O governo federal comprou um total de 2.691
kits com armas de balas de borracha e munição para distribuir a policiais para
combater protestos na Copa-2014. O investimento total é de R$ 30 milhões, e
representa apenas uma parte do gasto com armas não-letais. Impedir que
manifestações afetem o Mundial e seus torcedores é uma das prioridades da União
na segurança do evento.
Desde o
início do protestos da Copa das Confederações, a União começou a adquirir
armamento não-letal, realizando três compras com a empresa Condor Tecnologias
não-letais, com sede no Rio de Janeiro. A primeira leva de equipamentos foi
fornecida sem licitação por conta da urgência da competição do ano passado. As
outras duas licitações foram vencidas pela mesma empresa, que vende para o
exterior.
No total, o governo federal já gastou R$ 49,5
milhões com armas não letais. Os equipamentos foram dados às polícias das 12
cidades-sede do Mundial. Neste pacote, predominam os Kits Operacionais
Não-Letais Especiais I e 2 (Koe). Tratam-se de maletas com espingardas e
munição de bala de borracha. Seu custo: R$ 10 mil ou R$ 14 mil, dependendo do
modelo.
Pela distribuição
determinada pelo governo federal, São Paulo é o local onde se esperam os
conflitos mais violentos durante a Copa. Foram
dados 314 kits ao Estado, um número bem superior às outras unidades da
federação. Em seguida, vem o Rio de Janeiro com 276. Ceará e Bahia estão em
terceiro e quarto, com 220 e 206 kits.
Apesar de
fora da Copa das Confederações, São Paulo viu o início das manifestações de
junho e julho do ano passado com reivindicações pela redução da passagem de
ônibus. A capital fluminense teve o maior aparato policial na final da
competição quando bombas de gás lacrimogênio chegaram a ser sentidas no
Maracanã.
Além das
balas de borracha, o governo investiu também em outros sete tipos de armamentos
não-letais para enfrentar as manifestações. Entre eles, pistolas que dão
choques e deixam as pessoas desorientadas, e com contrações musculares. Foram
compradas 1.788 unidades dessas.
Haverá ainda 8.374 granadas de gás lacrimogênio
disponíveis para as polícias estaduais, e número igual de granadas de efeito
moral e de luz e som. Carregamentos de spray de gás pimenta também foram
comprados em larga escala: serão 9.437 só para São Paulo, sendo cerca de 48 mil
no total.
Segundo a
Sesge (Secretaria Especial de Segurança de Grandes Eventos), já foram feitas
todas as compras necessárias e não haverá novas aquisições em 2014. No total, a matriz de responsabilidades
prevê um gasto total de R$ 1,9 bilhão com a segurança da Copa-2014. Não
houve cortes neste orçamento, apesar dos pesados cortes na segurança do país.
Fonte:
http://rodrigomattos.blogosfera.uol.com.br/2014/03/11/para-copa-governo-compra-2-691-armas-de-balas-de-borracha-gasto-r-30-mi/
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