Em 2013,
73 PMs foram expulsos ou demitidos da corporação. No ano anterior, haviam sido
24.
Na Polícia Civil, foram 13 demissões ano passado
Setenta e
três policiais militares foram demitidos ou expulsos da corporação em 2013, um
aumento de 204% na comparação com o ano anterior. Em 2012, foram quatro
expulsos e 20 demitidos; no ano seguinte, os números subiram para 17 e 56,
respectivamente.
Na Polícia
Civil, foram 13 demissões no ano passado, duas a menos que em 2012. Os dados
são da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e
Sistema Penitenciário (CGD), que divulgou também números relacionados a
processos administrativos disciplinares contra servidores dos Bombeiros e da
Perícia Forense e agentes penitenciários da Secretaria da Justiça e Cidadania
(ver infográfico). Foi a primeira vez que o órgão, criado em junho de 2011,
apresentou uma série histórica.
“Nosso público mais expressivo são os
policiais militares e civis, os números mostram isso. Aproximadamente, são 17
mil policiais militares. Eles são a maior corporação”, avalia o controlador
geral Santiago Fernandes. “Na Polícia Civil são em torno de 2 mil.
Proporcionalmente ao efetivo, em demissões, isso pode ser considerado”.
O aumento
do número de servidores processados (foram 737 em 2013 e 373 em 2012) ele
atribui ao “maior encorajamento da população” e não necessariamente a um volume
maior de desvios de conduta.
Causas e
desafios
Violência
e corrupção, de acordo com o controlador geral, são as principais causas de
demissões na PM. “O policial militar está mais próximo das pessoas, pela
própria atuação ostensiva. A possibilidade de haver um maior enfrentamento com
a população é maior. Uma das nossas missões é combater o mau corporativismo”.
Os casos investigados na Polícia Civil estão mais associados à corrupção.
“Infelizmente, é uma chaga não só nas corporações”, afirma.
Atualmente,
o órgão possui 800 investigações preliminares - que recebe por denúncia
presencial realizada na sede da CGD (381 em 2012; 483 em 2013), pela ouvidoria
ou por notícia veiculada na imprensa. “Essas investigações não necessariamente
geram processo administrativo disciplinar ou inquérito policial pela delegacia
de assuntos internos. Você tem que priorizar os casos mais urgentes, porque
você não pode atender a tudo ao mesmo tempo”.
O
controlador afirma que, a depender da complexidade do processo, a CGD estipulou
metas de 90 dias a seis meses para encerrar processo. Santiago explica ainda
que cerca de mil processos foram arquivados em 2013 por prescrição ou
insuficiência de provas. “Vi um caso de 2002 que nós não conseguimos mais ter
condições de apurar. Alguém tem que ter coragem de enterrar, senão vou empurrar
para a barriga para o próximo que virá?”, questiona.
Fonte: http://www.opovo.com.br/app/opovo/cotidiano/2014/02/20/noticiasjornalcotidiano,3209442/numero-de-pms-expulsos-ou-demitidos-cresce-304.shtml
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