De acordo com
a Associação Internacional de Seguridade Social (AISS), a proporção de pessoas
com 65 anos ou mais, como porcentagem da população ativa, duplicará na Europa
durante os próximos 40 anos e até triplicará na Ásia, enquanto a natalidade
permanece baixa. Isso deve gerar crescente pressão sobre a sustentabilidade dos
sistemas de aposentadoria. A AISS ressaltou ontem (10) que, com um número
inferior de pessoas que entram no mercado de trabalho, há menos dinheiro para
financiar os regimes de aposentadoria.
O acesso a
assistência médica e serviços sociais adequados é uma parte essencial dos
sistemas de seguridade social. O envelhecimento da população é um desafio
mencionado claramente na Recomendação sobre pisos de proteção social da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), votada na Conferência
Internacional do Trabalho deste ano.
“Esta
tendência já conduziu à reforma dos sistemas de pensão, incluindo um aumento da
idade de aposentadoria em vários países como Polônia, Turquia, Costa do Marfim,
Coreia do Sul e Colômbia”, assinalou Simon Brimblecombe, Coordenador de Projeto
de Análise de políticas e pesquisa na AISS. Para que as reformas sejam
exitosas, devem ser acompanhadas de medidas específicas sobre emprego e
assistência médica – como a possibilidade de trabalhar em tempo parcial –
dirigidas às pessoas mais velhas.
“Entre outras
medidas, será essencial considerar maneiras para melhorar os sistemas de
seguridade social a fim de prevenir certas doenças relacionadas com a velhice
ou de otimizar seu tratamento, já que isto poderia melhorar o bem estar das
pessoas idosas e contribuir com um uso mais racional dos recursos”, afirmou o
Secretário Geral da AISS, Hans-Horst Konkolesky.
“Isto deveria
incluir uma atenção cada vez maior em direção a medidas ativas e preventivas
como a segurança no trabalho, a alimentação sadia e campanhas contra o consumo de
tabaco, entre outras”, acrescentou Konkolewsky.
Outro âmbito
de preocupação é o risco de perder o controle dos custos de saúde. De acordo
com a OCDE, o grupo de pessoas com mais de 65 anos constitui entre 45 e 50% do
gasto com assistência médica. É provável que esta porcentagem aumente à medida
em que se acelere o envelhecimento da população. Os países da OCDE já gastam
quase 10% de seu PIB em saúde.
Fonte: ISAGS
Nenhum comentário:
Postar um comentário