11 de
dezembro de 2012
Apesar das
incertezas que ainda persistem a nível mundial — sobretudo as dificuldades que
enfrentam a Europa, os Estados Unidos e a China – o Brasil deve ter um
crescimento de 4% em 2013. Junto com a Argentina, o país irá impulsionar uma
aceleração do crescimento econômico de toda a região da América Latina e o
Caribe. É isto o que prevê as novas estimativas apresentadas hoje (11) em
Santiago, Chile, pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe
(CEPAL).
De acordo com
o Relatório Balanço Preliminar das Economias da América Latina e do Caribe
2012, divulgado em uma coletiva de imprensa pela Secretária-Executiva da CEPAL,
Alicia Bárcena, a região apresentará no próximo ano um crescimento em torno de
3,8%. A recuperação das maiores economias da região e a manutenção do dinamismo
da demanda interna, com crescimento dos níveis reais de salários em vários
países, são as principais razões desse crescimento.
A região
encerrará 2012 com uma expansão de seu produto interno bruto (PIB) de 3,1%,
maior do que o crescimento mundial esperado (2,2%), ainda que menor que os 4,3%
obtidos em 2011.
O principal
impacto da crise econômica global na América Latina e no Caribe refletiu-se no
âmbito comercial, já que o crescimento do valor das exportações da região
desacelerou-se acentuadamente, de 22,3% em 2011 para uma estimativa de 1,6% em
2012.
Entretanto, a
melhora nos indicadores do mercado de trabalho, o aumento do crédito bancário
ao setor privado e dos preços das matérias-primas que não sofreram quedas
significativas adicionais — apesar da elevada incerteza externa — fizeram com
que a região não fosse tão afetada pela crise externa e devem continuar a
beneficiar o crescimento no próximo ano.
Segundo o
estudo, os países do Caribe continuarão mostrando uma fragilidade fiscal, o que
requer reformas acompanhadas de apoio externo para assegurar trajetórias
sustentáveis de consolidação fiscal.
“Persiste na
América Latina e no Caribe o desafio de aumentar e estabilizar o crescimento do
investimento, e não depender somente do consumo, como meio para impulsionar a
mudança estrutural com igualdade, incorporar o progresso técnico e dar
sustentabilidade ao crescimento”, afirmou Alicia Bárcena na apresentação do
estudo.
Fonte: ONU
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