Cerca de 500 voluntários participaram, na tarde de ontem, da décima sétima edição do Natal de Amor. Evento promove a distribuição de presentes e canções a quem passa o 25 de dezembro em hospitais.
Uma vez ao
ano, Jaime Ricardo, 27 anos, se veste de Natal. De traje vermelho e com uma
longa barba branca, deixa de ser publicitário para se tornar o Bom Velhinho. Na
tarde de ontem, Jaime e mais outros 500 voluntários levaram presentes, música e
carinho aos pacientes que passaram o 25 de dezembro em uma das 20 unidades de
saúde visitadas pelos integrantes da campanha Natal de Amor.
“Ninguém
espera o Papai Noel em um hospital. Então é uma festa. É levar a alegria para
as pessoas, estejam elas onde estiverem”, comentou Jaime. Há sete anos, o Papai
Noel lidera o grupo de voluntários que visita o Centro de Assistência à Criança
Lúcia de Fátima (Croa), na Parangaba, hospital da rede municipal de saúde de
atendimento exclusivamente infantil.
O relógio
contava 16 horas quando Jaime e o seu grupo chegaram ao hospital. Na entrada da
instituição, cerca de 50 pessoas se uniram em torno de um Pai Nosso. “É
necessário levar algo mais do que apenas ajuda”, apontou Jaime. Nas mãos dos
voluntários, sacos com presentes para os 40 meninos e meninas em atendimento no
Croa. Fora delas, músicas natalinas entoadas com o auxílio de dois violões e um
pandeiro.
Os
corredores, antes em silêncio, mal comportavam a alegria dos que teimavam em
transformar sofrimento em Natal. “A gente tem que buscar alguma coisa que
melhore quem não está tão bem quanto a gente. É só isso: alegria e aliviar o
sofrimento humano”, formulou o universitário Vieria Júnior, 24, um dos músicos
do grupo.
Crianças
Em uma das
enfermarias, a pequena Ana Vitória, 6, aguardava ansiosa pela visita do Bom
Velhinho. A mãe, a dona de casa Fernanda da Silva, 26, emocionou-se com o Papai
Noel que, além de brinquedos, também distribuía abraços, beijos e consolo. “Às
vezes a pessoa está tão triste e isso te dá uma força maior. Tanto para mim,
quanto para ela”, afirmou.
Na seção
de acolhimento, o pequeno João Vitor, de apenas sete meses, encantou-se com os
sinos natalinos. Já Davi, 3 anos, não segurou a ansiedade. Livrou-se dos braços
da mãe para correr em direção ao Papai Noel. Ganhou um caminhãozinho e um
abraço apertado.
Para
Brenda, 12, no entanto, nada de bonecas ou brinquedos. Voluntária, junto do
resto da família, pela primeira vez no Natal de Amor, o presente da garota veio
com outra embalagem. Na forma de solidariedade. “A gente vê que tem pessoas que
necessitam mais que a gente. Só de ver o sorriso no rosto deles é a gente que
recebe o presente de verdade”, afirmou.
Serviço
Natal de
Amor:
Página no
Facebook - http://migre.me/h9Pyz
Saiba mais
Esta foi a
décima sétima edição do Natal de Amor. Segundo a coordenadora geral do evento,
Sâmia Gomes, o objetivo da campanha é “levar a família para dentro do hospital”
no dia de Natal.
De acordo
com a coordenadora, a edição deste ano contou com a participação de 500
voluntários divididos em onze grupos e responsáveis por atender 20 unidades de
saúde.
Ao todo,
foram distribuídos, segundo Sâmia, 4.500 presentes. É possível participar da
campanha através da doação de presentes ou da visita às instituições no dia de
Natal.
Fonte: O
POVO
Fotos: Érica Regina ACBF - Grupo 01
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