“[...] O capitalismo é estruturalmente antitético à
democracia não somente pela razão óbvia de que nunca houve uma sociedade
capitalista em que a riqueza não tivesse acesso privilegiado ao poder, mas
também, e principalmente, porque a
condição insuperável de existência do capitalismo é o fato de a mais básica das
condições de vida, as exigências mais básicas de reprodução social, ter de se
submeter aos ditames de acumulação de capital e às ‘leis’ do mercado. Isso
quer dizer que o capitalismo coloca
necessariamente mais e mais esferas da vida fora do alcance da responsabilidade
democrática. Isso significa que a democratização deve seguir pari passu com a ‘destransformação em
mercadoria’. Mas, tal destransformação significa o fim do capitalismo.”
Páginas
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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
Reflexão: O capitalismo é, na essência, incompatível com a democracia (Wood)
“Poderíamos efetivamente distinguir muitos tipos de ‘anticapitalismo’
explorando a forma como veem a compatibilidade entre capitalismo e democracia.
Num extremo, ficariam aqueles para quem a democracia é compatível com um
capitalismo reformado, em que empresas gigantescas são socialmente mais
conscientes e responsáveis perante a vontade popular, e certos serviços sociais
são ditados por instituições públicas e não pelo mercado, ou no mínimo
regulados por alguma agência pública responsável. É possível que essa concepção
seja menos anticapitalista que antineoliberal ou antiglobalização. No outro
extremo, estariam aqueles que acreditam que, apesar da importância da crítica
da luta em favor de qualquer reforma democrática no âmbito da sociedade
capitalista, o capitalismo é, na essência, incompatível com a democracia. E é
incompatível não apenas no caráter óbvio de que o capitalismo representa o
governo de classe pelo capital, mas também no sentido de que o capitalismo
limita o poder do ‘povo’ entendido no estrito significado político. Não existe
um capitalismo governado pelo poder popular, não há capitalismo em que a
vontade do povo tenha precedência sobre os imperativos do lucro e da
acumulação, não há capitalismo em que as exigências de maximização dos lucros
não definam as condições mais básicas da vida.
Este livro pertence à segunda categoria de
anticapitalismo. Ele conclui que “um capitalismo humano, ‘social’,
verdadeiramente democrático e equitativo é mais irreal e utópico que o
socialismo”.”
Reflexão: Diferença entre os anticapitalistas e os advogados ‘liberais’ do capitalismo (Wood)
“Creio que afirmar que todos nós, pelo menos a
maioria, consideramos indispensáveis as liberdades civis básicas – liberdade de
expressão, de imprensa e outras. Mas se isso é tudo que esperamos não há
diferença entre os anticapitalistas e os advogados ‘liberais’ do capitalismo.
Este livro parte da premissa de que ‘democracia’ significa o que diz o seu
nome: o governo pelo povo ou pelo poder do povo.”
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
Suspensas em todo o país as ações sobre aplicação da TR na correção do FGTS
O ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de
Justiça (STJ), suspendeu nesta quarta-feira (26) o trâmite de todas as ações
relativas à correção de saldos de FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)
por outros índices que não a TR (taxa referencial).
A decisão alcança ações coletivas e individuais em todas as
instâncias das Justiças estaduais e federal, inclusive juizados especiais e
turmas recursais. A Caixa Econômica Federal (CEF), que pediu a suspensão,
estima serem mais de 50 mil ações sobre o tema em trâmite no Brasil.
Dessas, quase 23 mil já tiveram sentença, sendo 22.697
favoráveis à CEF e 57 desfavoráveis. Ainda haveria em trâmite 180 ações
coletivas, movidas por sindicatos, e uma ação civil pública, movida pela
Defensoria Pública da União.
A suspensão vale até o
julgamento, pela Primeira Seção do STJ, do Recurso Especial 1.381.683, que será
apreciado como representativo de controvérsia repetitiva. Ainda não há data
prevista para esse julgamento.
Reabertura Plebeu Gabinete de Leitura (Profa. Adelaide Gonçalves – Fotos de Viktor Braga)
26 de fevereiro de 2014. Reabertura Plebeu Gabinete de
Leitura no 5º andar da Associação Cearense de Imprensa - ACI.
Veja as Fotos de Viktor
Braga
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
Pode o constitucionalismo ser transformador? (Boaventura de Sousa Santos)
Esta secção abordará as questões relacionadas com o Constitucionalismo transformador, com a interculturalidade e com reforma do Estado. A falência do constitucionalismo Moderno será analisada face às lutas pela autodeterminação e ao reconhecimento da diferença cultural tanto ao nível da descentralização sub-nacional como da integração supra-nacional.
Palestra em Português - Coimbra, 25 Maio 2012
Relações interessantes nos apoios entre Lula e Sarney
:
2010: Lula fica irritado com pergunta sobre Sarney e manda repórter "se tratar..."
Em 1989:
2010: Lula fica irritado com pergunta sobre Sarney e manda repórter "se tratar..."
Durante
visita às obras da usina hidrelétrica de Estreito (MA), nesta terça-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou forte irritação com questionamento da imprensa sobre os motivos de sua visita ao estado maranhense, território político da família Sarney, e sua relação com o atual presidente do Senado, José Sarney.
visita às obras da usina hidrelétrica de Estreito (MA), nesta terça-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou forte irritação com questionamento da imprensa sobre os motivos de sua visita ao estado maranhense, território político da família Sarney, e sua relação com o atual presidente do Senado, José Sarney.
A pergunta foi se a viagem ao Maranhão era de agradecimento ao apoio dos Sarney em seus oito anos de governo. "Uma pergunta preconceituosa como esta é grave, para quem está oito anos cobrindo Brasília. Demonstra que você não evoluiu nada. É uma doença. O Sarney colaborou muito para a institucionalidade.
Eu não sei por que o preconceito. Você tem de se tratar. Quem sabe fazer psicanálise", respondeu Lula, dirigindo-se ao repórter.
"Se você tiver que fazer algum protesto você vai para o Amapá, porque foi lá que o povo elegeu Sarney. Na medida que a pessoa é eleita e toma posse, ela passa a ser uma instituição e tem que ser respeitada", completou o presidente.Eu não sei por que o preconceito. Você tem de se tratar. Quem sabe fazer psicanálise", respondeu Lula, dirigindo-se ao repórter.
Em 1989:
As maiorias devem perder o medo - Boaventura de Sousa Santos
"A democracia perdeu a batalha e só não perderá a
guerra se as maiorias perderem o medo, se se revoltarem dentro e fora das
instituições e forçarem o capital a voltar a ter medo, como sucedeu há sessenta
anos."
(Democracia ou capitalismo?)
(Democracia ou capitalismo?)
O momento atual e sua História - Boaventura de Sousa Santos
"No
imediato pós-segunda guerra mundial, muito poucos países tinham democracia,
vastas regiões do mundo estavam sujeitas ao colonialismo europeu que servira
para consolidar o capitalismo euro-norte-americano, a Europa estava devastada
por mais uma guerra provocada pela supremacia alemã, e no Leste consolidava-se
o regime comunista que se via como alternativa ao capitalismo e à democracia
liberal.
Foi
neste contexto que surgiu na Europa mais desenvolvida o chamado capitalismo
democrático, um sistema de economia política assente na ideia de que, para ser
compatível com a democracia, o capitalismo deveria ser fortemente regulado, o
que implicava a nacionalização de sectores-chave da economia, a tributação
progressiva, a imposição da negociação coletiva e até, como aconteceu na então
Alemanha Ocidental, a participação dos trabalhadores na gestão das empresas. No
plano científico, Keynes representava então a ortodoxia económica e Hayek, a
dissidência. No plano político, os direitos econômicos e sociais (direitos do
trabalho, educação, saúde e segurança social garantidos pelo Estado) foram o
instrumento privilegiado para estabilizar as expectativas dos cidadãos e as
defender das flutuações constantes e imprevisíveis dos “sinais dos mercados”.
Esta
mudança alterava os termos do conflito distributivo mas não o eliminava. Pelo
contrário, tinha todas as condições para o acirrar logo que abrandasse o
crescimento econômico que se seguiu nas três décadas seguintes. E assim
sucedeu.
Desde
1970, os Estados centrais têm vindo a gerir o conflito entre as exigências dos
cidadãos e as exigências do capital, recorrendo a um conjunto de soluções que
gradualmente foram dando mais poder ao capital. Primeiro, foi a inflação
(1970-1980), depois, a luta contra a inflação acompanhada do aumento do
desemprego e do ataque ao poder dos sindicatos (1980-), uma medida
complementada com o endividamento do Estado em resultado da luta do capital
contra a tributação, da estagnação econômica e do aumento das despesas sociais
decorrentes do aumento do desemprego (meados de 1980-) e, logo depois, com o
endividamento das famílias, seduzidas pelas facilidades de crédito concedidas
por um setor financeiro finalmente livre de regulações estatais, para iludir o
colapso das expectativas a respeito do consumo, educação e habitação (meados de
1990-)."(Democracia ou capitalismo?)
Boaventura: democracia ou capitalismo?
Para
Boaventura de Sousa Santos, a democracia liberal foi derrotada pelo capitalismo
e esta não parece ser uma derrota reversível. Portanto, trata-se de inventar a
nova democracia
Por
Boaventura de Sousa Santos, no Outras Palavras
No
início do terceiro milênio as esquerdas debatem-se com dois desafios
principais: a relação entre democracia e capitalismo; o crescimento econômico
infinito (capitalista ou socialista) como indicador básico de desenvolvimento e
de progresso. Nesta carta, centro-me no primeiro desafio.
Ao
contrário do que o senso comum dos últimos cinquenta anos nos pode fazer
pensar, a relação entre democracia e capitalismo foi sempre uma relação tensa,
senão mesmo de contradição. Foi-o certamente nos países periféricos do sistema
mundial, o que durante muito tempo foi chamado Terceiro Mundo e hoje se designa
por Sul global. Mas mesmo nos países centrais ou desenvolvidos a mesma tensão e
contradição esteve sempre presente. Basta lembrar os longos anos do nazismo e
do fascismo.
O preço do progresso - Boaventura de Sousa Santos
Com a eleição da Presidente Dilma Rousseff, o Brasil quis
acelerar o passo para se tornar uma potência global. Muitas das iniciativas
nesse sentido vinham de trás mas tiveram um novo impulso: Conferência da ONU
sobre o Meio Ambiente, Rio +20, em 2012, Campeonato do Mundo de Futebol em
2014, Jogos Olímpicos em 2016, luta por lugar permanente no Conselho de
Segurança da ONU, papel ativo no crescente protagonismo das "economias
emergentes", os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul),
nomeação de José Graziano da Silva para Diretor-Geral da Organização da Nações
Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), em 2012, e de Roberto Azevedo
para Diretor-Geral Organização Mundial de Comércio, a partir de 2013, uma
política agressiva de exploração dos recursos naturais, tanto no Brasil como em
África, nomeadamente em Moçambique, favorecimento da grande agricultura
industrial sobretudo para a produção de soja, agro-combustíveis e a criação de
gado.
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
FETRACE promove debate sobre Revisão do FGTS com Clovis Renato e Charles Mendonça
Presidente da FETRACE na abertura (Charles Mendonça, Oliveira, Elizeu, Clovis, Liduina) |
O evento ocorreu
na Sede da Federação dos Trabalhadores Empregados e Empregadas no Comércio e
Serviços do Estado do Ceará – FETRACE, Rua Padre Mororó, nº 1.055, Centro,
Fortaleza/CE, no sábado (22/02/2014).
O objetivo
central foi a elaboração de estratégias do movimento sindical para a promoção
da conscientização e de melhorias para as condições de trabalho e de vida dos obreiros
do comércio.
Na
ocasião, a ação foi instigada por diversas notícias que têm saído na mídia
nacional sobre a mudança do índice de atualização do Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço (FGTS), as quais estão gerando dúvidas nos trabalhadores e no tipo
de movimentação mais adequada pelas entidades representativas.
O tema foi
apresentado e discutido por dois advogados que atuam em favor dos trabalhadores
e do movimento sindical obreiro, Charles Mendonça (Advogado da FETRACE) e Clovis
Renato Costa Farias (Membro do GRUPE, advogado e professor universitário), com
garantia constante da intervenção dos interessados.
Presidente dos gráficos, demais lideranças e advogados |
O
Presidente da FETRACE Elizeu Rodrigues Gomes fez a fala de abertura agradecendo
a participação dos trabalhadores, sindicalistas e advogados, bem como dos palestrantes
e demais interessados. Reafirmou os objetivos da entidade na luta coletiva
pelos interesses de classe e saudou o Secretário de Assuntos Jurídicos e
Negociações Coletiva Francisco José de Oliveira pela organização, convidando à
mesa, como deferência as mulheres presentes, a Secretária de Mulheres Liduina
Marques Costa.
A mesa foi
presidida pelo Secretário de Assuntos Jurídicos e Negociações Coletiva,
Oliveira, que, após agradecer a disponibilidade dos ministrantes para fala em
pleno sábado e pelo compromisso com os interesses dos trabalhadores, passou a
palavra aos palestrantes.
Charles
Mendonça esclareceu que lhe foi proposto fazer um breve histórico sobre o FGTS,
mas diante da presença de diversos advogados, sindicalistas e do adiantar da
hora, entendia ser dispensável tal fala nesse tom, sugerindo que o mote fosse a
análise própria para encaminhamento dos possíveis tipos de ação a ser desenvolvida
pelas entidades.
Clovis
Renato Costa Farias iniciou sua fala esclarecendo os fatos que levaram à discussão
proposta, de modo que dispôs sobre o Supremo Tribunal Federal (STF), seu papel
como guardião da Constituição, para tratar sobre a decisão do STF acerca da
ilegitimidade da Taxa de Referência (TR) para fins de correção monetária dos
precatórios judiciais (títulos que integram uma fila de pessoas que têm direito
a receberem créditos pagos em ações judiciais pelo governo).
Clovis
ressaltou que o problema central da TR, criada em 1991, se deu em razão de não
ter acompanhado o índice real de inflação, em regra, calculado pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), gerando uma diferença de mais de 90% a
partir de 1999. Assim, foi reconhecido pelo STF em 2013 e, agora, os
trabalhadores pretendem utilizar o mesmo raciocínio para a correção das contas
vinculadas do FGTS, sendo, ainda, a matéria controversa nos tribunais do Brasil,
o que justifica a realização do evento e a propositura de ações.
Oliveira, Liduína e Clovis Renato |
Informou
que o Partido Solidariedade ingressou com uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI), neste mês, para declarar o art. 17 da Lei 8.177, de
01 de março de 1991 (lei que dispõe sobre a TR), a qual foi distribuída ao
Ministro L. Roberto Barroso. Teceu esclarecimentos sobre o processamento,
julgamento e efeitos de tal ação, os quais podem cambiar para diversas
perspectivas.
Presidente da COMSINDICAL OAB/CE participou dos debates |
Alertou
que em 2011 foi proposta uma ADI pretendendo reduzir o prazo prescricional para
questionar valores referentes ao FGTS de 30 (trinta) para 5 (cinco) anos, a
qual já conta com dois votos a favor (Ministros Gilmar Mendes e Helen Gracie), o
que foi no Ceará, em ação conjunta que envolveu a Comissão de Direito Sindical
OAB/CE (Clovis é membro), o MPT (CONALIS) e o Fórum das Centrais Sindicais no
Ceará (FCSEC).
Lideranças do Cariri |
Na época foi
elaborado um ofício, assinado por todos, e levado aos ministros do Supremo, em
especial ao Ministro Carlos A. Britto (hoje aposentado), que havia pedido
vistas e comprometeu-se a apreciar a matéria com mais atenção.
Tal
julgamento ainda não ocorreu, e, reiterou Clovis, pode vir com mais força
nestes períodos em que está a ser questionado o índice de atualização do FGTS,
o que deve ser levado em consideração pelas entidades laborais, as quais se
impõe envidar esforços junto ao STF para que mantenha o prazo prescricional
trintenário.
Advogados do interior do estado |
Rememorou
Boaventura de Sousa Santos ao afirmar que não há ação jurídica sem ação
política em paralelo, movimentando-se a Democracia e oxigenando as
instituições.
Retornando
a questão da TR x INPC, Clovis fez breve explanação sobre Tutela Coletiva e
sobre as ações individuais, de modo que apresentou algumas possibilidades de
ações e modos de ingresso no judiciário, como mote para as lideranças e advogados
presentes iniciarem suas análises e escolhas.
O advogado
da FETRACE, Charles Mendonça, seguiu com o debate e foi respondendo as
perguntas, já encaminhando as propostas para a propositura de uma ação coletiva
por parte da entidade, com apoio dos sindicatos filiados em todo o Ceará.
A fala foi
constantemente esclarecendo dúvidas e questionamentos dos ouvintes, diante do
grande interesse pela questão e pelo engajamento dos presentes.
O evento
foi encerrado após o meio dia, sendo servido um almoço pela FETRACE aos
integrantes, os quais já tinham sido recepcionados com um café da manhã.
Veja atualidades:
Veja atualidades:
Primeiras imagens do carro forte explodido por ladrões na GO-118
Acabamos de receber as primeiras imagens do carro forte que
foi interceptado e explodido por bandidos na rodovia GO-118, entre as cidades
de Teresina e Monte Alegre de Goiás, nordeste do estado, a 300 km de Brasília.
A ação criminosa ocorreu por volta das 4 horas da tarde
desta quarta-feira, 19, em um lugar ermo, porém de grande movimentação de
veículos entre as duas cidades.
O carro da empresa de transporte de valores
"Prosegur" levava dinheiro e documentos. Com a explosão,
provavelmente de dinamites, o veículo ficou totalmente destruído e com um rombo
no teto.
No assalto, um carro do Sindicato dos Professores de Goiás
(Sintego), que passava naquele instante pelo local, foi obrigado a parar.
Dentro do carro estava a presidente do sindicato e uma
criança, que foram obrigadas pelos integrantes da quadrilha a juntarem as
cédulas que ficaram espalhadas pela pista e pelo acostamento.
Por sorte, segundo a própria presidente do Sintego, nenhuma
vítima saiu ferida na emboscada armada pelo bando.
A empresa ainda não se pronunciou sobre o assalto e também
não divulgou a quantidade de dinheiro que foi roubada pela quadrilha.
A polícia foi acionada, mas até agora nenhuma informação foi
divulgada. Nem pela polícia militar, nem pela polícia civil.
"Monte Alegre tem dois acessos para Nova Roma. Um pelo
povoado Prata e o outro fica entre Teresina e Monte Alegre passando por
Ouro", informou.
Uma outra moradora de Alto Paraíso de Goiás nos informou que
também presenciou uma grande movimentação de viatura policiais na cidade, mas
não soube precisar se era em virtude do assalto ou de outra operação.
Ainda estamos apurando maiores detalhes sobre a emboscada
contra o carro forte no Nordeste de Goiás.
Conversas do Mundo - Tarso Genro e Boaventura de Sousa Santos (Completo)
Conversa do Mundo III – Tarso Genro e Boaventura de Sousa Santos
Publicado em 24/02/2014
No seguimento das manifestações de Junho de 2013 ocorridas no Brasil e no decurso dos protestos contra a austeridade ocorridos em Portugal, esta conversa, entre Tarso Genro e Boaventura de Sousa Santos, realizou-se em 7 de Julho de 2013, na Embaixada do Brasil em Lisboa.
No seguimento das manifestações ocorridas no Brasil em Junho de 2013 e no decurso dos protestos contra a austeridade ocorridos em várias cidades de Portugal durante esse ano, emergiu um espaço para uma nova “Conversa do Mundo”, desta feita entre Tarso Genro e Boaventura de Sousa Santos. Este diálogo teve lugar a 7 de Julho de 2013 na Embaixada do Brasil em Lisboa.
Tarso Fernando Herz Genro nasceu em São Borja (Rio Grande do Sul-Brasil), em 06 de março de 1947. É bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Santa Maria (RS). Especializou-se em Direito Trabalhista. Em 1968 iniciou suas atividades de representação partidária, sendo eleito Vereador de Santa Maria, pelo único partido oposicionista existente, o MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Foi advogado de sindicatos e associações profissionais. Tem vários livros editados na área de Direito, Política e Literatura. Tem trabalhos publicados na França, Espanha, Turquia, Estados Unidos, Uruguai, México, Peru, Portugal e Itália. Foi Ministro Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (2006). Foi Ministro da Justiça (2007-2010). Atualmente é Governador do Estado do Rio Grande do Sul.
Boaventura de Sousa Santos nasceu em Coimbra. Estudou direito e sociologia. Doutorou-se na Universidade de Yale em 1973. É diretor do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Professor Catedrático Jubilado de Sociologia da Faculdade de Economia da mesma Universidade e Distinguished Legal Scholar da Universidade de Wisconsin-Madison. A sua vasta obra aborda temas tão diversos como epistemologia, sociologia do direito, teoria do Estado e da democracia, interculturalidade, movimentos sociais, com investigação sociológica realizada em Portugal, Brasil, Cabo Verde, Macau, Moçambique, África do Sul, Colômbia, Bolívia, Equador e Índia. Tem sido, também, um ativista destacado do Fórum Social Mundial.
[Trailer] Conversas do Mundo - Tarso Genro e Boaventura de Sousa Santos
Publicado
em 24/02/2014
em 24/02/2014
No
seguimento das manifestações de Junho de 2013 ocorridas no Brasil e no decurso
dos protestos contra a austeridade ocorridos em Portugal, esta conversa, entre
Tarso Genro e Boaventura de Sousa Santos, realizou-se em 7 de Julho de 2013, na
Embaixada do Brasil em Lisboa.
seguimento das manifestações de Junho de 2013 ocorridas no Brasil e no decurso
dos protestos contra a austeridade ocorridos em Portugal, esta conversa, entre
Tarso Genro e Boaventura de Sousa Santos, realizou-se em 7 de Julho de 2013, na
Embaixada do Brasil em Lisboa.
Solidariedade: Luiz Cruz necessita de apoio. Força Guerreiro, amigos orem e colaborem
O homem
cheio de vida, e que sempre dedicou parte do seu tempo em visitas a pacientes
no IJF, levando alegria e descontração que lhe era peculiar, juntamente, com
nomes fortes do cenário artístico cearense, O homem alegria, que foi jurado de
programas de TV dos colegas: Will Nogueira, Ênio Carlos, João Inácio Jr, além
de participação em outras atrações da TV Diário, hoje recebe contadas visitas
de familiares e amigos, e passa uma imagem distante, sem forças pra reagir ao
momento, marcando um cenário de tristeza e dor.
Luiz Cruz,
um lutador incansável da solidariedade, idealizador de tantos projetos sociais,
muitos arcados por sua própria conta, que ajudou pessoas, muitas vezes
desconhecidas, que visitou hospitais acatando pessoas carentes, que incentivou
a leitura de jovens e adultos, é ali, mais um esquecido social, deitado em um
leito simples de hospital, sem muitas visitas, e sem a ajuda dos que, ele tanto
ajudou.
Segundo
informações dos cronistas, repassadas pela família, Luiz Cruz, internou-se
nesse equipamento de saúde, para a realização de uma cirurgia de hérnia, e ao
sair da sala, teve que voltar, por complicações, como, duas paradas cardíacas,
AVC, além de uma infecção por bactéria, a família não sabe precisar, por falta
de informações da unidade hospitalar, sobre o que de fato ocorreu, levando- o a
esse estado vegetativo em que se encontra, e solicita a solidariedade das
pessoas para que o coloquem em suas orações, buscando o restabelecimento de sua
saúde, bem como a ajuda de quem possa contribuir, para lhe dar um maior
conforto nesse momento necessário. #LuizCruz #Guerreiro #Solidário #Vaidartudocerto
Fonte: Rádio
Pitaguary
Radialista
Luiz Cruz internado em UTI
O
radialista Luiz Cruz, muito conhecido pelo trabalho voluntário na Biblioteca
Circulante e no Instituto Dr. José Frota, está internado no Hospital César Cals
aqui em Fortaleza, desde o último dia 25 de novembro. O jurado do programa
Sábado Alegre de Will Nogueira, deu entrada no hospital para a retirada de uma
hérnia inguinal, e quando estava recebendo a notícia do médico de que tinha
corrido tudo bem com o procedimento, teve um infarto. De acordo com um boletim
médico divulgado pelo hospital no final da tarde deste domingo, o estado de
saúde de Luiz Cruz apresenta melhora apesar de ainda ser grave.
Fonte:
http://blogs.diariodonordeste.com.br/robertomoreira/radialista-luiz-cruz-internado-em-uti/
Raimundo Luiz
Cruz
Brasileiro,
nordestino, filho de pais humildes que nenhum grau de estudo possuíam. Nada em
sua origem apontava o nascimento de um homem que viria inovar o conceito de
cultura e trazer alento a milhares de necessitados de informação, cultura e
lazer nos sertões do nordeste do Brasil, tendo seu trabalho reconhecido em
nível mundial. No entanto, partindo absolutamente do nada, e contando somente
com seu desinteressado esforço, tornou-se um verdadeiro artífice do projeto
cultural criado por ele mesmo, denominado Biblioteca Circulante.
Sua
biografia é muito simples e pode ser reduzida a uma frase:
"O
homem que consagrou sua vida a disseminar o hábito da leitura".
Complicado
é explicar o que moveu um jovem nascido em uma região pobre, onde a preocupação
maior é sobreviver à fome e a miséria reinante e onde não havia o hábito de
vislumbrar saídas pelo conhecimento e educação, a dedicar sua vida a um hábito
exótico para tantos como a difusão do hábito da leitura.
Raimundo
Luiz Cruz nasceu em Fortaleza, estado do Ceará, nordeste do Brasil, em 23 de
agosto. Filho de João Luiz da Cruz, natural de Missão Nova, distrito de Missão
Velha e Maria Josefa da Cruz, tia e mãe adotiva. O pai gostava de manter-se
informado, embora não soubesse ler, fato este que influenciaria e seria
determinante por toda a vida futura do filho. O menino Luiz era quem lia o
jornal para o pai, adquirindo assim o gosto pela leitura .Único homem de três
irmãos, com uma inteligência aguçada, imaginação viva e uma grande
sensibilidade ao sofrimento alheio, Luiz tinha apenas cinco anos quando seus
olhos descobriram as letras e teve desperta a sua paixão pelos livros. Sempre
que seus pais o perdiam de vista e deixavam jornais e revistas ao seu alcance,
este apossava-se deles e corria a distribuir primeiramente entre os vizinhos e
depois aos doentes de um hospital que ficava localizado próximo à sua casa,
pensando em minorar suas dores com cultura. Aquela atitude de menino, que a
princípio incomodava aos adultos , começou a chamar a atenção dos pais Com o
decorrer do tempo eles entenderiam que ali estava a vocação do pequeno Luiz. O
seu estilo seria aquele, o livro seria o seu instrumento de trabalho, difundir
o hábito da leitura seria a sua missão. Muitos foram os que não alcançaram a
força do seu trabalho, seria um sonhador, um louco, um vidente ao estilo dos
profetas bíblicos. O tempo mostraria a força de sua convicção, apesar de todas
as dificuldades, este saberia tornar o seu sonho uma realidade.
"Luta
Compreensão e muito Amor são armas para um grande trabalho"
O tempo
foi passando, e crescia cada vez mais no jovem Luiz a convicção de trabalhar
pela educação das pessoas necessitadas das periferias de sua cidade . Tinha 15
anos e já não precisava mais roubar os jornais dos pais, criara um movimento de
arrecadar livros usados de quem não os necessitava mais para doar a quem deles
precisasse. Teve a idéia de procurar editoras de revistas para solicitar a
doação de revistas devolvidas pelas bancas da cidade para repassa-las aos
jovens, como forma de estimular a leitura, mantê-los informados, desenvolvendo
neles o conceito de cidadania. Conseguiu o apoio de apenas uma editora, a Abril
Cultural , juntou ao apoio de alguns amigos e parentes colaboradores, e iniciou
o movimento de disseminar o hábito da leitura junto aqueles que de outra forma
jamais poderiam ter acesso a um livro ou revista. Ao longo de muitos anos,
importantes obras de autores nacional e internacional, além de milhares de
revistas foram distribuídas por toda a periferia de Fortaleza, e posteriormente
cidades, presídios, hospitais e escolas de todo o Ceará e nordeste, dando assim
uma oportunidade única dessa gente de ter acesso a leitura. Um dia encontra-se
por acaso com um amigo escritor João Jacques Ferreira Lopes que ao vê-lo
levando livros e revistas que seriam distribuídas em um hospital próximo de sua
casa, brincando chama-o de biblioteca volante, ao que Luiz retruca dizendo que
volante seria se este tivesse um carro, biblioteca circulante seria um nome
mais apropriado. Como estava apressado para chegar ao hospital, logo despede-se
do amigo e somente mais tarde ao relembrar o ocorrido percebe que descobrira o
nome certo para sua atividade, biblioteca circulante. Pelas condições da sua
formação escolar, estudara somente em escolas públicas e de poucos recursos
didáticos, Luiz tinha somente intuição de algo precisava ser feito para
disseminar o hábito da leitura e através desta criar um vislumbre de
perspectiva futura para tantos que sofriam fome de alimento e cultura. Somente
aos 18 anos e já funcionário federal, lotado na Universidade Federal do Ceará,
foi que ouviu falar que houvera muitos anos antes um predecessor da sua
Biblioteca Circulante. O vestir persa Abdul Kassem Ismail (938 - 995), que
viajava com 400 camelos que carregavam os 117.000 volumes de sua biblioteca
para onde quer que ele fosse. Os animais eram treinados para andar, de forma
que os livros estivessem sempre em ordem alfabética, segundo fonte da Adlibs,
Junho 1990. A diferença, pensava Luiz, é que ele além dos poucos livros e
revistas que conseguia angariar naquela época, nem jumento possuía para levar
seus livros
Dificuldades
em seu caminho
Para
conseguir levar adiante a sua missão aos longos desses trinta e cinco anos,
muitas foram as dificuldades encontradas. Embora não lhe faltasse
reconhecimento pela importância de sua obra, poucas foram as atitudes sérias e
continuadas dos governos para o ajudar em sua obra. Graças unicamente ao seu
esforço desprendido, conseguiu divulgar o conceito inédito em nível nacional,
recebendo o apoio e reconhecimento de intelectuais, artistas, escritores e
personalidades de todo o Brasil. Em 1965, o governador César Cals, reconhecendo
o alto valor da iniciativa, fez a doação de uma pequena sede, onde foi fundada
a sua base legal,e por onde passariam passaram milhares de estudantes carentes
e personalidades nacional e internacional. Hoje a Biblioteca funciona em sede
temporária, uma vez que teve de deixar a sua sede de fundação em virtude das
suas bases bastante modestas incompatíveis com as funções de uma Biblioteca e
Museu. Para implementar ações previstas para o ano 2001, Luiz Cruz volta
novamente a campo, pedindo ajuda de empresários e governos para a doação de uma
sede compatível com a demanda atual de serviços bem como suporte para atividades
que pretende desenvolver.
Reconhecimento
Internacional
Com a
continuidade do trabalho, a Biblioteca Circulante ganhou reconhecimento
nacional e extrapolou as fronteiras do Brasil, chegando , chegando ao Irã, que
apoiou o movimento através do Institut International Pour Les Methodes D'
Alphabetisation des Adultes... proporcionando ajuda técnica em 1975. Em
Portugal, foi firmado um convênio entre a B. Circulante e a Associação dos
Jornalistas e Homens do Porto para a troca de experiências e informações , material
e bolsas de estudos no ano de 1974. Em 1973 a Biblioteca Circulante entrou para
o World Directory of Literacy Organizations catálogo que focaliza as
organizações de alfabetização de sessenta países.Por sua obra, Luiz Cruz foi
eleito vice-presidente da FIDEA federação interamericana de educação de adultos
em Lima Peru, representou o Brasil em Cali,Colombia, representou o Presidente
da FIDEA num encontro mundial da Educação realizado no RJ
Homenagens
Recebidas
Muitos
foram os reconhecimentos e homenagens por sua brilhante iniciativa, a exemplo
do Troféu sete dias em destaque recebida em Medalha ao Mérito do museu Vila
Lobos; inúmeros títulos recebidos em Honorários de entidades educacionais;
Votos de Louvor de câmaras municipais, entidades diversas de Bairros e
Colégios, Amigo da Marinha Amigo do exército amigo do Bombeiros, etc. Nenhuma
porém superou em emoção a sensação vivida em DEUTSCH WELLE , Colônia, Alemanha
em quando foi convidado para fazer uma mensagem escrita no Livro de Ouro da
emissora, e para sua surpresa na página ao lado reconheceu como seu vizinho de
página a mensagem do Juscelino Kubstchek
No esforço
de difundir e angariar recursos para continuar a obra, já visitou 22 países:
França, Inglaterra, Alemanha, Bélgica, Suíça, Itália, Espanha, Mônaco,
Portugal, Peru, Colômbia, Venezuela, México, EUA, Argentina, Paraguai, Israel,
Áustria, Dinamarca, Marrocos, Grécia. Holanda. Sua figura, simpática e
carismática , tem sido uma declaração de cidadania e revelação de amor aos
jovens carentes de nosso estado.
Manifestação Contra a Copa - Relato e vídeo de manifestante do RJ dia 24/fevereiro
"VEJA O VÍDEO DO MOMENTO EXATO DA COVARDE EMBOSCADA POLICIAL NO SEGUNDO ATO CONTRA A COPA EM SP
24/02/2014 - Por Carlos
No vídeo, produzido por meu amigo Fred Moreira (do DocVozes), que foi detido no segundo Ato contra a Copa simplesmente por se manifestar e gravar, vc vai ver o modus operandi da Polícia Militar de São Paulo, com a sua covardia costumeira, já pondo em prática o AI-5 da “Democracia”, mesmo antes da Lei “Anti-terrorismo” ser aprovada no Congresso Nacional, para garantir a ordem do capital financeiro e suas arbitrariedades. Só quero saber quando vão aprovar a lei ANTI-TERRORISMO por parte do Estado em forma de Polícia Militar.
As ordens vieram de cima, os policiais já estavam mandados desde o início a agir dessa forma:
Meu relato sobre o ocorrido:
O que aconteceu hoje no ATO contra a Copa é difícil de descrever. Hoje eu vi o
terrorismo de Estado na minha cara, a Ditadura real que está aqui, agora no
presente, e “de presente” pra todos nós.
terrorismo de Estado na minha cara, a Ditadura real que está aqui, agora no
presente, e “de presente” pra todos nós.
Hoje, manifestantes foram presos pelo simples ato de se manifestar, pois quando estávamos na rua em direção ao Teatro Municipal, uma confusão começou: era a Polícia, que já estava mandada e ordenada a acabar com a manifestação ali mesmo.
A Polícia provocou a confusão e fechou os manifestantes como sanduíche, dos dois lados, e pela frente. Vieram batendo deliberadamente, sem dó, eu não tomei cassetada por muito pouco, pois eu estava na segunda linha de manifestantes, enquanto os primeiros tomavam pau pra todo o lado.
Consegui me refugiar num boteco e assistir pasmo toda a repressão deliberada, os policiais fizeram uma roda nos manifestantes e batiam, batiam.
Um amigo meu foi detido por estar gravando tudo aquilo, no país do futebol, da Copa, do PSDB e do PT, que agem juntos e casados. Que acabe a farsa: não há mais diferença alguma entre esses dois partidos.
Hoje as pessoas apanharam e foram detidas pelo mero ato de manifestar-se nas ruas, isso antes do AI-5 da Democradura ser aprovado, classificando como ato de terrorismo a luta popular e legítima.
Praqueles que viveram a época da Ditadura Civil Militar no Brasil e dizem que os jovens de hoje não sabem como foi, não precisa mais tentar explicar. Taí, pra quem quiser ver. Nas barbas de um Governo Federal que quando lhe interessa se diz popular, enquanto faz reuniões fechadas com José Sarneys e ruralistas assassinos de índios.
Os manifestantes da esquerda real PRECISAM SE UNIR, mesmo com divergências de pensamento, agora é hora de união e de estratégias muito bem consolidadas… hoje ficou provado que a repressão só vai aumentar, pois ele reprimem sem precisar dar explicação a ninguém, já que a grande mídia pilantra e as mídias alternativas ligadas ao PT (inclusive os “blogueiros progressistas” que querem dar uma de “conscientes”) estão agindo da mesma forma, criminalizando todas as formas de luta.
Se não houver união de todos os movimentos de luta reais, nós estamos fadados a sucumbir de vez. Hoje O Estado e sua Polícia se aproveitaram da desorganização e falta de estratégia do ato para encurralar, bater, criminalizar.
Por isso, movimentos em geral, uni-vos! Vamos conversar, vamos nos preparar, pois tragédias cada vez maiores podem acontecer. Como o mano que tomou tiro na última manifestação.
[...]
HIPÓCRITAS, NÃO PASSARÃO!!!
Ps: Enquanto isso, na cidade de muitos e muitos presos e feridos, após toda repressão, passava um bloco de carnaval pelas ruas do centro, cantando: “Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil…”.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Arte: Mulher que dança
Namore uma mulher que tem a dança como uma das suas maiores paixões.
A mulher que dança é vaidosa. Ela cuida do próprio corpo, mantendo-o sempre em forma e saudável para não precisar se privar de nenhuma boa festa. Quando sai pra dançar, ela se arruma com as melhores e mais confortáveis peças de roupa que são cuidadosamente escolhidas para realçar a própria beleza e não atrapalhar os movimentos da dança.
A mulher que dança tem a paciência, a força de vontade e a determinação necessárias para aprender um passo novo a cada aula. É capaz de passar horas treinando. Não fique bravo nem pense que é maluca quando ela estiver absorta em pensamentos, com aquele olhar parado e um sorriso bobo no rosto, acompanhados de um saculejar de ombros, um saracutear de pés, uns rebolados discretos nos quadris ou mesmo um leve espasmo no pescoço - não, ela não está convulsionando... Lá no fundo desse devaneio ela está fazendo com perfeição os passos mais difíceis na melhor performance da vida dela.
Competência da Justiça do Trabalho para as Ações Civis Públicas
I – A competência para a Ação Civil Pública fixa-se pela extensão do dano.
II – Em caso de dano
de abrangência regional, que atinja cidades sujeitas à jurisdição de mais de uma Vara do Trabalho, a competência será de qualquer das varas das localidades atingidas,
ainda que vinculadas a Tribunais Regionais do Trabalho distintos.
III – Em caso de dano
de abrangência suprarregional ou
nacional, há competência concorrente para a Ação Civil Pública
das Varas do Trabalho das sedes dos
Tribunais Regionais do Trabalho.
IV – Estará prevento
o juízo a que a primeira ação houver sido distribuída.
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
“Tudo o que era diretamente vivido tornou-se uma representação”
Aconteceu na última
quinta-feira, 13, a segunda edição do mês de fevereiro do Cineclube Unifor, com
exibição do documentário A Sociedade do Espetáculo (1973), dirigido e
roteirizado por Guy Debord a partir de seu livro homônimo, escrito em 1967 e
reproduzido quase na íntegra na narração off que se estende por todo o longa.
Construindo uma crítica social
ferina a partir dos construtos teóricos de Karl Marx em Contribuição para a
Crítica da Economia Política (1859), Debord vai além, expondo fatos que só se
tornariam evidentes algumas décadas depois, já na sociedade de mercado da
hipermodernidade: a adoção do espetáculo como forma social de abstração, o
monopólio da aparência sobre a vida e o “assujeitamento” do indivíduo, que
passa a ser mero espectador frente ao protagonismo da mercadoria.
Construído sob a forma de um
discurso ilustrado por imagens em preto-e-branco artístico-performáticas,
fabris, publicitárias e militares, a obra mostra com impressionante força
plástica o fascismo velado da sociedade de consumo, ou, como quer Debord, do
espetáculo, em que “tudo o que era diretamente vivido tornou-se uma
representação” e “a própria insatisfação tornou-se uma mercadoria”.
A exibição foi seguida de
debate com a socióloga Rosa da Fonseca, membro-fundador do movimento Crítica
Radical, e Jorge Paiva, estrategista e líder intelectual do grupo. Ambos
destacaram o pensamento de Guy Debord como norteador da ideologia do Crítica
Radical após o que denominam como uma certa superação de Marx.
A inovação teórica inaugurada
por Debord consistiria em uma leitura do
capitalismo não mais do ponto de vista da luta de classes, mas a partir de uma
crítica do sistema em suas categorias: dinheiro, mercadoria, trabalho etc.
Dessa forma, o autor teria se antecipado à derrocada das revoluções socialistas
ao sugerir que a possibilidade de superação positiva do capitalismo poder-se-ia
dar unicamente a partir de uma ruptura radical com a parafernalha do sistema
(algo que Marx e os bolcheviques jamais se propuseram a fazer).
Rosa da Fonseca enfatiza a
realidade do dinheiro e do capitalismo como construções histórico-culturais,
instâncias não-ontológicas, i.e. não inerentes ao homem, e que estão chegando
ao seu limite – “o capitalismo é uma contradição em processo; a maior parte do
capital que circula hoje no mundo é fictício, vive-se uma bolha”, afirma.
Urariano Mota: O cabo Anselmo um dia antes da morte de Soledad
Soledad foi
torturada e morta no Recife em 1973, grávida, depois de ser entregue ao
delegado Sílvio Paranhos Fleury, traída pelo
cabo Anselmo, de quem trazia um filho na barriga.
A foto é de
Soledad no Chile.
por
Conceição Lemes
Ex-presos políticos e parentes de mortos e
desparecidos da ditadura civil-militar
receberam com a alegria a decisão da Comissão de Anistia do Ministério da
Justiça de negar o pedido de indenização ao ex-marinheiro José Anselmo dos
Santos, 70 anos, o Cabo Anselmo.
Entre
eles, o escritor e jornalista pernambucano Urariano Mota, que me enviou este
e-mail:
O incendiário discurso do cabo Anselmo (1964)
25/03/1964
No dia 25 de março de 1964, poucos dias antes do
golpe militar que derrubou João Goulart, o presidente da Associação dos
Marinheiros e Fuzileiros Navais do Brasil, fez um veemente discurso durante ato
comemorativo do segundo aniversário da entidade. O discurso teve grande
repercussão e, para pressionar o comando da Marinha a rever as punições
aplicadas contra 12 dirigentes da AMFNB, a entidade resolveu transformar a
comemoração em assembléia permanente, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do
Rio de Janeiro. Fuzileiros navais enviados ao local para debelar a sublevação
uniram-se aos amotinados, abrindo uma gravíssima crise na Marinha. O movimento
só foi sufocado com a ajuda de tropas da Polícia do Exército, mas Jango deu mão
forte aos marinheiros. Substituiu o ministro da Marinha e mandou libertar os
marujos. Dias depois, era deposto.
O cabo Anselmo foi preso logo depois do golpe
de 64, mas conseguiu escapar da cadeia, exilando-se, primeiro no Uruguai e
depois em Cuba. Retornou
clandestinamente ao Brasil em 1970, sendo preso menos de um ano depois. Na
prisão, mudou de lado e, a partir daí, passou a trabalhar para a polícia como
agente infiltrado, tendo sido responsável pela prisão e morte de inúmeros
militantes das organizações revolucionárias que combateram o regime militar.
É a
seguinte a íntegra do discurso:
A consciência do Cabo Anselmo
Personagem
dos anos de chumbo, que mudou de lado e entregou militantes e a mulher, diz em
entrevista que evitou guerra civil
por
Fernando Vives — publicado 18/10/2011 11:18, última modificação 18/10/2011
Não são poucas as pessoas que dividem a
democracia brasileira entre antes e depois da alcaguetagem de Cabo Anselmo. Artífice da revolta dos marinheiros nos anos que antecedem o Golpe de
1964 e cooptado pela esquerda da época, Cabo Anselmo mudou de lado no início
dos anos 1970 e entregou seus ex-companheiros aos torturadores comandados pelo
delegado Sergio Paranhos Fleury, do Dops.
Entre os torturados e mortos, Soledad Barrett,
sua companheira, assassinada quando grávida. Com as informações do marinheiro, o
regime militar deu grande impulso para dizimar toda a resistência de esquerda e
governar com certa tranquilidade, até começar a cair de maduro no fim dos anos
1970.