Compartilhando o conhecimento |
O evento
ocorreu na Sede da Unichristus, Campus Dom Luís, nos dias 19 e 20 de abril de
2013, organizado pela Coordenação do Escritório de Direitos Humanos da IES,
Coordenadora Priscyla Joca e professores orientadores Clésio Arruda e Clovis
Renato Costa Farias, conjuntamente com o Coordenador Geral Adjunto Henrique
Frota.
Coordenadora Priscyla Joca abre os trabalhos |
Na tarde
do dia 19, houve um momento mais informativo, com apresentação do Escritório de
Direitos Humanos, dos projetos do EDH, a Educação em Direitos Humanos em si,
bem como sobre os objetivos e a metodologia a ser utilizada no intrincamento
das ações do EDH no correr de 2013.
Coordenação Geral e Professores Orientadores participando ativamente |
O
Professor Henrique Frota, representando a Coordenação Geral, ressaltou a
dificuldade na seleção em face do talento e desenvoltura dos discentes que
concorreram às vagas do Escritório de Direitos Humanos, parabenizando os
selecionados.
Uma imagem vale mais do que mil palavras |
Em um
segundo momento, dispôs sobre a nova formação do EDH, as ações externas
(Território da Paz do Bom Jardim, Escolas Públicas de Ensino Profissional do
Estado do Ceará, Fórum Trabalhista) e internas (Seminário Anual, Culminância),
as quais impõem maior compromisso por parte dos membros.
Selecionados do Projeto Comunidade e Direitos Sociais |
O
Coordenador demarcou que “o primeiro
compromisso deve ser estabelecer um canal honesto e efetivo de diálogo e
participação, mútuo entre professores orientadores e alunos. Não podemos lidar
com pessoas que abandonam os projetos, que rompem compromissos diante das
primeiras dificuldades. A extensão proporciona um confronto entre o que você
estuda no Curso de Direito e a realidade”.
Professor Henrique Frota |
O tema “Educação Popular em Direitos Humanos” foi
apresentado pela professora Christiane Diógenes (doutoranda em Direito pela
Universidade de Fortaleza – ativista e estudiosa sobre advocacia popular), com
a participação dos membros Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) Caio
Feitosa e Roseane Queiroz.
Atenção e participação efetiva |
Christiane
Diógenes teceu esclarecimentos sobre assessoria jurídica popular, em regra se
interliga ao envolvimento de acadêmicos dos cursos de direito com movimentos
sociais, partindo de orientações jurídicas e acompanhamento de ações judiciais
e extrajudiciais.
Professora Christiane |
Ressaltou
que se intenta “uma apropriação do
Direito por meio da educação popular, com base em teorias de Paulo Freire, com
princípios fundamentais como a dialogicidade e a politicidade. É necessária uma
abordagem que envolva todas as pessoas no processo de conscientização,
objetivando com isso criar um espaço de troca, de amadurecimento das lutas
sociais, de solução de problemas e de construção da cidadania. Construção que
pretende fortalecer os laços entre as pessoas e movimentos populares, além de
resolver os problemas pontuais das comunidades. Quando se fala conscientizar
não se trata de doutrinar, uma vez que haverá um processo mútuo de
conscientização, com troca de conhecimentos entre os membros do EDH e o público
alvo nas comunidades”.
Integração dos projetos no EDH |
Questionou
sobre os motivos da abordagem por meio da Educação em Direitos Humanos, que
parte da observação de que há distanciamento entre o conhecimento científico e
o conhecimento popular, sendo o papel de tal abordagem aproximar ambos os ramos
do saber. É o caso do “juridiquês”
apresentado na linguagem utilizada por juristas, que distancia o Direito da
sociedade. Temos que conhecer e desmitificar, traduzir, o Direito, como meio de
fortalecer a luta pela obtenção e conquista de direitos, colocando tal ramo do
conhecimento a serviço da sociedade. Fazer com que as pessoas se sintam parte
do processo, como sujeitos de direito.
Aprendizado mútuo |
Tratar
sobre Educação em Direitos Humanos não é apenas explanar sobre direitos, mas o
que se busca é envolver os sujeitos, por meio de uma abordagem dialógica,
vislumbrando a transformação social. É fundamental a compreensão de que a
educação em direitos humanos é um processo para uma vida inteira, com
constantes reavaliações. Em tal linha de raciocínios, relembrou Paulo Freire
citando que “Ninguém educa ninguém,
ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”.
Atores sociais do Bom Jardim participando |
Assim, a Dialogicidade implica um processo
educativo libertador, de transformações, que se constrói com o povo e jamais
para o povo, que reconhece a historicidade humana, objetivando a humanização e
o direito de ser mais dos oprimidos, a partir de uma ação reflexiva. Mostrar que
as pessoas sabem muito mais do que imaginam sobre o Direito, que além de
aprender podem ensinar.
Ativista dos Movimentos Sociais em Direitos Humanos trocando experiências |
A Politicidade da educação demanda que o
professor se assuma como ser político e não apenas como técnico, exigindo-se
uma posição diante das realidades sociais. Assim, conforme Paulo Freire, o
professor estará sempre a favor de alguém ou contra alguém, a favor ou contra
alguma coisa.
Organização dinâmica |
Importante,
também, é a Não-neutralidade da
educação, de modo que a visão e compreensão de direitos humanos e da educação
de com quem eu estou, a serviço de quem e a serviço de que sou um educador.
Professores Priscyla Joca e Clovis Renato |
A
representante do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) e do Centro de
Defesa da Vida Herbert de Souza (CDVHS) Roseane Queiroz tratou sobre educação
popular, ressaltando, também, os tipos: educação em espaços formais –
universidades; educação nos espaços informais – movimentos sociais e grupos de
base; educação para comunicação; educação para profissionais da área de justiça
e segurança; educação para o funcionalismo público.
Alegria dos novos membros |
Caio
Feitosa, também do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) e do Centro de
Defesa da Vida Herbert de Souza (CDVHS), dispôs que a ideia dos Defensores
Populares de Direitos Humanos na Escola Popular de Educação em Direitos Humanos
é ser um espaço no âmbito da luta popular de vários sujeitos e grupos,
provocando articulação apta a: 1. promover uma formação crítica permanente; 2. Fazer uma observação crítica
sobre os contextos de violação: pesquisa-ação para subsidiar a formação e
prática política; fomentar uma atuação política cooperada para a promoção de
direitos: monitoramento e controle social, exigibilidade de direitos.
Engajamento |
Clovis
Renato Costa Farias, professor orientador do Projeto Comunidade e Direitos
Sociais – Trabalho, Justiça e Cidadania da Amatra VII, apresentou o projeto e a
agenda pretendida para 2013, fazendo votos de compromisso e sucesso para os
presentes:
União Comunidade e Direitos Sociais com o Programa Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC) da Amatra VII |
Atividade
|
Data e horário
|
Encontros
semanais na Unichristus
|
Quarta-feira
no AB/noite
–
1ª reunião 13 de maio (segunda-feira) tarde-
|
5
alunos para participarem da capacitação na Sala de Treinamento da Escola
Judicial do TRT-7ª Região
|
22
de abril – 13h
|
Palestra
sobre os direitos trabalhistas e a CLT no Bom Jardim
|
24
de maio (sexta-feira) – tarde/13h
|
Visita
diagnóstico (2 escolas)
a) EEEP Presidente Roosevelt
b)
EEEP Dona Creuza do Carmo Rocha
|
Proposta
– tarde (sexta-feira – 13h): 14 de junho
|
Visita
diagnóstico
c)
EEEP Comendador Miguel Gurgel
|
Proposta
– tarde (sexta-feira – 13h): 21 de junho
|
Visita
à Amatra VII
|
Proposta
- tarde:
08 de maio (quarta-feira)
|
Apresentação
na 1ª Escola - EEEP Presidente
Roosevelt - Diretora Germana Pacelli Bessa Braz (tel. 3101.2254) Av. Bezerra de Menezes, 435 - Farias Brito, CEP 60325-005
|
Proposta
- tarde:
15 de agosto (quinta-feira)
|
Apresentação
na 3ª Escola - EEEP Dona Creuza do
Carmo Rocha – Diretor Helonis Brandão (tel. 3101.2265) - Av. Sargento Hermínio, nº 2006 – São Gerardo, CEP 60320-105
|
Proposta
- tarde:
15 de agosto (quinta-feira)
|
Apresentação
na 2ª Escola - EEEP Comendador Miguel
Gurgel – Coordenador José Cláudio Alves dos Santos (tel. 3101.2071) - Rua José Baima, nº 340 – Guajeru, CEP 60843-220
|
Proposta
- tarde:
16 de agosto (sexta-feira)
|
Tira
dúvidas
|
TJC
27 a 29 de agosto
Proposta
28 de agosto (quarta-feira)
|
Visita
ao Fórum Autran Nunes
|
TJC
03 a 05 de setembro
Proposta
05 de setembro (quarta-feira)
|
Encontros
para análise, elaboração do vídeo e estudos direcionados para a produção de
artigos científicos
|
Quartas-feiras
AB/noite na Unichristus
|
Culminância
no auditório da Unichristus
|
29
de novembro
|
Todos
os alunos devem estar inseridos no grupo do facebook, trocar telefones e
emails
|
EDH |
O evento
foi encerrado às 18h20min, convocando os membros para reiniciarem os trabalhos
no dia seguinte (sábado), às 8h, quando serão desenvolvidas ações mais
interativas por parte dos alunos e professores, bem como para a assinatura do
Termo de Compromisso.
Bianca reconhecendo os colegas |
Na manhã
do dia 20, já as 8h, a programação foi mais interativa com os novos
integrantes, com recepção no 8º andar da Unichristus, ocasião em que houve
diálogo entre os alunos sobre o primeiro dia, integrando os dois projetos do
EDH.
Tribo EDH |
Para
instigar a participação, a Coordenadora do EDH Priscyla Joca prometeu um Vade Mecum ao aluno que conseguisse identificar
nominando todos os alunos presentes do escritório, com vitória obtida pela
discente Bianca Rocha, que doou para sorteio entre os colegas.
Coordenação Geral atuando |
O
Professor Henrique Rocha teceu esclarecimentos complementares sobre Educação
Popular, esclarecendo que a oficina pedagógica é uma das formas de aplicar a
Educação Popular, bem como que um dos pontos principais para o desenvolvimento
de tais oficinas é o planejamento. O planejamento deve objetivar identificar o
perfil do grupo com quem será trabalhado; a faixa etária do grupo que a ser
trabalhado; e as limitações das pessoas que compõem o grupo, dentre outros.
União |
Esteve
presente a aluna Ariane (9º Semestre do Curso de Direito da Unichristus), pesquisadora
da graduação sobre Educação Popular e Direitos Humanos.
Atenção |
Dinamicamente,
o grupo foi disposto em forma circular, compreendendo que tal disposição visa a
interação geral, a quebra de hierarquia professor-aluno e uma aproximação mútua
entre os participantes.
Formações em círculo |
Em
seguida, os alunos presentes foram divididos em 5 (cinco) grupos, cada qual
tendo de escolher um tema dentre os abordados na capacitação, devendo apresentá-lo
de uma forma artística. Assim, houve disposições sobre diferença entre educação
bancária x educação popular; distância entre o direito escrito e o direito na
sociedade; o entendimento da sociedade sobre o que são os direitos humanos; a
nova visão sobre os direitos humanos que os magistrados devem ter, dentre
outros.
Círculos interativos |
Ao final,
foram assinados os termos de compromisso, sendo repisados os ideais de responsabilidade,
compromisso social e com os projetos e a importância de tais ações para a
efetivação dos direitos humanos.
Demais fotos: http://vidaarteedireitoarquivo.blogspot.com.br/2013/04/capcacitacao-do-escritorio-de-direitos.html
Fotos: Clovis Renato / Andréa Ponte
Relatório do dia 20/04: Leandro Terto
Fotos: Clovis Renato / Andréa Ponte
Relatório do dia 20/04: Leandro Terto
Clovis Renato Costa
Farias
Doutorando em Direito da UFC/Bolsista da CAPES
Professor membro do EDH/Unichristus
Membro do GRUPE, do Instituto Pensar Direito
(IPD) e da ATRACE
Vice Presidente da Comissão de Direito Sindical
da OAB/CE
Autor da obra ‘Desjudicialização: conflitos
coletivos do trabalho’ e das Páginas:
Nenhum comentário:
Postar um comentário