Quando
as dificuldades atingem o apogeu, induzindo os companheiros mais valorosos a
desertarem da luta pelo estabelecimento das boas obras, e prossegues sob o peso
da responsabilidade que elas acarretam, na convicção de que não nos cabe
descrer da vitória final…
Quando
os problemas se multiplicam na estrada, pela invigilância dos próprios amigos,
e te manténs, sem revolta, nas realizações edificantes a que te consagras…
Quando
a injúria te espanca o nome, procurando desmantelar-te o trabalho, e continuas
fiel às obrigações que abraçaste, sem atrasar o serviço com justificações
ociosas…
Quando
tentações e perturbações te ameaçam as horas, tumultuando-te os passos, e
caminhas à frente, sem reclamações e sem queixas…
Quando
te é lícito largar aos ombros de outrem a carga de atribuições sacrificiais que
te assinala a existência, e não te afastas do serviço a fazer, entendendo que
nenhum esforço é demais em favor do próximo…
Quando
podes censurar e não censuras, exigir e não exiges…
Então,
terás levantado a fortaleza da paciência no reino da própria alma.
Nem
sempre passividade significa resignação construtiva.
Raramente
pode alguém demonstrar conformidade, quando se encontre sob os constrangimentos
da provação.
Paciência,
em verdade, é perseverar na edificação do bem, a despeito das arremetidas do
mal, e prosseguir corajosamente cooperando com ela e junto dela, quando nos
seja mais fácil desistir.
Emmanuel/Francisco
Cândido Xavier
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