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quarta-feira, 3 de julho de 2019

Paz Mental - Tich Nhat Hanh




" "No entanto, a chave da felicidade é estar totalmente integrado ao corpo e à mente." (7)
"Quando nos reconectamos com os nossos próprios corpos, e nos relacionamos com o mundo à nossa volta, a felicidade torna-se possível." (9)
"Unificando corpo e mente 
'Inspirando, estou atento ao meu corpo como um todo.' Enquanto inspira, você pode se canectar ao seu corpo. Traga
sua mente de volta para a casa do seu corpo e lembre-se que tem um corpo. Muitas vezes, os nossos pensamentos nos levam para bem longe, e ficamos aprisionados à tristeza e arrependimento, que dizem respeito ao passado, ao medo e à ansiedade acerca do futuro, ou às nossas emoções ou projetos no presente. Nossa mente não está com o nosso corpo. Estamos num estado de dispersão. A dispersão é o oposto da concentração. Quando você está presente e concentrado(a), você pode entrar em contato profundo com as maravilhas 
dentro de si e à sua volta. O sol, a lua, as estrelas, as árvores, o rio, as colinas todos são maravilhas que se tornam disponíveis a você quando você fica totalmente presente." (9-10)
" Se soubermos respirar atentamente, cada respiração nos trará felicidade." (10)
"A inspiração pode durar três ou quatro segundos. Se soubermos inspirar de maneira adequada, podemos gerar 
imediatamente a energia da alegria. Ao expirarmos, pode-mmos gerar a energia da felicidade para nós mesmos, e tam- 
bém para as outras pessoas que nos cercam para que se beneficiem da nossa energia." (10)
"...instruimos sobre como sentar, respirar e andar, para que possamos gerar a energia da paz, da felicidade e alegria." (11)
"O tema da sua atenção é sua respiração. No início, sua respiração é como um caminhão vazio indo pela estrada, sem 
transportar coisa alguma. Mas quando você se torna consciente da sua respiração e do seu corpo, sua respiração é como um caminhão transportando mercadoria. Esta mercadoria é o discernimento. Respirar conscientemente envolve o corpo inteiro. É muito importante regressar a casa do corpo, reconhecê-lo, cuidar dele, e fazer as pazes com ele." (11)
"Quando você volta para a casa do aqui e agora, com a prática de respirar conscientemente ou de andar em atenção plena, você pode reconhecer as muitas condições de felicidade que já estão disponíveis." (13)
"A prática de harmonizar corpo e mente proporciona mais paz, clareza, compaixão e coragem em nossas vidas cotidianas. Com estas quatro qualidades, podemos ter felicidade suficiente para ser capaz de ajudar os outros." (15)
"O método de Buda é muito científico. Para nos ajudar a por fim à nossa alienação dos outros e de nós mesmos, precisamos primeiro retornar ao nosso corpo, ficar em contato com ele, para resolver as coisas que estão desequilibradas e nos reconciliar com o nosso corpo." (18)
"Existem três partes na meditação principiante. A primeira é parar. Nós interrompemos todo pensamento e trazemos nossa mente de volta ao nosso corpo. O segundo aspecto é acalmar, acalmar nossa formação corporal. "Inspirando eu acalmo meu copo. Expirando, eu calmo meu corpo." O meu corpo está sofrendo. O meu corpo foi abandonado. Eu negligenciei e tratei mal o meu corpo. Agora, retorno ao 
meu corpo e digo: "Sinto muito, meu querido corpo, eu vou cuidar de você." Eu cuido do meu corpo minuciosamente. 
Em primeiro lugar, eu inspiro e expiro de um modo tal que ao respirar o meu corpo se acalma." (19)
"Nós respiramos atentamente para estar conscientes da formação do corpo. "lnspirando, estou ciente de que tenho um 
corpo. Expirando, eu sei que meu copo existe." Isso jâ é um despertar. Não procure a iluminação em outro lugar." (20)
"A única maneira de alcançarmos a verdadeira paz, clareza, compaixão e coragem é através da consciência atenta. A consciência atenta significa atenção total, com a mente e o corpo inteiros, ao que está acontecendo no momento presente. Quando corpo e mente se unem na consciência, totalmente estabelecidos no aqui e agora, nós ficamos livres e podemos viver profundamente e com alegria cada minuto de nossa vida diária. 
Há três elementos da consciência que precisamos unificar para estarmos totalmente presentes. O primeiro é a respiração, o segundo é o corpo, e o terceiro, a mente." (23)
"A prática de meditar no corpo inteiro começa com a respiração. Você pode dizer para si mesmo silenciosamente: 
'Inspirando, eu sei que estou inspirando. Expirando, eu que estou expirando. Em apenas dois ou tres segundos inspirando conscientemente você consegue trazer sua mente de volta à casa do seu corpo. 
Na vida diária pode ser que muitas vezes você se sinta disperso. O seu corpo está em algum lugar, ignorado, a sua respiração está inconsciente, enquanto sua mente vagueia. Mas, no momento em que presta atenção à sua respiração e inspira, em apenas alguns segundos, todos os três elementos se unificam. Você se recompõe, e lá está você no aqui e agora." (24)
"Talvez a raiva, o medo ou a inquietação estejam enraizadas em sua mente.
Não fique muito ávido por controlar sua 
respiração ou sentimentos. Permita-os ser quem são. Esta é a maneira mais pacífica de cuidarmos das nossas emoções 
arrebatadoras. Permita-se um tempo de apenas sentar e respirar, mesmo que seja por cinco minutos. 
Não force sua respiração. Simplesmente torne-se consciente da sua inspiração e expiração. Se sua inspiração estiver 
curta, permita que ela seja curta. Se a sua expiação não estiver tranquila, deixe-a ser assim. Com consciência, sua inspiração e expiração vão começar a fluir naturalmente. 
Quando inspirar, preste somente atenção na sua inspiração. Não force sua respiração, ou lute contra ela. 
Permita-a estar do jeito que está. Sua respiração vai naturalmente se tornar mais calma, mais profunda e mais harmoniosa por si só; esse é o efeito da consciência plena. Apenas continue a respirar e sorria amavelmente para sua respiração. Em poucos minutos você verá que a qualidade da sua respiração melhorou por si só, e tem uma influencia imediata em seu corpo e mente. A paz e a tranquilidade são contagiantes." (24-25)
"Corpo atento e mente corporizada." (25)
"Ao inspirar e dar dois ou três passos, podemos dizer, 'cheguei'. Ao expirarmos, podemos dizer, 'estou em casa'. Nós realmente chegamos com cada passo, e estamos realmente à vontade. Não perambulamos no passado ou no futuro. Nós nos sentimos à vontade, tranquilos e seguros quando estamos totalmente no momento presente. Não temos mais que correr atrás de nenhuma outra coisa. Qualquer pessoa que gosta de caminhar ou de sentar em meditação pode se sentir satisfeita. Nao temos mais o que antecipar, nada mais para ansiar." (27)
"Por isso, o melhor é não conversar quando estivermos andando. Cada passo e dado em nobre silencio." (27)
"Quando você anda e outros vêem você irradiando paz, felicidade e calma, você é como um lembrete para todos nós. Quando vemos você andando assim, regressamos para nós mesmos e andamos da mesma maneira que você anda. Você contribui para que seja gerada a energia coletiva de consciência plena e paz que nutrira e transformará todos 
nós. Quando praticamos juntos, nós damos e recebemos. Oferecemos as energias da consciência plena da
Concentração, da paz e felicidade e recebemos essas energias dos outros. A qualidade da prática coletiva é o alicerce de uma comunidade de prática." (30)
"mente você vai achar que pode dormir em paz. 'Alegria ao respirar... Alegria é a respiração. Eles são a mesma coisa. A 
alegria não está do lado de fora da respiração. A respiração é a própria alegria. Isto se dá porque a qualidade da respiração é muito alta; é uma respiração consciente, uma forma de respirar que traz harmonia, calma e alegria. Por isso, a alegria é a respiração. Não estamos usando a respiração a fim de trazer alegria. A alegria se torna a respiração. A respiração torna-se alegria." (31)
"A palavra bhavana significa cultivo. Esta palavra descreve como nos treinamos na prática da meditação. Somos capazes de produzir algo que não existia antes. É como o cultivo de flores, trigo ou milho. Bhavana significa trazer algo à existência. Em português usamos a palavra prática. Se tivermos uma rática que e boa, que é sólida, não devemos temer coisa alguma, porque a prática nos ajuda a gerar alegria, felicidade, paz, harmonia e reconciliação; e ela nos ajuda a lidar com a dor, o sofrimento, a separação, e os mal-entendidos. Com a consciência atenta e meditando no corpo inteiro podemos começar a nos conhecer totalmente. 
Vão há razão alguma para ter medo." (32)

"'Se você conseguir entrar em contato com o seu corpo, você consegue entrar em contato com a vida. Inspirando, estou consciente do meu corpo. Expirando, eu sei que o meu corpo existe." (38)
"Pode ser que exista tensão, estresse e dor em nosso corpo. Estejamos conscientes disso ou não, há sofrimento em nosso corpo porque não há paz suficiente. Mas logo que nossa inalação e exalação começam a se tornar mais tranquilas, essa paz será enviada ao nosso corpo." (38)
"A paz é algo muito concreto; há um sentimento harmonioso, agradável nascido da paz. Com a prática de respirar conscientemente é possível tranquilizar o seu corpo e a mente." (39)
"Quando chegarmos em uma parte do corpo que está doendo, podemos permanecer ali por mais tempo. Devemos passar mais tempo reconhecendo e envolvendo aquela parte do nosso corpo com a energia da consciência plena. 
Acolha-a, sorria para ela, e ajude-a a soltar a tensão. A prática deste exercício vai Ihe ajudar a curar-se. Se você tem que usar alguns remédios para alguma indisposição física, por favor, não confie somente neles. Quando você sabe como ajudar aquela parte do corpo a soltar a tensão, a cura acontece muito mais rapidamente. Quando houver uma dor física, sua consciência plena Ihe dirá que aquilo é somente uma dor física,e com este tipo de consciência você não vai exagerar aquilo ou piorar a dor devido ao medo e à tensão. O conselho de Buda é que, depois de nos tornarmos conscientes do corpo inteiro, podemos nos tornar conscientes dos quatro elementos: água, fogo, ar e terra dentro do corpo. Foque em cada elemento e veja se você consegue sentir este elemento em seu corpo. Cerca de 60% do corpo humano é formado de água; o cérebro é composto de 70% de água, 83% do nosso sangue é água, a água nos ajuda a digerir a comida. Para o fogo, nós podemos pensar no calor e na energia que podemos gerar em nosso corpo. O ar é o sopro de nossa vida. Terra é o que comemos e digerimos, e as vitaminas e minerais em nosso sangue e ossos. Se houver, equilíbrio suficiente entre os quatro elementos, então há saúde. Grande parte da doença humana vem do desequilíbrio entre estes quatro elementos. Reconheça os quatro elementos interiormente, e reconheça os quatro elementos à sua volta, para ver a conexão entre o corpo e tudo o que normalmente consideramos estar 'fora' do corpo.
Em seguida ficamos conscientes da posições do corpo. Enquanto estiver sentado, esteja consciente de estar sentado. Enquanto estiver andando, esteja consciente dos passos que dá. Sentar em meditação é, em primeiro lugar, estar consciente de que estamos numa posição sentada.
Podemos sentar de um modo que traga calma, solidez e bem-estar ao nosso corpo. Quando anda, ande de um modo que traga solidez, liberdade e prazer a você enquanto anda. Ao sentar, andar, ficar em pé pardo, e deitado, você está consciente de cada uma dessas quatro posições básicas do seu corpo. Esta é a prática da consciência plena relativa ao corpo. Então nós nos tornamos conscientes de cada ação do corpo: levantando-se, curvando-se, vestindo nosso casaco cada gesto do seu corpo deve ser seguido, deve se tornar o objeto de sua atenção." (40-42)
"Há muitas coisas maravilhosas dentro de nós e a nossa volta. Quando as tomamos 
como objetos da nossa plena atenção estas coisas maravilhosas podem nos nutrir e nos curar. Todas as manhãs, 
ao acordarmos, podemos inspirar conscientes de estarmos inspirando e entrar em contato com as maravilhas da vida. 
A consciência plena permite que estejamos relacionados a essas coisas maravilhosas e nutridoras, que nos trazem cura, alegria e felicidade. O primeiro benefício da atenção plena é alegria e felicidade." (42)
"O medo e a raiva geralmente vêm de percepções equivocadas. Se você conseguir admitir o seu sentimento 
e o acolher afetuosamente com sua respiração consciente, poderá ajuda-lo a se acalmar. 'Inspirando estou ciente de um sentimento doloroso. Expirando, eu acalmo o meu sentimento doloroso.'Você produz a paz. Este é o cultivo da paz através das práticas de respirar conscientemente e de sentar conscientemente." (43)
"Nós podemos caminhar para soltar as nossas tensões corporais e também para estarmos conectados à Terra. Andar conscientemente nos ajuda a ficar ciente de que é uma grande felicidade ser 
capaz de tocar a Terra, nossa mãe. Esta é uma grande felicidade que podemos desfruta-la em qualquer momento que 
quisermos. Nós devemos saber como gerar um sentimento agradável em nós mesmos com a atenção plena. Nós devemos ser capazes de ajudar outra pessoa a fazer o mesmo. É sempre possível produzir um sentimento agradável." (
"'Inspirando, eu sei que há raiva em mim. Expirando, eu acolho minha raiva'. Imediatamente, algo diferente acontece. Sem consciência plena, só existe a energia da raiva, que pode nos compelir a dizer e fazer coisas que podem causar danos. Mas quando conseguimos fazer surgir uma segunda energia, a energia da plena atenção, ela admite, acolhe e suaviza a energia da raiva." (44)
"Quando a raiva vier à tona, torne-se consciente da sua respiração e gere a energia da consciência plena. A energia da raiva ainda está ali, mas agora a energia da consciência plena também estará lá, admitindo e acolhendo a raiva. 
'Minha raivazinha, eu estou aqui ao seu diapor, eu vou cuidar bem de você'. Neste momento, há duas energias operando: o sofrimento e a atenção plena, que admite e acolhe o sofrimento. Praticando desse modo, você pode obter alívio muito rapidamente. (44-45)
"Com plena atenção podemos nos nutrir e nos curar com coisas positivas, e podemos acolher e aliviar o sofrimento. Quando você consegue manter viva essa atenção plena, há concentração. A concentração nasce da atenção plena. Quando você pratica profundamente a atenção plena, a concentração surge. Com concentração você é capaz de examinar profundamente o que existe. Você pode 
avançar em direção à realidade. O discernimento nasce da atenção e da concentração." (45)
"Você é apenas a sua inspiração. 'Inspirando, eu sei que estou inspirando. Expirando, eu sei que estou expirando'. Embora o exercício seja muito simples, o resultado pode ser notável. Podemos nos libertar apenas por estar focalizando nossa atenção em nossa inspiração e expiração." (46)
"'Inspirando eu estou vivo! Você pode comemorar o milagre de estar vivo simplesmente por estar inspirando. Isso já é felicidade. Você não tem que sair buscando a felicidade no outro lugar. Simplesmente sente-se inspire e desfrute o fato de estar vivo." (48)
"Com as três energias de atenção plena, concentração e discernimento nós podemos facilmente produzir paz e alegria em todos os momentos de nosso cotidiano". (49)
"A felicidade não é feita de dinheiro, fama e poder, mas da consciência da respiração. (48-49)
"Onde há atenção e concentração, também há discernimento. Atenção plena carrega dentro de si a concentração e o discernimento." (49)
"Nós nos reconciliamos com o nosso corpo, nos tornamos nosso corpo, e interrompemos a alienação e a divisão 
corpo-mente. Quando regressamos ao nosso corpo, nos tornamos conscientes do seu sofrimento, incômodo e dissimulação. Sabemos que temos de ser gentis com o nosso corpo e oferecer a ele uma oportunidade de relaxar. 'Inspirando, eu relaxo meu corpo e mente. Expirando, eu acalmo o meu corpo e mente'. Para estar em primeiro lugar; acalma em segundo. 
É maravilhoso parar. E acalmar é ainda mais maravilhoso. O sofrimento começa a diminuir." (50)
"Inspirando e unificando corpo e mente é o momento em que você está realmente 
vivo. Quando você consegue tocar as maravilhas da vida dentro de si e à sua volta, isso é vida." (51)
"Temos tempo de sobra. Quando você 
pratica e fica relaxado e alegre, isso beneficia todo mundo à sua volta. Praticar a respiração consciente é um ato de amor. 
Você se torna um instrumento de paz e alegria, e consegue ajudar os outros." (52)
"O primeiro sentimento que precisamos nos relacionar é com a nossa alegria. Quando despertamos para o fato de que temos um corpo, de que estamos vivos, e que podemos entrar em contato com as maravilhas da vida, surge a alegria de estar vivo. Então, produzir um sentimento de alegria pode ser muito fácil e natural: 'Inspirando eu sinto alegria. Expirando, eu sinto alegria'. (52-53)
"A primeira maravilha é nossa respiração. A segunda é o nosso corpo. Quando o corpo e a mente estão unificados, podemos nos relacionar com as maravilhas da vida. Então vamos ter alegria e felicidade. Este é o ensinamento e a prática de Buda. Nós não buscamos Buda no corpo dele, nós o buscamos nos seus ensinamentos. Buda está prosseguindo através da prática dos seus ensinamentos. Desta forma podemos nos relacionar com Buda no momento presente." (54)
"7) Reconhecendo os sentimentos dolorosos. Quando um sentimento doloroso ou uma emoção dolorosa surgir, reconheça e acolha este sentimento ou emoção com ternura sem desejar suprimi-los. 'Inspirando eu estou ciente de um sentimento doloroso em mim. Expirando, eu estou ciente de um sentimento doloroso em mim'. Esta é a prática de simplesmente reconhecer a sensação dolorosa quando ela surge. Existe a energia da dor, mas também existe a 
energia da atenção plena envolvendo a dor. Aqueles que não praticam permitem que a dor os oprima ou tentam fugir 
dela, ingerindo algo que encubra o sentimento doloroso interno. Pode-se comer algo, ouvir música; fazer qualquer coisa para não enfrentar o sofrimento interior. O mercado nos fornece tudo o que podemos usar para encobrir o sofrimento interno. Ao consumirmos desse modo nós permitimos que o sofrimento interno cresça. Temos que nos relacionar com a nossa dor para termos a oportunidade de cura-la." (54-55)
"Nós não estamos mais fingindo deles ou os encobrindo. Reconhecer e acolher o sentimento doloroso finda a alienação entre corpo e mente." (55)
"Com estes quatro exercícios relacionados aos sentimentos, sabemos como lidar com a felicidade e a dor. Se soubermos como administrar a felicidade, seremos capazes de alimenta-la e fazê-la perdurar. Podemos nutrir o nosso amor, paz e felicidade e mantê-los por um longo tempo. Quando 
houver dor, não teremos medo, pois saberemos como administra-la. como alivia-la e transforma-la em outra coisa." (
"Se você souber gerar a energia da atenção e da concentração, se souber reconhecer sua depressão e abraça-la, você já vai sofrer menos. Quando estiver consciente e concentrado para investigar a natureza da sua depressão, você vai descobrir como e de onde foi que ela veio." (56)
"'Inspirandoestou, estou atento atento à minha mente. Expirando, estou atento à minha mente'. No budismo, há cinquenta e uma categorias de formações mentais. Existem formações mentais benéficas como alegria, felicidade, fraternidade, tolerância, atenção plena, concentração, compreensão, amor. E há também 
formações mentais negativas, como a raiva, o medo, o desespero, o ciúme. Todas essas formações mentais estão em nossa consciência em forma de sementes. Toda vez que uma delas se manifesta enquanto energia, devemos estar suficientemente atentos para reconhecê-la. É vantajoso conhecer as características de cada uma delas, para que, quando elas vierem à tona, você possa reconhecê-las e chama-las pelo seu verdadeiro nome. 'Olá, minha formação mental! Você se chama ciúme, eu te conheço. Eu vou cuidar de l 
você.' Este é o nono exercício de respiração consciente." (57)
"10) Alegrando a mente. O décimo exercício é tornar bela a nossa paisagem 
mental. 'lnspirando, eu alegro minha mente. Expirando, eu alegro minha mente'." (57)
"A prática da concentração tem o poder de liberta-lo. Libertação é a abordagem budista da salvação. No budismo é muito claro que o que nos prende, o que não nos permite ser livre, é a raiva, o desejo intenso e a delusão." (59)
"Em termos de salvação, o que queremos é ser salvos da nossa raiva, do nosso medo, da nossa ilusão. A felicidade é possível quando estivermos livres desses elementos." (59)
"'Inspirando, eu observo a natureza impermanente de todas as coisas. Expirando, eu contemplo a natureza impermanente de todas as coisas'. Você não diz coisa alguma; você apenas fecha os olhos e inspira. Nos três ou quatro segundos de inspiração você visualiza como a outra pessoa, a sua amada, o seu amado, estará daqui a 300 anos. 
'O que ele(ela) será daqui a 300 anos? No que terei me tornado daqui a 300 anos?' Concentrando-se na impermanência Ihe traz imediatamente o discernimento de que ele é impermanente, de que você é impermanente, e é realmente uma tolice fazer o outro sofrer assim no momento presente. 
Concentrar-se na impermanência trará o discernimento da impermanência, permitindo que você acesse simultaneamente, de uma maneira muito real, a natureza impermanente dele e sua. Inspirando, você pratica concentrando-se 
na impermanência. Expirando, você já tem o discernimento da impermanência. Quando abrir os olhos você ficará feliz 
pelo fato de que ele ainda está vivo agora mesmo, e a única coisa que você quer fazer é abrir os braços e abraça-lo. ' Inspirando, querida, eu sei que você ainda está viva. Expirando, estou tão feliz'. (60-61)
"Nao é a ideia ou noção de impermanência, mas o insight da impermanência que pode liberta-lo e salva-lo." (61)
"O décimo quarto exercício é a contemplação na ausência de dosejo. ' Inspirando, eu observo o desaparecimento do desejo. Expirando, eu observo o desaparecimento do desejo'." (63)
"Se você pensa que precisa ter poder ou muito dinheiro para ser feliz, esta visão esta equivocada. Há tantas pessoas que não têm dentro delas compreensão e amor 
suficientes e padecem de solidão profunda." (62)
"... a vedadeira felicidade é feita de compreensão e amor. Quanto mais elas cultivam compreensão e amor, tanto mais felizes elas se tornam. É desse modo que a contemplação na ausência de desejo Ihe protege e Ihe ajuda a se libertar do seu desejo ardente." (62)
"O décimo quinto exercício é a contemplação do nirvana. 'Inspirando, eu contemplo nirvana. Expirando, eu contemplo nirvana'. Nirvana é a nossa verdadeira natureza que não nasce e não morre, que não existe e não inexiste. Nirvana é o discernimento; é a liberdade de todos os tipos de noções. É possível estar em contato com a nossa natureza do nirvana durante esta vida mesmo, aqui e agora mesmo." (63)
"Observando a onda, podemos ver que ela 
tem um começo e um fim; ela sobe e desce. As noções de iniciar, terminar, subir e descer podem assustar a onda e 
ela pode pensar: 'antes de subir enquanto esta onda eu não existia, e logo me tornarei nada de novo'. É como se, antes da elevação, a onda não existisse, e depois de descer ela passasse a não mais existir. Como uma onda poderia ser feliz se ela estiver aprisionada nestas noções de nascimento e morte, início e fim, subir e descer? Mas há uma saída, uma oportunidade para ela ser salva. Quando ela se empenha em examinar a si mesma, ela descobre que é água. Ela é uma onda, mas ela também é água. Enquanto onda, ela pode ser descrita em termos de nascimento e morte, subir e descer, ser e não ser, ir e vir. Mas a água não pode ser descrita nesses termos. No momento em que a onda percebe que é água, ela se liberta de noções como nascimento e morte, subir e descer. A onda é água precisamente no aqui e agora." (64)
"Sabemos que uma nuvem não morre nunca; ela só pode se transformar em neve, chuva ou gelo. A nuvem nunca 
pode se transformar em nada. A verdadeira natureza que não nasce e não morre existe em tudo, inclusive dentro de 
nós mesmos. A nuvem pode olhar para a chuva e sorrir, e se libertar do medo. Ser uma nuvem flutuando no céu é uma 
coisa maravilhosa, e tornar-se a chuva caindo sobre a Terra, nutrindo tudo é também uma coisa maravilhosa. Tornar-se 
um rio, tornar-se uma xícara de chá para as pessoas beberem também é maravilhoso. Tornar-se vapor d'água e tornar-se mais uma vez uma nuvem também é uma coisa maravilhosa. Nossa verdadeira natureza é uma natureza que não nasce e não morre. Sabemos que esta visão corresponde ao que a ciência descobriu, que 'nada nasce, nada morre; tudo está está em transformação'. Esta é a primeira lei da termodinâmica." (65)
"O último exercício de respiração consciente é a prática de abrir mão de noções, deixar pra lá. Noções de nascimento e morte, ser e não ser são a base do nosso medo e ansiedade. Ao abrir mão dessas noções você se liberta, e pode acessar sua verdadeira natureza e entrar em contato com Deus. Para compreender o ensinamento de Buda ou de Jesus, você tem que remover sua maneira dualística de pensar." (65)
"Mesmo que tenhamos algum tipo de doença que nos causa desconforto físico, não precisamos ter tensão em torno dessa dor, agravando-a. Não precisamos causar mais sofrimento." (67)
"Muito raramente sua mente fica com o seu corpo. Ela tem a tendência de se desviar dele." (68)
"Se não conseguimos nos conectar com nosso corpo, não podemos estar realmente em contato com nossa mente. 
Corpo e mente são dois lados da mesma moeda; você não consegue separa-los. Nossa mente fica divagando lá fora, e 
nós realmente não sabemos o que está acontecendo com ela. 
Não sabemos como acolher nossa preocupação, tristeza e raiva, por isso encobrimos nossa alienação com o consumo: lendo revistas, ouvindo música, assistindo vídeos, bebendo vinho, tomando drogas, ou comendo quando não estamos 
com fome. Nós comemos para esquecer. Quando comemos, pensamos que podemos esquecer o nosso sofrimento, 
a nossa tristeza, a nossa preocupação, e comemos excessivamente. Os seres humanos estão doentes hoje porque eles 
não sabem estar em contato com seus corpos e não conseguem se conectar com suas mentes. Então como é possível estar em contato com a fonte da saúde, a Mãe Terra? Se você consegue conectar-se com seu corpo, você tem a oportunidade de estar em contato com a Mãe Terra, a sua origem." (68-69)
"Só quando compreendemos a natureza e as raízes do nosso sofrimento, a compaixão e o amor podem surgir." (69)
"Meu querido sofrimento, eu sei que você está aí dentro de mim. Estou aqui para cuidar de você." (70)
"Mas quando contemplamos profundamente, vemos que o sofrimento e a felicidade inter-são, tal como a lama e o lótus interpenetram um no outro. Um lótus só consegue crescer na lama. Se não houvesse lama, a flor de lótus não existiria. Há uma ligação muito estreita entre o sofrimento e a felicidade. A verdadeira felicidade é possível quando temos a visão correta do sofrimento e da felicidade. É o mesmo que frente e atrás, direita e esquerda. O direito não pode existir sem o esquerdo o esquerdo não pode existir sem o direito." (70)
"A felicidade é composta de elementos que não são felicidade, tal como a flor é feita de elementos que não são flor. Quando você olha para a flor, você vê elementos que não são flor, como a luz solar, a chuva, a terra - todos os elementos que se reuniram para ajudar a flor a se manifestar. 
Se tivéssemos que remover qualquer um desses elementos que não são flor, a flor deixaria de existir. A felicidade é um 
tipo de flor. Se você examinar profundamente a felicidade, você vê elementos de não felicidade, inclusive o sofrimento." (71)
"Quando temos a compreensão correta, somos capazes de praticar o pensamento correto. O pensamento correto está fundamentado na compreensão correta, que significa pensar sem discriminação e sem dualismo. Há uma conexão muito profunda entre sofrimento e felicidade." (71)
"E a felicidade não pode existir na ausência de sofrimento." (71)
"Nosso pensamento pode nos fazer sofrer. Mas o nosso pensamento também pode nos tornar livres. Nós precisamos do pensamento correto, que nos ajuda a interromper o nosso sofrimento, para que possamos começar a ser mais felizes." (72)
"A resposta é que a pessoa feliz adota uma visão correta. A outra pessoa está sofrendo porque não tem visão correta, e, 
por conseguinte, o pensamento dela não é um pensamento correto. Sofrer é algo relativo. O que faz uma pessoa sofrer 
pode não causar sofrimento a uma outra." (72)
"A consciência plena nos coloca em contado com todas essas coisas para a nossa própria cura e felicidade. Alegria é a primeira função da consciência plena. O estado de comnsciência plena nos traz alegria e felicidade." (74)
"Temos de vier no aqui e agora para estarmos vivos. O passado não está mais conosco e o futuro ainda não chegou; somente no momento presente as 
maravilhas da vida estão disponíveis. O segredo da meditação é trazer a mante de volta para a casa do corpo e estar no aqui e agora. É muito simples. Parar de pensar vai Ihe ajudar muito." (76)
"Todo mundo tem as sementes da atenção plena, concentração e compreensão dentro de si. Com as práticas de respirar, 
andar e sentar atentamente, nós ajudamos estas sementes a se manifestarem enquanto energias. Estes são os três tipos 
de energia que fazem com que um ser seja iluminado. Estas energias fazem com que você acorde, unifique totalmente o seu corpo e mente, e elas Ihe põem em contato com todas as maravilhas da vida. Você para de correr e de tentar buscar a 
felicidade noutro lugar. Você vê que a felicidade é possíve no aqui e agora." (77)
"... compreensão Ihe ajuda a reconhecer, que existem condições mais do que suficientes para você ser feliz aqui e agora mesmo. A compreensão traz liberdade, alegria e felicidade." (77)
"Trazer sua mente para a casa do seu corpo, estabelecer-se no momento presente e tocar as maravilhas da vida faz com que a alegria, felicidade e a liberdade sejam possíveis no aqui e no agora. Qualquer um pode fazer isso." (80)
"O futuro também pode ser uma prisão. Muitos de nós estamos temerosos, incertos e ansiosos acerca do futuro. O misturo tornou-se uma prisão para nós. Temos que sair dessa prisão. Inspirar, trazer a mente para a casa do corpo e re- 
gressar ao momento presente já é libertação. Os três tipos de energias de atenção plena, concentração e compreensão são agentes libertadores, que podem nos ajudar a ser livres. 
A verdadeira felicidade não é possível sem liberdade." (82-83)
"Temos que sair dessa prisão. Inspirar, trazer a mente para a casa do corpo e regressar ao momento presente já é libertação. Os três tipos de energias de atenção plena, concentração e compreensão são agentes libertadores, que podem nos ajudar a ser livres. A verdadeira felicidade não é possível sem liberdade." (83)
"Sua prática, portanto, ajuda muito. Você simplesmente caminha conscientemente e respira conscientemente, e todos nós nos beneficiamos de sua prática. Você é um sino de atenção plena. Você nos lembra de retornarmos à casa do aqui e agora e a nos tornarmos vivos novamente. Pode ser que você pense que não está fazendo coisa alguma para nós, mas isso não é verdade. Você está andando conscien- 
temente, curtindo cada passo, e está gerando energias de alegria e felicidade dentro de si." (84)
"Nós não precisamos de mais dinheiro, fama ou riqueza para ser feliz. Apenas gerando esses três tipos de energia podemos criar liberdade e felicidade para nós e para muitas pessoas à nossa volta. Temos uma oportunidade de estar juntos. Ao andarmos de um lado para o outro, por que não apreciamos cada passo? Estamos aqui para isso. Desfrute cada passo. De a si mesmo o prazer, a alegria e a liberdade de cada passo." (84)
"Quando experimentamos alegria, há alguma agitação envolvida. Mas, ao saborearmos a felicidade, nos sentimos mais calmos, e mais contentes." (87)
"Nós não precisamos de mais dinheiro, poder ou fama para estar mais feliz com a vida. Há muitas pessoas que têm essas coisas em abundância, mas não estão realmente felizes. Quando temos liberdade, discernimento, atenção plena, concentração, podemos ser felizes aqui e agora. Simplesmente por estarmos sentando, respirando, tomando um banho de chuveiro, escovando os dentes, andando - fazendo essas coisas com consciente apreciação já pode ser uma grande felicidade. Praticar bem, em parte, é produzir alegria e felicidade e mantê-las vivas o tanto quanto desejarmos." (87)
"Quando você está com um sentimento desagradável, um sentimento de tristeza, medo, preocupação, ou desespero, pode ser que você pense que não tem capacidade de voltar-se para dentro de si para entrar em contato com aquela emoção, administra-la e acolhê-la. Você quer fugir da emoção - e você tem muitas maneiras de fugir, como revistas, livros, música, comida, a internet, ou planejando 
ativamente - assim você não vai estar em contato com o seu corpo e a sua mente. A mente e o corpo estão alienados um 
do outro, e isso nos faz mal." (89)
"Se não tivermos uma forma de conectar corpo e mente, podemos tentar dissocia-los ainda mais, para anestesiar nosso sofrimento. Tentamos fugir do nosso sofrimento através do consumismo, talvez navegando na web, ouvindo música, 
comendo ou puxando conversa." (92)
"Podemos tentar encobrir o nosso sofrimento lendo jornais, revistas ou livros, assistindo televisão e assim por diante. Nós estamos fugindo do nosso sofrimento. É isso o que temos a tendência de fazer. Não temos a coragem de retornar para dentro de nós e cuidar do nosso sofrimento. 
Na prática da atenção plena nós fazemos o oposto. Praticamos andando conscientemente, e respirando conscientemente para gerar a energia da atenção e concentração. Com esse tipo de energia voltamos para casa para cuidar 
do nosso medo, e dizemos: 'Meu querido sofrimento, meus queridos desespero e raiva, eu sei que vocês estão ai. Eu estou em casa, estou aqui para cuidar de vocês". (92-93)
"Quando tivermos uma emoção intensa, sabemos que não precisamos temer, porque temos formas de cuidar de uma emoção intensa. Precisamos de alguma compreensão; precisamos de alguma prática. Quando a emoção forte surgir, dizemos a ela: "Você é somente uma emoção". 
Uma emoção é algo que surge, fica algum tempo, e, eventualmente, vai embora." (94)
"Você pratica a respiração profunda abdominal com atenção plena e sabe que você pode administrar a tempestade dentro de si. (94)
"Quando você olha para o topo da árvore, você vê que os galhos mais altos e as folhas estão balançando violentamente pra lá e pra cá ao sabor do vento. Você pode ter a impressão de que a árvore vai se partir ou voar longe. Mas quando você direciona sua atenção para o tronco da árvore, você vê que aquela parte da árvore não está balançando, você vê que a árvore está enraizada firme e profiindamente, e tem uma sensação diferente. 
Você sabe que a árvore vai resistir à tempestade. Quando uma tempestade emocional estiver acontecendo dentro de você, não fique preso lá em cima, no nível da sua cabeça, onde os pensamentos estão passando sem interrupçao. Pare 
de pensar. Desça e abrace o tronco do seu corpo no nivel do abdomen. Foque sua atenção 100% no seu abdomen subindo e descendo, e você estará fora de perigo." (95)
"Nós temos a tendência de não valorizar as inúmeras causas de felicidade que dispomos. Estamos inconscientes, não conseguimos entender a preciosidade das condições de felicidade que estão.disponíveis para nós agora mesmo, que podem nem sempre terem existido (ou que podem deixar de existir no futuro). Então, o segundo método para criar felicidade é trazer o sofrimento que tivemos no passado e compará-lo com as condições de felicidade que temos agora mesmo." (101)
"Por que devemos continuar nos bloqueando na prisão do passado? Precisamos regressar ao momento presente, entrar em contato com os milagres que existem no momento presente para que assim possamos viver. Não devemos ser subjugados pelo passado." (102)
"Nós podemos criar alegria e felicidade para nós mesmos, e também para uma outra pessoa. Isso não é muito difícil. Somente precisamos de um pouco de prática. Se formos capazes de fazer isso uma vez, podemos fazê-lo muitas vezes durante o dia. Com cada passo, cada respiração, cada sorriso, nós podemos criar felicidade e alegria." (103)
"O Darma vivo 
Quando desenvolvemos o nosso corpo'Darma, podemos lidar com as dificuldades que surgem em nossas vidas. 
Todo mundo deve ter uma dimensão espiritual em sua vida. 
SÉ o nosso corpo-Durma não estiver ainda suficientemente forte, temos de tentar ajuda-lo a crescer. Fazemos isso aplicando as coisas que aprendemos em nossa vida cotidiana." (105)
"O Darma deve ser o Darma vivo. Quando você respira, se sua inspiração contiver consciência, concentração e insight, se sua inspiração puder produzir alegria, então esse é o Darma vivo. Você não diz coisa alguma, e no entanto isto é Darma. Você está dando uma palestra de Darma sem palavras, porque você está respirando corretamente e gerando paz, alegria e concentração. 
O Darma vivo é diferente do Darma falado e do Darma escrito. O Darma escrito e o Darma falado só existem realmente para nos ajudar a gerar o Darma vivo." (105-106)
"Quando andar, mantenha contato com 
a Terra e as maravilhas da vida. Quando comer, esteja mais presente com a comida e as pessoas sentadas à mesa, em sua 
volta. Elas vão ver a diferença, e vão gostar da sua presença." (109)
"Quando segurar um pedaço de pão não deixe que sua mente vagueie em outro lugar qualquer. Permita que sua mente esteja presente com o pão. Compreender que a Terra, o sol, as nuvens, a chuva estão presentes no pão é muito 
salutar. Quando estivermos sentados comendo, se mastigarmos as nossas preocupações e o nosso sofrimento, não 
podemos nos curar. Então, para sermos saudáveis, temos que aprender a nos alimentar de uma forma que esteja co- 
nectada ao momento presente." (110)
"Quando você está presente, você estabelece contato, e compreende profundamente. Ao compreender profundamente, você quebra sua tendência mental de ficar disperso, pensando nisso e naquilo, de estar continuamente planejando antecipadamente os momentos que não são os que você está realmente vivendo. Você se torna mais focado, e com esta concentração e atenção plena, você está no momento prcsente com a sua respiração e sua comida, e vê que é uno com sua comida e com o universo." (112-113)
"Quando você tenta estar presente com a refeição diante de si, por favor, lembre-se também de estar presente para as pessoas sentadas à mesa com você. Não feche os olhos e se concentre somente na sua mastigação. Abra os olhos, olhe para as pessoas e sorria para elas."(113)
"Quando ama alguém profundamente, você quer oferecer alguma liberdade a essa pessoa. Você não quer impor suas ideias, os seus pontos de vista sobre ele ou ela. A liberdade é uma das coisas mais preciosas que você pode oferecer a alguém que ama. Este seixo é para abrir muito espaço em seu coração e no coração da pessoa que você ama. 'Inspirando eu me vejo como espaço. Expirando, eu me sinto livre.' (117)
"Quando estamos trabalhando há momentos em que estamos nos sentindo solitários, ou doentes e perdidos; perdemo-nos em nosso caminho. Em momentos assim temos de voltar à Terra para sermos nutridos. Se você trabalha em um edifício, caminhar um pouco ao ar livre, mesmo que seja apenas por alguns minutos, pode ajuda-lo a tocar a Terra e estabelecer um contato maior consigo mesmo. 
Quando você abre a porta e sai para o ar fresco, você entra em contato com o ar e a Terra. Cada passo ao ar livre é um passo em liberdade. Você entrou no mundo da meditação. (...) caminhar. Cada passo dado sobre a Mãe Terra pode nos trazer muita felicidade." (118-119)
"Viver de maneira simples no momento presente 
Quando estivermos trabalhando seja cobrindo de telhas um telhado, seja preparando uma refeição, jardinando 
ou qualquer outra coisa que estivermos fazendo - nós podemos ser felizes. Nós podemos ser felizes em nossas vidas 
cotidianas. Cozinhar, varrer, limpar o banheiro, tudo isso são coisas agradáveis de fazer." (120)
"Lavar pratos é uma felicidade. Temos o 
direito e a capacidade de ser feliz em qualquer momento. 
Se pudermos fazer isso, não precisamos nos estressar tentando alcançar qualqurr outra coisa. A felicidade existe no momento presente." (122)
"Praticar com consciência atenta não é um trabalho árduo. Enquanto trabalha, você tem alegria e felicidade. Se você estiver totalmente presente e enxerga as coisas em maior profundidade, em tudo o que estiver fazendo, sejam coisas maravilhosas ou supostamente repugnantes, você conseguirá desfrutar tudo." (122-123)
"Se nós conseguirmos produzir atenção 
consciente, concentração e compreensão, teremos felicidade. Quando estamos totalmente presentes, nossos pensamentos não estão vogando no passado ou no futuro; não estamos sendo arrastados por problemas, preocupações, tristeza ou outras questões. Quando caminhamos, a nossa mente está presente com o nosso corpo caminhante." (123)
"Quando estamos tocando a Mãe Terra, ela é uma imensa fonte de cura. Nós podemos nos curar e, ao mesmo tempo, curar a Mãe Terra." (124)

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