De acordo com as medições do Scripps Institution of
Oceanography, da Universidade de San Diego, que está monitorando a estação de
Mauna Loa, no Havaí, a concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera
chegou a 400,03 partes por milhão (ppm) nesta quinta-feira (9).
“É muito simbólico. Este é um ponto em que devemos parar
e pensar sobre onde estamos e o que estamos fazendo. É uma marca que nos alerta
sobre o que já vinha se construindo na nossa frente há algum tempo”, afirmou
Ralph Keeling, responsável pela estação de Mauna Loa, ao jornal britânico The
Guardian.
“A ultrapassagem dessa marca é uma lembrança significante
do quão rápido – e do quão extenso – está sendo o aumento da concentração de
gases do efeito estufa na atmosfera. No começo da industrialização, a
concentração de CO2 era de apenas 280ppm. Esperamos que essa marca ajude a
trazer uma maior conscientização sobre a realidade científica das mudanças
climáticas”, declarou Rajendra Pachauri, presidente do Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
Pesquisadores acreditam que a última vez que a
concentração de CO2 esteve acima da marca dos 400ppm foi entre 3,2 milhões e
cinco milhões de anos atrás, quando o planeta era muito mais quente do que
hoje.
Segundo o IPCC, seria preciso manter a concentração em
350ppm para que as temperaturas globais não subam além de 2oC, o limite de
segurança para evitar as piores consequências das mudanças climáticas.
10/05/2013 17:04:00
Fabiano Ávila, do Instituto CarbonoBrasil
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