As províncias
da Zambézia e Nampula são as mais populosas do país e concentram cerca de 45%
da população moçambicana. Os macuas são o grupo dominante na parte norte do
país, os sena e shonas (principalmente ndaus) são proeminentes no vale do
Zambeze e os tsongas são predominantes no sul de Moçambique. Outros grupos
incluem os macondes, WaYaos, suaílis, tongas, chopes e ngunis (incluindo
zulus). Povos bantos compreendem 97,8% da população, enquanto o restante,
incluindo africanos brancos (em grande parte de ascendência portuguesa),
euro-africanos (mestiços de povos bantos e portugueses) e indianos. Cerca de 45
mil pessoas de ascendência indiana residem em Moçambique.
Durante o governo colonial português, uma grande
minoria de pessoas de ascendência portuguesa vivia permanentemente em quase
todas as regiões do país e moçambicanos com sangue português, no momento da
independência do país, eram cerca de 360 mil pessoas. Muitos deles deixaram a
região após a independência moçambicana em 1975. Há várias estimativas para o
tamanho da comunidade chinesa em Moçambique, sete mil a doze mil pessoas.
Urbanização
Idiomas
O português é a língua oficial e a mais falada
do país, usada por pouco mais da metade da população. Cerca de 38%,
principalmente a população africano nativa, usam o português como segunda
língua e 12,78% falam como primeira língua. A maioria
dos moçambicanos que vivem nas áreas urbanas usam o português como principal
idioma.
As línguas bantas de Moçambique, que são as
mais faladas no país, variam muito em seus grupos e, em alguns casos, são
bastante mal analisadas e documentadas. Além de ser uma língua franca no
norte do país, o suaíli é falado em uma pequena área do litoral próxima à
fronteira com a Tanzânia; mais ao sul, na Ilha de Moçambique, o mwani,
considerado como um dialeto do suaíli, é falado. No interior da área de suaíli,
o maconde é o idioma mais falado, separado da área onde ciyao é usado por uma
pequena faixa de território de falantes da língua macua. O maconde e o ciyao
pertencem a grupos linguísticos diferentes, sendo o ciyao muito próximo da
língua mwera da área do planalto Rondo, na Tanzânia. Alguns falantes do nianja
são encontrados na costa do lago Malawi, bem como do outro lado do lago na
fronteira com o Malawi. Há falantes de emakhuwa, com uma pequena área de língua
eKoti no litoral. Em uma área abrangendo o baixo Zambeze, falantes da língua
sena, que pertence ao mesmo grupo da língua nianja, são encontrados, com áreas
que falam a CiNyungwe rio acima. Uma grande área de língua chona se estende
entre a fronteira do Zimbabwe e do mar. Anteriormente essa língua era
considerada uma variante do ndau, mas agora usa a ortografia shona padrão
surgiu no Zimbabwe. Há também grupos falantes da língua tsonga, enquanto o tswa
ocorre no litoral e no interior. Esta área de linguagem se estende até a
vizinha África do Sul. Ainda relacionados a estes idiomas, mas diferentes,
estão os falantes do chope ao norte da foz do Limpopo e os falantes da língua
ronga na região imediatamente ao redor da cidade de Maputo. As línguas deste
grupo são, a julgar pelos vocabulários curtos,28 muito vagamente semelhante ao
zulu, mas obviamente não são do mesmo grupo linguístico. Há pequenas
comunidades falantes do Swazi e Zulu em áreas de Moçambique imediatamente ao
lado da fronteira com a Suazilândia e com KwaZulu-Natal, na África do Sul.
Árabes,
chineses e indianos falam principalmente português e, alguns, hindi. Indianos
provenientes da Índia Portuguesa falam qualquer um dos crioulos portugueses da
sua origem, além do português como segunda língua.
Fonte:
Wikipédia
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