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Sobral Pinto - Defesa histórica dos direitos humanos

Heráclito Fontoura Sobral Pinto (Barbacena, 5 de novembro de 1893 — Rio de Janeiro, 30 de novembro de 1991) foi um jurista brasileiro, defensor dos direitos humanos, especialmente durante a ditadura do Estado Novo e a ditadura militar instaurada em 1964.
Formou-se em Direito pela Faculdade Nacional de Direito da UFRJ.
Embora tenha iniciado sua carreira como advogado na área de Direito Privado, acabou por se notabilizar como brilhante criminalista defensor de perseguidos políticos. Apesar de católico fervoroso (ia à missa todas as manhãs), aceitou defender o comunista Luís Carlos Prestes que fora preso após o levante comunista de 1935.
No caso do alemão Harry Berger, que também fora preso e severamente torturado após o mesmo levante, Sobral Pinto exigiu ao governo a aplicação do artigo 14 da Lei de Proteção aos Animais ao prisioneiro, fato bastante inusitado.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Como o Plano Cicloviário pode mudar o trânsito de Fortaleza

João Salgado e Clovis Renato

Até julho do próximo ano, a Prefeitura deve elaborar o Plano Diretor Cicloviário Integrado. Documento vai mapear locais que demandam implantação ou reforma de ciclovias, ciclofaixas e bicicletários
Apesar de ter 74 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas – maior corredor entre as capitais nordestinas –, Fortaleza está longe de ser a cidade ideal para quem gosta (e precisa) utilizar bicicleta diariamente como transporte. Má sinalização, ausência de faixas preferenciais, lixo e buracos fazem parte do cotidiano dos ciclistas. Para sanar estes problemas, está sendo produzido o Plano Diretor Cicloviário Integrado (PDCI). O documento – que teve ordem de serviço assinada no dia 25 de julho – fará um diagnóstico sobre as áreas que necessitam de implantação ou reforma de ciclovias, ciclofaixas e bicicletários.
Farias, Clovis Renato e Rubens 

Paralelamente ao PDCI, a Prefeitura de Fortaleza também está produzindo o Plano de Circulação de Cargas e de Operações Associadas. Juntos, eles vão custar R$ 960 mil aos cofres públicos. É o preço para estabelecer as diretrizes de desenvolvimento da infraestrutura para a circulação de bicicletas. E, também, para planejar o uso dos espaços públicos de acordo com as necessidades da população.
Para a arquiteta e mestre em desenvolvimento urbano Amíria Brasil, é preciso não apenas traçar vias específicas para as bicicletas, mas fazer as ciclovias e ciclofaixas dialogarem com os outros modais. “Deixando garantido o lugar da bicicleta, mas permitindo que os demais modos de transporte circulem. Antes de iniciar a etapa de planejamento do sistema cicloviário de Fortaleza, é fundamental que se conheça a demanda por espaços cicloviários, que se saiba quem anda de bicicleta, de onde as pessoas vêm e para onde elas vão, e quem gostaria de andar e porque não anda”, pontua Amíria.
Isaías e Clovis Renato
Quando o PDCI for concluído, em julho de 2014, já está garantida uma ciclovia piloto com extensão de 15 km, segundo informação fornecida pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinf), pasta responsável pela elaboração do plano. Além disso, paralelamente ao PDCI, outros 40 km de ciclovias devem ser construídos pela Secretaria de Turismo (Setfor) e pela Seinf. O engenheiro civil e mestre em engenharia de transportes, Miguel Ary, afirma que é preciso não apenas implantar vias específicas, mas atrelar a utilização das bicicletas aos outros modais. “A rede cicloviária deve ser conectada por trechos de ciclovias, ciclofaixas e vias compartilhadas, e também integrada aos demais sistemas para facilitar a acessibilidade das pessoas aos modos coletivos. Sugere-se a criação de rotas de acesso e estacionamentos junto aos terminais, paradas de ônibus e estações de metrô”, diz.
O PDCI deve fomentar uma mobilidade que Fortaleza ainda não tem e hierarquizar as ações prioritárias, explica a assistente de transporte do Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor), Sueli Rodrigues. Segundo ela, além das faixas integradas, será pensada uma nova sinalização e linguagem adaptada as necessidades dos ciclistas.
A sinalização é uma dos entraves apontados por Lucas Landim, presidente da Associação dos Ciclistas Urbanos de Fortaleza (Ciclovida). Para ele, três passos são importantes para o sucesso do PDCI: estudo de origens e destinos da população de Fortaleza; criação de rotas alternativas, pois nem todas as avenidas têm espaço para abrigar ciclofaixas ou ciclovias; e uma campanha de conscientização. “Para que o plano funcione, a educação é necessária. É uma questão de mudança de cultura. Percebemos uma demanda reprimida. Muita gente gostaria de usar a bicicleta como meio de transporte, mas tem medo devido a truculência do trânsito”, aponta.
Neto e Clovis Renato

ENTENDA A NOTÍCIA
O PDCI de Fortaleza é o instrumento para estabelecer ações prioritárias e mapear locais que necessitam de implantação de ciclovias, ciclofaixas ou bicicletários. O documento deverá ser elaborado até julho de 2014.
Sugestões
1. Características locais
Levar em conta as características e expectativas dos atuais e futuros usuários, como clima, arborização, vias.
Karynni Mesquista e Clovis Renato

2. Integração
Fortaleza tem muitos quilômetros de ciclovias, mas os trechos não se conectam. Quando a via segregadora acaba, o ciclista é obrigado a circular junto dos veículos.
3. Gerência específica
Fortaleza necessita de uma unidade na estrutura municipal, com técnicos que tenham sensibilidade para considerar os anseios de quem usa a bicicleta.
4. Mudança de mentalidade
Nenhum plano alcançará êxito se não houver profunda mudança de mentalidade. É fundamental uma campanha.
5. Outros modais
É preciso que os caminhos sejam traçados considerando locais de aglomeração. O ciclista faz parte do percurso de bicicleta, mas pode trocá-la por um ônibus ou metrô.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Voluntários levam presentes e carinho a pacientes em hospitais (Natal de Amor 2013 - Grupo 01)


Cerca de 500 voluntários participaram, na tarde de ontem, da décima sétima edição do Natal de Amor. Evento promove a distribuição de presentes e canções a quem passa o 25 de dezembro em hospitais.

Uma vez ao ano, Jaime Ricardo, 27 anos, se veste de Natal. De traje vermelho e com uma longa barba branca, deixa de ser publicitário para se tornar o Bom Velhinho. Na tarde de ontem, Jaime e mais outros 500 voluntários levaram presentes, música e carinho aos pacientes que passaram o 25 de dezembro em uma das 20 unidades de saúde visitadas pelos integrantes da campanha Natal de Amor.

“Ninguém espera o Papai Noel em um hospital. Então é uma festa. É levar a alegria para as pessoas, estejam elas onde estiverem”, comentou Jaime. Há sete anos, o Papai Noel lidera o grupo de voluntários que visita o Centro de Assistência à Criança Lúcia de Fátima (Croa), na Parangaba, hospital da rede municipal de saúde de atendimento exclusivamente infantil.

O relógio contava 16 horas quando Jaime e o seu grupo chegaram ao hospital. Na entrada da instituição, cerca de 50 pessoas se uniram em torno de um Pai Nosso. “É necessário levar algo mais do que apenas ajuda”, apontou Jaime. Nas mãos dos voluntários, sacos com presentes para os 40 meninos e meninas em atendimento no Croa. Fora delas, músicas natalinas entoadas com o auxílio de dois violões e um pandeiro.

Os corredores, antes em silêncio, mal comportavam a alegria dos que teimavam em transformar sofrimento em Natal. “A gente tem que buscar alguma coisa que melhore quem não está tão bem quanto a gente. É só isso: alegria e aliviar o sofrimento humano”, formulou o universitário Vieria Júnior, 24, um dos músicos do grupo.

Crianças
Em uma das enfermarias, a pequena Ana Vitória, 6, aguardava ansiosa pela visita do Bom Velhinho. A mãe, a dona de casa Fernanda da Silva, 26, emocionou-se com o Papai Noel que, além de brinquedos, também distribuía abraços, beijos e consolo. “Às vezes a pessoa está tão triste e isso te dá uma força maior. Tanto para mim, quanto para ela”, afirmou.

Na seção de acolhimento, o pequeno João Vitor, de apenas sete meses, encantou-se com os sinos natalinos. Já Davi, 3 anos, não segurou a ansiedade. Livrou-se dos braços da mãe para correr em direção ao Papai Noel. Ganhou um caminhãozinho e um abraço apertado.

Para Brenda, 12, no entanto, nada de bonecas ou brinquedos. Voluntária, junto do resto da família, pela primeira vez no Natal de Amor, o presente da garota veio com outra embalagem. Na forma de solidariedade. “A gente vê que tem pessoas que necessitam mais que a gente. Só de ver o sorriso no rosto deles é a gente que recebe o presente de verdade”, afirmou.

Serviço
Natal de Amor:
Página no Facebook - http://migre.me/h9Pyz
O POVO Online: migre.me/h9RKp

Saiba mais
Esta foi a décima sétima edição do Natal de Amor. Segundo a coordenadora geral do evento, Sâmia Gomes, o objetivo da campanha é “levar a família para dentro do hospital” no dia de Natal.

De acordo com a coordenadora, a edição deste ano contou com a participação de 500 voluntários divididos em onze grupos e responsáveis por atender 20 unidades de saúde.

Entre os voluntários, existem 12 papais noéis. São eles que realizam a entrega de presentes.

Ao todo, foram distribuídos, segundo Sâmia, 4.500 presentes. É possível participar da campanha através da doação de presentes ou da visita às instituições no dia de Natal.

Fonte: O POVO
Fotos: Érica Regina ACBF - Grupo 01

Natal: Sabedoria, Força e Beleza! Uma luz raiou para os que habitavam uma terra sombria... (Clovis Renato)

Toledo - Espanha
Uma luz raiou para os que habitavam uma terra sombria... (Isaías 9 e 10)

9-1. Uma luz raiou para os que habitavam uma terra sombria como a da morte.
[...]
9-5. Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, ele recebeu o poder sobre seus ombros, e lhe foi dado este nome: Pai-eterno, Príncipe da Paz, 6. para que se multiplique o poder, assegurando o estabelecimento de uma paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, firmando-o, consolidando-o sobre o direito e sobre a justiça. Desde agora e para sempre, o zelo de Iahweh dos Exércitos fará isto.
[...]
10-22 [...] a justiça transborda!
[...]
10-25. Só mais um pouco de tempo e o furor chegará ao fim.

(Bíblia de Jerusalém – presente do amigo/irmão Aristides) O profeta Isaías, teria vivido entre 765 a.C e 681 a.C

Compartilho as músicas de Natal que alegraram minha infância:  https://www.youtube.com/watch?v=DUBRBLQ0Gnw

Que este momento represente um renascimento  maravilhoso após uma maré de coisas não tão agradáveis, uma reafirmação dos laços conquistados nas coisas boas, uma reflexão para a construção de um presente melhor. Assim, que a saudade seja a inspiração, a alegria impulsione como pedra de toque, a gratidão funcione como consolidação, a solidariedade equacione tudo e o amor construa a teia diamantina envolvendo nossas vidas.
Que possamos sempre sentir a presença e a felicidade que Deus mantém em nossas vidas, aumentando nossa fé.
Obrigado a Deus pela aproximação da plenitude e a você por se permitir e compartilhar os valores apresentados em nossa proximidade. 
Obrigado pela convivência tão maravilhosa e edificante.
Abraço fraterno e saudoso.
Deus seja a luz dos seus passos sempre!
Feliz natal e um novo ano esplêndido!

Clovis Renato Costa Farias 

domingo, 22 de dezembro de 2013

Entrevista com Peter Birke: A Alemanha na corda bamba

Ouvimos Peter Birke, membro do grupo Blauer Montag (Hamburgo), do Die Linke e historiador da Fundação Rosa Luxemburgo, sobre a situação social na Alemanha. / Entrevista de Raquel Varela
Qual foi o resultado das eleições alemãs?
Os liberais e os conservadores têm agora uma maioria apertada, mas suficiente para fazerem uma coligação de governo. Ambos são neoliberais, mas ainda não se entendem em como vão vender a política, uma vez que os liberais têm uma base francamente liberal e os conservadores têm eleitores cansados das políticas neoliberais.
Como vês os resultados do SPD e do Die Linke?
O SPD (social-democrata) está em crise e teve o pior resultado desde a fundação da República Federal Alemã. O Die Linke (A Esquerda) está a crescer, teve 12%. O Die Linke foi buscar os votos ao SPD. Como nenhum dos partidos chegou a um acordo, sobretudo porque o SPD se recusou a tal, são minoritários e por isso estão fragilizados no Parlamento.

Trabalho e trabalhadores no Brasil (só no Brasil?) de hoje

27 de Novembro de 2013 · Marcelo Badaró
Portugueses e portuguesas enfrentam hoje uma taxa de desemprego de dois dígitos (17% segundo os dados oficiais, sempre subestimados, a taxa real aponta para 25%) e uma situação de regressão nas condições de vida social minimamente digna, conquistadas a partir do 25 de abril. É nesse contexto social que ganham espaço as avaliações sobre a irreversibilidade do quadro atual de desemprego e precarização das relações de trabalho e o diagnóstico de que as únicas saídas são as políticas sociais compensatórias, do tipo RSI (Rendimento Social de Inserção) e RBI (Rendimento Básico Incondicional).
Pode ser interessante resgatar alguns elementos do quadro brasileiro para pensar parâmetros e evitar armadilhas desse tipo de debate, respeitando, por certo, as especificidades de trajectória histórica (especialmente a recente, visto que Portugal superou a ditadura com um movimento revolucionário, algo muito distinto da transição pactuada pelo alto no Brasil). Nos anos 1990 e princípios da década de 2000, no Brasil, o desemprego atingiu patamares similares aos de Portugal hoje. 12,6% foi a taxa oficial de desemprego em 2002. Naquele momento, os diagnósticos eram sempre pessimistas, apresentando-se o desemprego recente como “estrutural”, irreversível e mesmo “necessário”, segundo os liberais mais sinceros, para garantir “competitividade” à produção nacional frente a um mercado mundial globalizado.

Capitalismo Selvagem

Os governos das maiores economias do mundo e seus economistas não sabem o que fazer com a pobreza dos seus trabalhadores. Na maior potência econômica do planeta, uma sinistra metástase de pauperização absoluta da população assusta não só os reformadores sociais, que gostariam de reverter a situação com a nobre consciência dos capitalistas, quanto os próprios capitalistas – estes, entretanto, não têm ideia de como poderiam mudar seu tradicional modus operandi de engordar seus lucros sem emagrecer ainda mais seus trabalhadores.
A economista Catherine Ruetschlin nos informa melhor sobre os sintomas mais recentes dessa doença. “No decorrer dos dois últimos anos, o número de americanos empobrecidos atingiu o nível mais alto de todos os tempos. As taxas de pobreza dispararam durante 2008 e 2009, quando o país entrou na Grande Recessão e o mercado de trabalho se contraiu, levando milhões de trabalhadores a lutar com desemprego persistente ou aceitar trabalhos que oferecem baixos salários e nenhuma segurança. Mas mesmo quando as firmas recuperaram seu ritmo e ingressaram em novo período de recuperação, a pobreza não diminuiu. Atualmente, mais de 46 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza nos EUA, incluindo mais de 10 milhões de trabalhadores com emprego integral. Na verdade, de 2010 a 2011, não houve alteração na taxa de pobreza dos EUA, mesmo com o PIB crescendo 3% ao ano. Isso quer dizer que enquanto os negócios estão voltando aos seus lucros anteriores, os benefícios da recuperação não alcançaram os trabalhadores e famílias vivendo na parte de baixo da distribuição da renda, onde o crescimento dos salários poderia tanto melhorar as condições de vida quanto aumentar os gastos dos consumidores.” 1

Os cortes na saúde e suas consequências

Portugal
De 2011 a 2013 houve um corte no sector da Saúde de 663 milhões de euros. Na proposta de orçamento para 2014 haverá mais um corte de 300 milhões e perspectiva-se mais cortes para 2015. Aliás, é no agrupamento de Educação, Saúde e Segurança Social, que haverá mais cortes.
A reforma do Estado não se faz, pois, na administração central, nem nos sectores intermédios, mas nestes três sectores, nos quais assenta a estrutura do Estado Social. O Estado Social não é um Estado Assistencial. No Estado Social, este não está a dar nada. Está a servir de caixa de reembolso no caso da Segurança Social para onde as pessoas descontaram e está a usar os impostos no caso da Saúde e da Educação. Mas os impostos estão a servir para pagar os juros da dívida.

O Negócio do Século

Como é que o salário de um dia de trabalho acaba nas mãos de um Banqueiro que, sorridente e em directo na televisão, diz que o país aguenta tudo? A história é simples, demasiado simples.
Leio nas notícias que a Câmara de Mafra, como tantas outras, está falida ou em risco de falir ou com «sérios problemas financeiros». Uma das razões principais da falência autárquica neste país, se não for a principal, é as autarquias serem, no negócio imobiliário, a face pública dos fabulosos lucros privados que resultam do loteamento das terras agrícolas ou ecológicas, e da sua transformação em prédios urbanos. O investigador Pedro Bingre do Amaral explica-o como ninguém — a margem de lucro entre um terreno passar de rural a  urbano fica, no caso português, em mãos privadas. Trata-se de um negócio — cito Paulo Morais — que só «tem margens de lucro semelhantes no negócio de tráfico de droga no grossista, porque no retalhista já é mais baixo». Se o terreno valia 5, passa a valer 50 000, por exemplo. A diferença fica toda nas mãos privadas, desde 1965 até hoje. No resto da Europa, essas mais-valias revertem sobretudo para o público sobre a forma de impostos. Às Câmaras compete fazer, além disso, a urbanização — esgotos, estradas, etc. — deste interminável conjunto de prédios que se vai construindo.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Projetos do EDH/Unichristus encerram atividades em 2013

Os projetos desenvolvidos pelo Escritório de Direitos Humanos baseiam-se na indissociabilidade da pesquisa, do ensino e da extensão e objetivam: a) contribuir para o aperfeiçoamento da formação em direitos humanos dos alunos de graduação; b) promover atividades de ensino, pesquisa, extensão e responsabilidade socioambiental; c) fomentar a produção científica dos docentes e discentes envolvidos.
1.1 São objetivos do Projeto Defensores Populares de Direitos Humanos:
a) Geral: Formar defensores populares de direitos humanos no Ceará, com a perspectiva de apropriação crítica e popular do direito e da educação jurídica popular, fortalecendo atuação de entidades, movimentos e comunidades organizadas em torno dos direitos humanos como plataforma de reivindicações; e Proporcionar a professores e estudantes do Curso de Direito da Unichristus, por meio de sua atuação como educadores no Curso Defensores Populares de Direitos Humanos, atividades de extensão, ensino e pesquisa que, de modo indissociado, ambientem uma aprendizagem rica e complexa acerca dos direitos humanos.

b) Específicos: Capacitar professores e estudantes em conhecimentos gerais e específicos de cada módulo para atuarem como educadores no Curso; Construir metodologia de atuação dos educadores no curso; Possibilitar a professores e estudantes vivências em Direitos Humanos realizando-se reflexões sobre modos de concretização desses direitos, os caminhos de acesso ao sistema de justiça e ao sistema de garantia, defesa e promoção de direitos, e sobre estratégias comunitárias e populares de reivindicação e busca pela efetivação de direitos, possibilitando a professores e alunos uma verticalização de conhecimentos teóricos e práticos no campo dos direitos humanos; Fomentar pesquisas no campo de Direitos Humanos que tenham como objeto de estudo análises e temas atinentes ao Curso e à Escola de Educação Popular em Direitos Humanos; Observar conquistas e violações de direitos nas áreas de atuação política, profissional e comunitária dos sujeitos envolvidos na formação no sentido de gerar processos de mobilização, reflexão e atuação; Fomentar a multiplicação de saberes no âmbito de cada comunidade e a construção de redes populares locais, interligadas, na defesa e proteção de direitos humanos; Envolver parceria com o sistema de justiça para trabalhar a orientação e o encaminhamento dos desafios e conflitos trazidos da experiência concreta da turma; Sistematizar a experiência do curso, as aprendizagens, as vivências e análises produzidas em uma publicação.

1.2 São objetivos do Projeto Educação em Direitos Humanos - comunidade e direitos sociais: