Os
trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima
e da Petroquímica Suape, no complexo industrial de Suape, no município de
Ipojuca, na região metropolitana de Recife, decidiram manter, nesta
segunda-feira, 11, a greve iniciada na última quinta-feira. Eles querem
reajuste salarial de 13%, aumento de R$ 98,00 no vale refeição e adicional de
periculosidade de 30% sobre o salário.
Por unanimidade, em assembleia realizada no
portão oeste da refinaria, os trabalhadores não aceitaram a proposta patronal
de 10% de reajuste e aumento de R$ 20,00 no vale refeição. O coordenador de
fiscalização do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de
Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral (Sintepav-PE), Leodélson Bastos, estima que 30 mil trabalhadores estejam parados. "Só trabalham os
responsáveis pelos chamados serviços essenciais", afirmou.
O nó das negociações é o adicional de periculosidade. Bastos destaca que os trabalhadores já correm risco com algumas
atividades da Refinaria Abreu e Lima em operação. Ele cita linhas pressurizadas
e armazenamento de diesel como exemplos. "Já ocorreu de válvulas
estourarem por conta da pressão das tubulações", afirmou. "Há risco
de explosão".
O
Sindicato da Indústria da Construção Pesada (Sinicon-PE) destaca que o sindicato não pode apresentar nenhuma
proposta nesta área porque depende de uma posição da Petrobras. Quanto ao reajuste salarial, o departamento jurídico
do Sindicato patronal entrou com pedido de dissídio coletivo e aguarda
audiência na Justiça do Trabalho para esta semana.
Com
previsão de inauguração e entrada em operação da primeira etapa da Refinaria
Abreu e Lima em novembro deste ano, Bastos disse não poder afirmar se a
paralisação irá atrapalhar os planos do governo federal. "Eles têm um
cronograma, mas não praticam o adicional de periculosidade", reclamou.
Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2014/08/11/internas_economia,557404/trabalhadores-da-refinaria-abreu-e-lima-mantem-greve.shtml
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