CONFUSÕES
Confundimos
"amor" com "ciúme". Quem
ama liberta, confia, apóia. Ciúme requer o que não é seu, prende, reprime.
(Há quem diga que esse sentimento seja bom em dosagem certa,
mas a dosagem certa está sempre relacionada com sua necessidade de atenção.
Neste caso, carência justificaria ciúme?)
Confundimos
"dar" com "trocar".
O "dar" simplesmente expõe, propicia, entrega. Retorno é consequência, não preço, não condição.
(Há quem chame de ingrato aquele que recebeu e não retornou,
mas quem recebe cumpre seu papel ao receber e quem dá, da mesma forma, ao dar.
A cobrança é bastante cultural, embora nunca seja demais dizer
"obrigado".)
Confundimos
"ser" com "estar".
Nada nem ninguém “é”, e sim “está”, pois tudo e todos podem mudar. (Se você é
"pé-atrás", chute-se e não "esteja" mais assim pois
"pé-atrás" não vai pra frente. Se sua natureza é assim ou
"assado", mude, pois a natureza é mutante 24hrs por dia.)
Confundimos
"humildade" com "atenção". Dar atenção a alguém não é intrinsecamente um ato humilde e
sim, educado.
(As pessoas, amavelmente, chamam um artista de humilde quando
recebem dele uma atenção, mas isso está relacionado com uma atitude educada por
cumprimentar quem se deslocou pra o assistir e provar de sua arte. É humilde
aquele que se aceita e se entende e que, por isso, não teme ser criticado,
observado ou fotografado.)
Confundimos
"timidez" com "indiferença". Às vezes, por timidez, frustramos aqueles que querem, mas não
tem iniciativa de nos cumprimentar.
(Lembro-me do tempo de colégio em que aqueles que não se
abriam facilmente ou não cumprimentavam os que os olhavam, eram tidos como
indiferentes, sendo que a atitude destes era fruto de pura timidez, não de
arrogância. Mas ainda que não fosse timidez, que obrigação tem os outros de nos
cumprimentar, se nós podemos tomar a iniciativa?)
Confundimos
fé com religião, religião com espiritualidade, espiritualidade com espiritismo,
espiritismo com umbanda, umbanda com candomblé, e coisa e outra com macumba. Confundimos nosso
corpo com nosso espírito e só não confundimos nosso espírito com outra coisa
porque não nos conhecemos como espíritos, mas isso aí já é outra confusão.
Por fim, a pior confusão que fazemos está entre a “vida” e a
“morte”. Algo que está morto não toma iniciativa, não enfrenta, não sai do lugar,
não faz acontecer, não sente e, principalmente, não arrisca. Será que estamos
vivos?
Fonte: https://www.pensador.com/quem_ama_liberta/
1 Coríntios 13
1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e
não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os
mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que
transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento
dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse
amor, nada disso me aproveitaria.
4 O amor é sofredor,
é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se
ensoberbece.
5 Não se porta com
indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
6 Não folga com a
injustiça, mas folga com a verdade;
7 Tudo sofre, tudo
crê, tudo espera, tudo suporta.
9 Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
10 Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte
será aniquilado.
11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como
menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as
coisas de menino.
12 Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos
face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou
conhecido.
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes
três, mas o maior destes é o amor.
Fonte: https://www.bibliaonline.com.br/acf/1co/13
Amor é liberdade e não um
sentimento de prisão, só conseguimos amar sem amarras quando nos amamos profunda e completamente
a nós próprios com todas as possibilidades de erro...
Pode parecer-lhe bastante controverso este título, pois é mais
fácil pensarmos em relacionamentos de prisão, de posse, do que em
relacionamentos soltos baseados no amor
como forma libertadora de um ser que acima de tudo se ama, solto que por
amarmos tanto aquele ser podemos ficar feliz se ele/ela pretenda casar ou viver
com outro alguém.
Lembra-se do seu primeiro relacionamento? Não me estou a
referir ao primeiro namorado/a, mas sim ao relacionamento que teve em primeiro
lugar na sua vida. Sim, consigo mesmo. Sim estou a falar do valor que aprendeu
a dar a si mesmo e à relação que tem consigo desde sempre.
Se desenvolver um relacionamento consigo pautado pela
segurança, respeitando os seus sentimentos (dizer não quando quer negar e
aceitar o que quer para si). Aprender a
respeitar-se é aprender a sentir carinho e amor por si mesmo, quando é para
descansar, descanse, e quando é para trabalhar dedique-se com paixão.
Quantos sonhos ficaram por cumprir?
Será que é você o entrave dos seus caminhos?
Já pensou que pode ser o
seu maior inimigo?
Se não tem uma boa relação
consigo, como pode ter bons relacionamentos com os outros?
Quem ama liberta de tudo o
que sejam amarras, condições, crenças limitantes, pequenos ses.
Desta forma recomendo que
o primeiro passo para aprender a amar é rever a sua autoestima. Como pode dizer que
ama alguém se não se aceita? O mesmo se passa consigo mesmo quando não se
aceita profunda e completamente, sem condições impostas quer por si quer pela
sociedade.
O ser humano é um ser em
construção e constante aprendizagem, e por isso passível de erro. Liberte-se
dessa culpa por não ser desta ou daquela maneira e assim vai ser mais fácil
aceitar o outro. Já Freud dizia que o ser
humano faz um processo de transferência quando critica o outro pois tem medo
dessas mesmas limitações.
Porquê tanto medo do amor?
Saber amar é um desafio da
humanidade do seculo XXI, amar sem medo de se magoar, depois do amor nem sempre
vem a deceção. A mágoa acontece exatamente quando esperamos demais de quem
amamos. É como comer uma refeição
deliciosa, ao fim de algumas horas transforma-se em dejetos. Também não é necessário deixar de comer,
para deixar de ter prisão de ventre, é só saber comer. O mesmo se passa com as
emoções, saber lidar com elas é próprio da inteligência emocional.
No aspeto das relações interpessoais coloco como primordial
saber lidar com o amor. Por vezes o amor fere, o amor dói, quando existe a
deceção amorosa, a magoa, o odio.
A mágoa só existe em
alguém que amou ou ama de forma presa às suas próprias expetativas e carências
emocionais.
Um segundo passo será
avaliar essas carências emocionais, o outro não as conhece e é utópico pensar
que as possa preencher.
Para melhor ilustrar o que refiro lembro-me de um livro
"A arte de amar" de Erich Fromm, que fala sobre o amor imaturo e
sobre o amor maduro. Amar de forma
madura é amar de forma incondicional, sem esperar nada em troca, aceitando tudo
o que o outro tem para nos dar.
A deceção só existe
naquele/a que coloca “o amor” acima de tudo na sua vida; aquela pessoa que não
se ama em primeiro lugar, não se valoriza, coloca a outra pessoa a personagem
principal da sua história. E mais tarde pode
desiludir-se com o marido ou com os filhos, essa desilusão percorre anos por
vezes. Dificilmente se desilude consigo mesma.
Se procuro amor no outro,
será que eu me amo todos os dias de forma incondicional?
Ou pelo contrário procuro alguém que seja um apoio, como se
fosse a outra metade da laranja?
E se esse apoio falhar?
O que será de si pela metade?
Hoje, portanto, escrevo para todos aqueles que se encontram
deprimidos ou revoltados por ter passado por uma deceção amorosa.
Em primeiro lugar não deve dizer que sofreu mas sim que viveu.
Já passou, a responsabilidade da sua existência foi só sua e só representará sofrimento
para si se o permitir. Por isso, jamais sofra pelas perdas, porque elas,
sistematicamente, trazem a semente de um benefício maior! Como diz um ditado:
se perder, ganhe ao menos a lição!
O grande segredo para evitar uma deceção amorosa é saber visualizar
para a sua vida sempre o melhor, acreditar que você merece o melhor, mas
colocar as suas expectativas sobre você e não sobre o outro - o seu amor. Não é
o outro que pode melhorar ou piorar a sua vida – é você mesmo!!! Na verdade,
você é responsável apenas pelas escolhas que faz e se as atitudes da pessoa que
ama não combinam com aquilo que acredita que merece receber – o melhor – não se
dececione! Deixe-o ir...
Trabalhe o desapego das
relações, não dependa de ninguém para ser feliz.. Desapegue-se...
Desapego não é falta de
interesse, nem falta de amor, mas sim liberdade e independência.
E se alguém achar que o desapego é falta de interesse, é
porque só sabem viver no apego.
Por isso acham inconcebível poder gostar de alguém e não
sofrer com a perda.
Desapegar da pessoa que se ama, é isso mesmo:
Sentir-se plena junto da
pessoa que se ama, mas também sentir-se plena quando a pessoa que se ama não se
encontra fisicamente presente.
Permita-se ser feliz
Fonte:
http://psidinamicus.blogspot.com.br/2015/07/quem-ama-liberta.html
Um comentário:
<3 <3
O amor, ah o amor... Sentimento tão complexo, tão denso e tão maravilhoso.
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