito de "Ostern", e consequentemente a
Páscoa (direta e indiretamente), tiveram notórias influências.
Páscoa Cristã
Celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na
cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu por três dias,
até sua ressurreição.
Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos
festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou
Passover, a Páscoa judaica, que é uma das mais importantes festas do calendário
judaico, celebrada por 8 dias e onde é comemorado o êxodo dos israelitas do
Egito, da escravidão para a liberdade. Um ritual de passagem, assim como a
"passagem" de Cristo, da morte para a vida.
A última ceia partilhada por Jesus Cristo e seus discípulos
é narrada nos Evangelhos e é considerada, geralmente, um “sêder do pesach” – a
refeição ritual que acompanha a festividade judaica, se nos ativermos à
cronologia proposta pelos Evangelhos sinópticos. O Evangelho de João propõe uma
cronologia distinta, ao situar a morte de Cristo por altura da hecatombe dos
cordeiros do Pessach. Assim, a última ceia da qual participou Jesus Cristo
(segundo o Evangelho de Lucas 22:16) teria ocorrido um pouco antes desta mesma
festividade.
Páscoa Judaica
Ver artigo principal: Pessach
Segundo a Bíblia (Livro do Êxodo), Deus mandou 10 pragas
sobre o Egito. Na última delas (Êxodo cap 12), disse Moisés que todos os primogênitos
seriam exterminados (com a passagem do anjo por sobre suas casas), mas aqueles
(Israelitas ou Egípcios) que seguissem suas instruções seriam poupados. Para
isso, deveria sacrificar um cordeiro, passar o sangue do cordeiro sobre as
ombreiras das portas de suas casas e não deveriam sair de suas casas, assim, o
anjo passaria por elas sem ferir seus primogênitos. Todos os demais
primogênitos do Egito foram mortos, do filho do Faraó aos filhos dos
prisioneiros. Isso causou intenso clamor dentre o povo egípcio, que culminou
com a decisão do Faraó de libertar o povo de Israel, dando início ao Êxodo de
Israel para a Terra Prometida.
A Bíblia judaica institui a celebração do Pessach em Êxodo
12, 14: Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o como uma festa em
honra de Adonai: Fareis isto de geração em geração, pois é uma instituição
perpétua.
Tradições pagãs na Páscoa
Na Páscoa, é comum a prática de pintar ovos cozidos,
decorando-os com desenhos e formas abstratas; em grande parte dos países ainda
é um costume comum, embora que em outros, os ovos tenham sido substituídos por
ovos de chocolate. No entanto, o costume não é citado na Bíblia e portanto,
este é uma alusão a antigos rituais pagãos. A primavera, lebres e ovos pintados
com runas eram os símbolos da fertilidade e renovação associados a deusa
nórdica Gefjun.
A lebre (e não o coelho) era o símbolo de Gefjun. Suas
sacerdotisas eram ditas capazes de prever o futuro observando as entranhas de
uma lebre sacrificada. A versão “coelhinho da páscoa, que trazes pra mim?” é
comercialmente mais interessante do que “Lebre de Eostre, o que suas entranhas
trazem de sorte para mim?”, que é a versão original desta rima.
A lebre de Eostre pode ser vista na Lua cheia e, portanto,
era naturalmente associada à Lua e às deusas lunares da fertilidade. Seus
cultos pagãos foram absorvidos e misturados pelas comemorações judaico-cristãs,
dando início a Páscoa comemorado na maior parte do mundo contemporâneo.
Fonte: Wikipédia
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