Em: 05/12/2012 às 11:46:16
Cerca de 15%
da população mundial — ou 1 bilhão de pessoas — vive com alguma deficiência, de
acordo com o Relatório Mundial sobre Deficiência da Organização Mundial da
Saúde (OMS), publicado em 2011. Nas Américas, esse grupo é estimado entre 140 e
180 milhões de pessoas que enfrentam diariamente obstáculos que afetam sua
saúde, acessibilidade e participação na sociedade.
No âmbito do
Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, observado dia 03.12, a
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) lembrou que a prevalência das
deficiências tende a aumentar nos próximos anos, em razão do envelhecimento da
população mundial e do aumento global de doenças crônicas, como diabetes,
doenças cardiovasculares, câncer e distúrbios de saúde mental.
Algumas das
barreiras relacionadas à saúde enfrentadas por pessoas com deficiência estão
ligadas à ausência de políticas claras para lidar com a deficiência no setor de
saúde e serviços inadequados de cuidados, principalmente no acesso à
reabilitação e pessoal adequado.
Embora muitos
países já tenham começado a tomar medidas para melhorar a vida das pessoas com
deficiência, ainda há muito a ser feito. Entre as recomendações da OPAS para
superar os obstáculos estão a formulação de políticas, programas e planos de
saúde abordando a deficiência; tornar os sistemas de saúde mais abrangentes;
investimento no desenvolvimento de serviços de reabilitação e prestação de
colaboração técnica; e introdução de mudanças estruturais no contexto dos
cuidados de saúde, além da utilização de equipamentos com características de
design universal, fornecendo informações em formatos adequados e capacitando os
recursos humanos.
Um exemplo de
experiência bem sucedida nas Américas é o desenvolvimento de programas de
detecção precoce e intervenção da deficiência e a implementação da estratégia
de reabilitação baseada na comunidade. Além da implementação de normas de
acessibilidade — com ênfase na estratégia de design universal — na maioria dos
países da região e da assinatura de pactos sobre os direitos desse grupo, como
a Política Andina de Atenção às Pessoas com Deficiência.
“A deficiência afeta todos os setores da
sociedade e os políticos precisam reconhecer e promover a saúde e o bem-estar
de todas as pessoas como um direito humano fundamental, independentemente de
sua condição funcional”, disse o consultor regional sobre Deficiência OPAS/OMS,
Armando Vasquez. “A partir desta perspectiva, deve-se criar uma nova cultura de
respeito pela diferença e pela diversidade de promover a igualdade de
oportunidades e de ética social e política”, acrescentou.
Fonte: ISAGS
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