Estamos diante de pavorosas
distorções sociais, ecológicas, humanas, etc.
Essas distorções decorrem da
crise atual que atingiu o núcleo fundamental do capitalismo. Trata-se da crise
da fronteira histórica do moderno sistema fetichista patriarcal produtor de
mercadorias. Uma crise que se não for debelada juntamente com seu sistema
devastará a humanidade e o planeta.
O mais surpreendente e o mais
preocupante de tudo isso é que quanto mais distorções aparecem, mais os seres
humanos se agarram, com toda a força, às condições de vida capitalistas.
E aí estamos diante de uma
questão paradoxal. Pois, a crise das categorias do sistema irrompe num momento
em que as condições de vida capitalista estão desaparecendo. Com isso o
capitalismo finalmente exibe sua essência. Ele veio para valorizar o valor,
valorizar o dinheiro. Quando isso dá certo, aparece “progresso”,
“desenvolvimento”, um “certo bem estar”. Quando não dá, instala-se o mal estar
da vida submetida ao fetichismo da mercadoria.
Portanto, a crise atual, ao atingir
o próprio núcleo do sistema, mostra seu limite interno da lógica da valorização
do dinheiro e limite externo ecológico do planeta. Deparamo-nos, então, com a
natureza em ruínas e com o esgotamento do tempo histórico do estado, mercado,
trabalho, mercadoria, valor, dinheiro, dissociação sexual, política, economia…
A produção determinada pela lógica da valorização do dinheiro caminha para sua
paralisação total. Isso vem provocando um recuo da civilização e ameaça lançar
a humanidade na idade das trevas.
Portanto, a humanidade e o
planeta estão diante da desagregação do modo de produção e de vida
capitalistas. As consequências para as lutas sociais são imensas. Elas não
podem mais ficar circunscritas à imanência do sistema, ou seja, permanecerem
sob a forma capitalista. Pois, assim, correm o risco de se colocarem como
linhas auxiliares do governo na administração da barbárie e colaboradoras da
ideia arcaica de modernização do capitalismo. O fracasso da dobradinha Estado e
Mercado no Brasil evidencia, finalmente, que o nosso grito pode ser pela
Independência do Capitalismo.
Agora, as reivindicações terão que
estar fundamentadas numa reivindicação especial: a reivindicação da vida
emancipada do capitalismo. Finalmente, não temos mais que cantar as mercadorias
e suas paixões, mas o ser humano e sua emancipação. A transcendência ao
capitalismo deve entrar na ordem do dia.
Por isso, ao lado da nossa
solidariedade efetiva às lutas reivindicatórias do conjunto dos movimentos
sociais, alertamos para a necessidade urgente de uma nova teoria e prática que
apontem a perspectiva emancipatória.
Há anos detectamos a
natureza da crise e temos insistido na sua superação. Faz tempo que temos
repetido que não há relação causal entre crise e crítica. A crise é
objetivamente determinada. A emancipação não é. Tem que ser conscientemente
construída. Mas essa crise surgiu e seu limite está à mostra. Se aspiramos à
ultrapassagem das relações patriarcais capitalistas temos que lutar para a construção
e atuação do antissujeito na crítica emancipatória no Brasil e no mundo. Esse é
o objetivo maior do Programa Crítica Radical, que estamos iniciando na Rádio FM
Benfica. É também a finalidade do encontro RUPTURA JÁ! para o qual estamos
convidando todos(as) vocês para enfrentarmos e superarmos os desafios da
humanidade e do planeta.
A ruptura com base na crítica
radical da crise nos permitirá construir uma nova sociedade. O que nunca foi
feito começa agora!
Nos nossos encontros na Rádio FM
Benfica 87,9 – www.benficafm87.com.br– inicialmente das 11h às 13h – e na WebTV
Crítica Radical –http://criticaradical.tvnoar.tv/– às sextas de 9h às 10h –
queremos aprofundar esses desafios com você!
Um abraço
Crítica Radical
RUPTURA JÁ!
NEM
SITUAÇÃO! NEM OPOSIÇÃO!
SAÍDA PRA
CRISE É EMANCIPAÇÃO!
Participaremos
do 21º GRITO DOS/AS EXCLUÍDOS / 2015 levando nossa solidariedade e nossa
mensagem! Em Fortaleza, a caminhada será
no dia 7 de setembro, com concentração a partir das 7h30, na Praça do Cristo
Redentor, em frente ao Seminário da Prainha. A previsão de saída é às 8h30,
percorrendo a Av. Monsenhor Tabosa, em direção ao Náutico Atlético Cearense.
Fonte: criticaradical.org
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