O Escritório
de Direitos Humanos reuniu todos os projetos de extensão (Comunidade e Direitos
Sociais – Clovis Renato Costa Farias; Ecologizando – Germana Belchior; Literatura,
novas mídias e Direitos Humanos – Clésio Arruda) para conhecimento e
aproximação dos membros, discussão das ações e troca de experiências durante a
realização dos objetivos de cada grupo.
O evento
ocorreu no 8º andar da UNICHRISTUS, sala 801, Avenida Dom Luís, Fortaleza,
organizado pela Coordenação do EDH, Professora Priscyla Joca, das 8 às 12h, dia
22.09.2012.
Participaram
todos os professores orientadores do EDH, Clovis Renato Costa Farias, Germanda
Belchior, Clésio Arruda, Mônica Barroso, Priscyla Joca, somados à dezesseis
alunos.
A reunião
teve início com uma prática de relaxamento pela aluna Gardênia Viana,
movimentando todos os participantes.
Em
seguida, foram organizados alguns grupos com representantes de diversos
projetos, como forma de interação, para responderam a três proposições básicas
ligadas às potencialidades e dificuldades dos projetos de extensão, destacando
ainda a assessoria jurídica popular.
Na
primeira proposição, ‘Quais as potencialidades que você percebe na realização
da extensão em direitos humanos por você praticada?’, o Professor Clésio Arruda,
relembrando definição de uma das alunas integrantes do Projeto ‘Literatura,
novas mídias e Direitos Humanos’, destacou que uma das maiores potencialidades
dos Projetos de Extensão é a humanização que se opõe ao tecnicismo do Direito.
A
Professora Mônica Barroso destacou que uma das potencialidades na graduação é,
também, influenciar no processo educacional da instituição, inclusive, na
didática dos professores.
Germana
Belchior (Projeto Ecologizando – Comunidade Poço da Draga) ressaltou a
ampliação dos horizontes existenciais dos alunos, em sua formação acadêmica e
profissional.
Clovis
Renato (Projeto Comunidade e Direitos Sociais) elencou o caráter
pluridimensional desenvolvido com a extensão, de modo que aprimoram o ensino
jurídico e a formação humana dos estudantes, bem como auxiliam a sociedade rumo
à emancipação real, além de instigar a continuidade do trabalho engajado e
fraterno.
Professores orientadores dos Projetos (Clésio, Germana e Clovis Renato)
Os alunos
destacaram a troca de experiências, a importância do contato, o repasse de
conhecimentos novos, bem como a instigação à continuidade dos estudos rumo ao
ensino superior. Demonstrou-se impacto na grande sabedoria apresentada pela
líder comunitária Noélia, em apresentação no Projeto Ecologizando.
Os
discentes do Projeto Comunidade e Direitos Sociais ressaltaram ainda a
aproximação com os magistrados da Justiça do Trabalho, a vida dos juristas em
atividade no Fórum e o fortalecimento dos
laços com o Direito e com o curso, que cresce em importância na vida dos
alunos.
Em ‘Quais
as dificuldades e os limites que você percebe na realização da extensão em
direitos humanos por você praticada?’, Clovis Renato destacou que, apesar de
ter um grupo excelente, os maiores desafios da extensão são ligados à
sensibilização e a tomada de atitudes pelo público que participa na academia,
assim como a conscientização do público alvo dos projetos para a relevância das
ações.
Os alunos
ressaltaram a falta de estrutura por ocasião das apresentações em algumas
escolas no Projeto Comunidade e Direitos Sociais, o que não é vivenciado pelos integrantes
do Projeto Ecologizando, especialmente por terem apoio da SEFAZ, com sede próxima
a comunidade alvo (Poço da Draga). Ademais, destacaram a falta de
sensibilização por parte dos familiares, a indolência da classe média e alta,
com consequente ausência de solidariedade. Há real preconceito por parte da
família e da sociedade que entendem as ações como perda de tempo, palhaçada e
coisas do tipo.
Em ‘Como
vocês definem o termo assessoria jurídica popular?’, Priscyla Joca (Coordenadora
do EDH) destacou o papel da advocacia popular, seu surgimento nos anos 60-70,
conjuntamente com os movimentos sociais e populares. Destacou o papel de consolidação
de experiências para o manejo de ações cada vez mais adequadas para a obtenção
de efeitos desejados pela Assessoria Jurídica Popular e pelos demais projetos
de extensão, especialmente com redes como a RENAP (Rede Nacional de Advogados
Populares).
Ao final,
ficou acertado para o próximo encontro o debate sobre os temas apresentados, em
data a ser convencionada entre os membros do EDH/UNICHRISTUS e comunicada pela
Coordenação.
Clovis Renato Costa
Farias
Professor EDH/UNICHRISTUS
Doutorando em Direito da UFC
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