Trechos págs. 490-495:
"(...) Dissemos que o
verdadeiro objetivo das assembléias religiosas deve ser a comunhão de
pensamentos; é que, com efeito, a palavra religião quer dizer laço. Uma
religião, em sua acepção larga e verdadeira, é um laço que religa os homens
numa comunhão de sentimentos, de princípios e de crenças; consecutivamente,
esse nome foi dado a esses mesmos princípios codificados e formulados em dogmas
ou artigos de fé.
(...) Se é assim, perguntarão,
então o Espiritismo é uma religião? Ora, sim, sem dúvida, senhores! No sentido
filosófico, o Espiritismo é uma religião, e nós nos vangloriamos por isto,
porque é a Doutrina que funda os vínculos da fraternidade e da comunhão de
pensamentos, não sobre uma simples convenção, mas sobre bases mais sólidas: as
próprias leis da Natureza.
(...) Qual é, pois, o laço que
deve existir entre os espíritas? Eles não estão unidos entre si por nenhum
contrato material, por nenhuma prática obrigatória. Qual o sentimento no qual
se deve confundir todos os pensamentos? É um sentimento todo moral, todo
espiritual, todo humanitário: o da caridade para com todos ou, em outras
palavras: o amor do próximo, que compreende os vivos e os mortos, pois sabemos
que os mortos sempre fazem parte da Humanidade.
A caridade é a alma do Espiritismo; ela resume todos os deveres do homem
para consigo mesmo e para com os seus semelhantes, razão por que se pode dizer
que não há verdadeiro espírita sem caridade.
(...) Crer num Deus
Todo-Poderoso, soberanamente justo e bom; crer na alma e em sua imortalidade;
na preexistência da alma como única justificação do presente; na pluralidade
das existências como meio de expiação, de reparação e de adiantamento
intelectual e moral; na perfectibilidade dos seres mais imperfeitos; na felicidade
crescente com a perfeição; na eqüitativa remuneração do bem e do mal, segundo o
princípio: a cada um segundo as suas obras; na igualdade da justiça para todos,
sem exceções, favores nem privilégios para nenhuma criatura; na duração da
expiação limitada à da imperfeição; no livre-arbítrio do homem, que lhe deixa
sempre a escolha entre o bem e o mal; crer na continuidade das relações entre o
mundo visível e o mundo invisível; na solidariedade que religa todos os seres
passados, presentes e futuros, encarnados e desencarnados; considerar a vida
terrestre como transitória e uma das fases da vida do Espírito, que é eterno; aceitar
corajosamente as provações, em vista de um futuro mais invejável que o
presente; praticar a caridade em pensamentos, em palavras e obras na mais larga
acepção do termo; esforçar-se cada dia para ser melhor que na véspera,
extirpando toda imperfeição de sua alma; submeter todas as crenças ao controle
do livre-exame e da razão, e nada aceitar pela fé cega; respeitar todas as
crenças sinceras, por mais irracionais que nos pareçam, e não violentar a consciência
de ninguém; ver, enfim, nas descobertas da Ciência, a revelação das leis da
Natureza, que são as leis de Deus: eis o Credo, a religião do Espiritismo,
religião que pode conciliar-se com todos os cultos, isto é, com todas as
maneiras de adorar a Deus. É o laço que deve unir todos os espíritas numa santa
comunhão de pensamentos, esperando que ligue todos os homens sob a bandeira da
fraternidade universal."
(Revista Espírita, dezembro de 1868, Alan Kardec. Texto: O Espiritismo é uma religião?)
Reiterando:
(Revista Espírita, dezembro de 1868, Alan Kardec. Texto: O Espiritismo é uma religião?)
Reiterando:
Eis o Credo, a religião do
Espiritismo, religião que pode conciliar-se com todos os cultos, isto é, com
todas as maneiras de adorar a Deus. É o laço que deve unir todos os espíritas
numa santa comunhão de pensamentos, esperando que ligue todos os homens sob a
bandeira da fraternidade universal.
- Crer num Deus Todo-Poderoso, soberanamente justo e bom;
- Crer na alma e em sua imortalidade;
- Na preexistência da alma como única justificação do presente;
- Na pluralidade das existências como meio de expiação, de reparação e de adiantamento intelectual e moral;
- Na perfectibilidade dos seres mais imperfeitos;
- Na felicidade crescente com a perfeição;
- Na eqüitativa remuneração do bem e do mal, segundo o princípio: a cada um segundo as suas obras;
- Na igualdade da justiça para todos, sem exceções, favores nem privilégios para nenhuma criatura;
- Na duração da expiação limitada à da imperfeição;
- No livre-arbítrio do homem, que lhe deixa sempre a escolha entre o bem e o mal;
- Crer na continuidade das relações entre o mundo visível e o mundo invisível;
- Na solidariedade que religa todos os seres passados, presentes e futuros, encarnados e desencarnados;
- Considerar a vida terrestre como transitória e uma das fases da vida do Espírito, que é eterno;
- Aceitar corajosamente as provações, em vista de um futuro mais invejável que o presente;
- Praticar a caridade em pensamentos, em palavras e obras na mais larga acepção do termo;
- Esforçar-se cada dia para ser melhor que na véspera, extirpando toda imperfeição de sua alma;
- Submeter todas as crenças ao controle do livre-exame e da razão, e nada aceitar pela fé cega;
- Respeitar todas as crenças sinceras, por mais irracionais que nos pareçam, e não violentar a consciência de ninguém;
- Ver, enfim, nas descobertas da Ciência, a revelação das leis da Natureza, que são as leis de Deus.(Revista Espírita, dezembro de 1868, Alan Kardec. Texto: O Espiritismo é uma religião?)
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