A
Campanha em prol da construção da Maternidade Popular (Escola) foi
lançada oficialmente na capital cearense na noite de 28 de maio de
1955, pelo Sr. João de Medeiros Calmon, no momento em que era lhe
prestada, em banquete que reuniu representantes de todas as classes
sociais do Ceará, uma grande homenagem por motivo de sua recente
ascensão ao posto de Diretor Geral dos Diários, Rádios e TV
Associados.
Ao
agradecer a expressiva manifestação, o Sr. João Calmon valeu-se da
oportunidade para anunciar o início do movimento, há muito
concebido e que logo mais iria empolgar, como um formidável incêndio
de generosidade e amor ao próximo, a alma dos filhos do Ceará.
O
apelo de João Calmon
Do
discurso do Diretor Geral dos "Diários Associados",
pronunciado no banquete do Ideal Clube, foi extraído o seguinte
trecho em que ele explica os motivos do empreendimento de que se
tornou pioneiro:
Os
"Diários Associados", não apenas como já disse alguém,
a maior e melhor escola de jornalismo do Brasil. Em nossa organização
formaram-se ou se aperfeiçoaram alguns dos mais fulgurantes
jornalistas do nosso país. Os D. A. são também graças ao exemplo
de seu inspirador, o Sr. Assis Chateaubriand, uma inexcedível escola
do espírito público. No plano nacional promovemos a Campanha
Nacional de Aviação, a Campanha de Redenção de Criança, a
Campanha de Recuperação do Solo, a Campanha de Formação de uma
Elite e fundamos o Museu de Arte de São Paulo. No plano estadual
além de numerosas iniciativas em outras unidades da Federação,
orgulhamo-nos de nossa campanha em favor da Santa Casa de
Misericórdia de Fortaleza e vamos iniciar, agora mesmo, uma outra
maior envergadura.
No
terreno da assistência social, Fortaleza é de uma pobreza
constristora. São Luis, Teresina, João Pessoa, Natal, Campina
Grande e o Crato possuem maternidades para as gestante pobres que
colocam a nossa capital numa situação humilhante. Visitando
freqüentemente aquelas cidades e impressionado com o escandaloso
contraste entre o luxo e o número de nossos Clubes elegantes e a
nossa falta de maternidade, estudei com os companheiros cearenses a
possibilidade de promovermos uma intensa campanha para solucionar,
pelo menos parcialmente, esse angustioso problema social, cujos
detalhes arrepiantes eu me permito omitir num momento tão festivo
com este, mas que serão focalizados através da Ceará Rádio Clube,
do " Unitário" e do "Correio do Ceará".
Em
vez de criticar os arrojados cearenses a quem devemos a construção
de alguns dos mais belos clubes elegantes do Brasil, precisamos
utilizar os seus métodos e aproveitar a sua experiência na
arrecadação de recursos financeiros para obras de vulto, como a da
futura Maternidade Popular de Fortaleza. Contando com o apoio do
comércio e da industria e de todos os cearenses, inclusive dos que
vivem em outros Estados e que serão convocados pelos "Diários
Associados" através de uma campanha de âmbito nacional, de que
participarão nossos jornais, revistas e estações de rádio e
televisão, o sucesso da iniciativa está assegurado. Nem a atual
crise financeira prejudicará os nossos planos. As contribuições
serão pagas em módicas prestações mensais, de acordo com a
possibilidade de cada um. Na campanha em favor da Santa Casa,
comprovamos como é impressionante o apoio do povo aos movimentos
filantrópicos. Nada menos da metade do total arrecadado era
constituída de quantias inferiores a quinhentos cruzeiros.
Seguindo
a orientação "associada" de não limitar a nossa atuação
à exploração comercial de jornais e rádios e aproveitando a
presença, neste banquete, das figuras mais representativas da
sociedade cearense, lanço as bases dessa nova campanha,
subscrevendo, desde logo, em nome da Ceará Rádio Clube, do "Correio
do Ceará", do "Unitário" e da Rádio Araripe do
Crato, uma contribuição de cinqüenta mil cruzeiros. Para dirigir a
campanha em prol da Maternidade Popular de Fortaleza será
constituída uma Comissão Central, com a participação das
personalidade de maior destaque do Ceará e na qual figurará, como
representante dos "Diários e Rádios Associados", o nosso
diretor-presidente, o querido Dioguinho de todos nós, que encarna
uma das melhores tradições da filantropia da família cearense".
Um
milhão por dia
Fortaleza
foi posta em confronto com outras capitais nordestinas menos
populosas e menos desenvolvidas. Os órgãos "associados",
nas sua tarefa de esclarecer completamente o povo, publicaram, em
junho de 1955, os seguintes dados do IBGE, num artigo do Sr. Adolfo
Frejat, então Inspetor Regional de Estatística:
"Para
se ter uma idéia da insuficiência de leitos nas maternidades de
Fortaleza, basta lembra que, em 1950 Natal (R.G. do Norte) contava
com 158 leitos em, suas maternidade; João Pessoa (Paraíba) dispunha
de 176 enquanto que em Fortaleza, não excedia de 129 o número de
leitos.
A
nossa posição de inferioridade nesse tocante, fica perfeitamente
caracterizada ao compararmos, já não digo a população total das
três capitais, mas a população feminina de 15 a 49 anos, isto é,
o número de mulheres em idade fecunda.
De
acordo com o censo de 1950, havia àquela época em Natal, 30.057
mulheres de 14 a 49 anos; em João Pessoa, 34.480 e em Fortaleza,
77.819 mulheres em idade fecunda.
Como
se verifica, a população feminina de 15 a 49 anos de idade
encontrada em Fortaleza é superior à soma da população de igual
sexo e grupo de idade existente em Natal e João Pessoa, enquanto que
o número de leitos nas maternidades de qualquer das citadas capitais
vizinhas é superior ao número de leitos de Fortaleza.
Se
considerarmos as mulheres casadas entre 15 e 49 anos de idade,
teremos para Natal, 15.645, para João Pessoa, 15.943, e para
Fortaleza, 37.859, total este também superior à soma das duas
primeiras capitais.
No
anos passado 10.069 parturientes ocuparam os 138 leitos existentes
para tal fim nas organizações hospitalares de Fortaleza. Aquele
total indica perfeitamente, que, em média, cada um dos 138 leitos
será ocupado, em 1954, por 73 parturientes inferindo-se, daí a
permanência de cada gestante durante 5 dias nas Maternidades.
A
taxa de natalidade em Fortaleza é de 46 nascidos vivos para cada
1.000 habitantes; a taxa de fecundidade feminina é de 159 nascidos
vivos por 1.000 mulheres de 15 a 49 anos; a taxa de mortalidade
infantil é de 236 falecidos no primeiro ano de idade, por 1.000
nascidos vivos.
Taxas
elevadíssimas de natalidade e fecundidade feminina comparativamente
às demais capitais brasileiras. Que de benefício não trará a
Fortaleza a Maternidade Popular em projeto, inclusive o de fazer
baixar a não menos elevada e deprimente taxa de mortalidade
infantil!"
O
povo e o governo sentiram na própria carne a urgentíssima
necessidade de um estabelecimento hospitalar que viesse corrigir tão
constrangedora situação. E imediatamente cerraram fileiras sob a
bandeira dos Diários Associados numa das mais espetaculares
"corridas" de filantropia de que se tem notícia em nosso
país. Quarenta e oito horas depois do discurso do Sr. João Calmon
(pronunciado numa noite de sábado) mais de 1 milhão de cruzeiros já
haviam sido subscritos para a construção da Maternidade Popular
(Escola). Todas as entidades de classe, culturais, artísticas e
sociais de Fortaleza bem como as grandes firmas do comércio e da
indústria, assim como os poderes públicos, as personalidades de
maior relevo do Estado e a grande massa anônima do povo ofereceram
seus donativos numa impressionante demonstração de generosidade e
altruísmo. Nos cinco primeiros dias da campanha a média das
subscrições foi de um milhão de cruzeiros diários.
O
movimento se ampliou então para fora das fronteiras do Estado.
Cearenses residentes em todos os rincões da pátria ouviram a
convocação dos Diários Associados e atenderam com alegria ao
convite que lhes era dirigido no sentido de que ajudassem a redenção
da mãe pobre de Fortaleza. A colônia do Rio de Janeiro (inclusive
os deputados e senadores pelo Ceará) ofereceu em apenas doze dias
nada menos que cinco milhões de cruzeiros. Substanciais donativos
também foram recebidos de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas,
Amazonas, Pará, Pernambuco, etc.
Começa
a construção
A
Sociedade Pró-Construção da maternidade Popular (Escola) de
Fortaleza, constituída logo nos primeiros dias depois de lançado o
movimento e integrada por destacadas personalidades da vida cearense,
pode então marcar a data do lançamento da pedra fundamental. A 3 de
março de 1956, em memorável solenidade pública, começou a segunda
etapa da Campanha, ou seja, a da construção efetiva do belo e
funcional edifício projetado de acordo com a mais moderna técnica
hospitalar dos nossos dias. Falando durante o ato, o Sr. João Calmon
anunciou que o Diretor dos Diários Associados, Sr. Assis
Chateaubriand, resolvera doar, como contribuição pessoal, um Posto
de Puericultura destinado aos filhos das mães pobres que vierem a
nascer na maternidade. E, ao concluir, afirmou:
"Esta
pedra fundamental vale para mim como a reafirmação do compromisso
ou do solene juramento que a casa da mãe pobre do Ceará, com mais
de cem leitos, abrirá dentro de poucos anos suas portas, impedindo
que se abram com a mesma alarmante freqüência de hoje, sepulturas
de " anjinhos", sacrificados pelo egoísmo e pela
imprevidência dos homens que se divertem à beira do abismo de uma
crise social sem precedentes".
As
obras tiveram início imediatamente, não sendo mais interrompidas
até hoje. Dia a dia se avoluma a grande estrutura de cimento armado
do bairro de Porangabussú.
Personalidades
da época falam sobre a MEAC
"Aos
"Diários Associados" de Fortaleza:
Empolgado
pelo admirável movimento promovido nessa capital para construção
de uma Maternidade Popular, venho, por intermédio dessa prestigiosa
organização, oferecer o donativo pessoal de cem mil cruzeiros,
sumamente jubiloso por participar de iniciativa tão meritória.
Desejo igualmente dar ao presente oferecido o caráter de uma
homenagem especial ao nobre povo cearense que tanto admiro pela sua
inestimável colaboração ao engrandecimento de nossa Pátria."
Juscelino Kubistchek
*
* *
"A
idéia lançada pelo jornalista João Calmon é daquelas que merecem
não só o apoio mas o franco e decidido entusiasmo de quantos se
interessam pelos empreendimentos úteis em benefício da
coletividade. De minha parte darei o apoio do Governo no sentido de
que a feliz iniciativa seja, com a urgência devida, coroada de
êxito, e agradeço a oportunidade que os "Diários Associados"
me oferecem, para proclamar de público as minhas congratulações
com a benemérita campanha."
Paulo
Sarazate, Governador do Ceará
*
* *
"A
campanha lançada por João Calmon para a construção de uma
Maternidade Popular Escola em Fortaleza é, sem dúvida, um dos mais
meritórios movimentos jamais empreendidos pelos "Diários
Associados", a cujos jornais e emissoras deve o Brasil tantos e
tão assinalados serviços. Nenhum cearense pode deixar de apoiar,
com sincero entusiasmo, a humanitária cruzada de redenção da mãe
pobre de nossa terra."
Flávio
Marcílio, Vice-Governador do Estado
*
* *
"Ciente
da vitoriosa campanha em tão boa hora empreendida pelos "Diários
Associados" no sentido de dotar Fortaleza de uma Maternidade
Popular, obra realmente muito necessária, apresso-me em apresentar
vivos aplausos à louvável iniciativa, augurando pleno sucesso e
oferecendo-lhe inteira solidariedade deste Departamento."
Martagão
Gesteira, Dir. do Dep. Nacional da Criança
*
* *
"Manifesto
o meu caloroso aplauso, como cearense e velho vicentino (membro das
Conferências de São Vicente de Paulo) à campanha ora desenvolvida
pelos "Diários Associados" em prol da construção da
Maternidade Popular de Fortaleza. Como simples cidadão e mais ainda
como eventual ocupante de qualquer posto de responsabilidade da
administração pública, comprometo-me a dar todo o apoio que
estiver ao meu alcance pela pronta construção e posterior
desenvolvimento dessa nobre instituição de assistência social."
Juarez
Távora
*
*
"A
Maternidade Popular (Escola) projetada para o Ceará por iniciativa
dos "Diários Associados" representa, sem dúvida, uma das
obras mais meritórias de quantas se tem notícias nos últimos
tempos, dada a sua incontestável necessidade e os frutos que há de
produzir. Pode-se dizer que, pelo seu arrojo e pelo êxito já
obtido, imensa será a dívida de gratidão dos cearenses a todos
aqueles que aplaudiram e apoiaram a grande idéia."
Virgílio
Firmeza, Presidente do Tribunal de Justiça do Ceará
*
* *
"Nenhum
cearense que se preza pode deixar de aplaudir e apoiar, com todo o
entusiasmo, a campanha em prol da construção de uma Maternidade
Popular (Escola) de Fortaleza. A idéia, em tão boa hora lançada
por João Calmon e agitada pelos "Diários Associados"
empolgou imediatamente a alma generosa do povo do Ceará, agora
firmemente decidido a levar a bom termo o meritório movimento que
visa a redenção da mãe pobre de nossa terra. Podem os homens que
dirigem a campanha da Maternidade contar comigo e com a Universidade
do Ceará."
Martins
Filho, Reitor da Universidade do Ceará
*
* *
"Sempre
aplaudi e incentivei as iniciativas que se destinam a proteger a
maternidade e a infância. Mas, desde logo quando os beneméritos
amigos dos "Diários Associados" do Ceará tomaram aos seus
ombros a tarefa de construir a Maternidade Popular (Escola) de
Fortaleza, compreendi que deveria envidar o melhor do meu esforço
para ajudar, tanto quanto me seja possível, a rápida concretização
de tão grande e patriótica obra."
Parsifal
Barroso, Ministro do Trabalho
*
* *
"O
dever de assistência à maternidade e à infância inscreve-se entre
os mais belos dispositivos constitucionais. Obra de cunho
eminentemente social, a Maternidade Popular (Escola) de Fortaleza,
pela comovedora mensagem humana que encerra, figura entre os mais
nobres cometimentos do povo cearense. Merece, por isso, o desvelado
apoio do povo e dos poderes públicos."
Perboyre
e Silva, Presidente da Associação Cearense de Imprensa
*
* *
"A
Maternidade Popular (Escola) é uma obra necessária. Fortaleza não
conta com estabelecimentos do gênero em número para atender
satisfatoriamente a população. As gestantes pobres não têm mais
para onde ir. Merece aplausos e cooperação quem tomou aos ombros a
responsabilidade de realizar tão oportuno trabalho."
D.
expedito Oliveira, Bispo Auxiliar de Fortaleza.
*
* *
"A
Maternidade Popular (Escola) de Fortaleza é uma obra de maior
significado social, vindo preencher uma falha de nosso sistema
assistencial. A Maternidade é um trabalho de fôlego que enaltece o
espírito arrojado dos cearenses."
Júlio
Rodrigues, presidente da Associação comercial do Ceará
*
* *
"
É uma iniciativa que muito honra os seus autores e que atende às
necessidades de nossa terra, preenchendo um lacuna das mais sentidas
em Fortaleza. É de se esperar que essa iniciativa, dentro de pouco
tempo, esteja definitivamente concretizada. Na qualidade de Diretor
da Faculdade de Medicina do Ceará, cujos serviços se situam na
mesma área de Porangabussu, espero que, em futuro próximo, através
de convênios, venha a Faculdade a utilizar a Maternidade Popular
como instrumento de ensino, passando assim a obra a ter duas funções:
a social, atendendo às gestantes pobres, e a de escola, como o seu
próprio nome indica."
Valdemar
de Alcântara, Diretor da Faculdade de Medicina do Ceará
*
* *
"Esse
é uma obra de benemerência que vem atender a uma grande necessidade
de Fortaleza, uma vez que, podemos dizer, em nossa terra não temos
uma única maternidade aparelhada e capacitada para o atendimento de
mães indigentes. Ninguém poderá ficar indiferente a uma realização
como essa. É nosso dever apoiar a iniciativa, a fim de que a
Maternidade Popular venha a ser uma maravilhosa realidade."
José
Ramos Torres Melo, Presidente da federação das Associações de
Comércio e Industria do Ceará (FACIC).
*
* *
"Orlando
Mota está no Rio fincando os alicerces da idéia de um homem de
imprensa - João Calmon - que é a construção de uma Maternidade
Popular em Fortaleza, a fim de que as mães cearenses pobres não
tenham mais seus filhos nas sarjetas. Será um estabelecimento
modelar, todavia sem luxo, porém dotado de moderna aparelhagem e com
cerca de 130 leitos. Os cabeças chatas que trabalham em "Última
Hora" e que deixaram o umbigo enterrado no Ceará não faltarão
ao apelo de João Calmon e Orlando Mota. É a terra distante que
dirige um SOS aos seus filhos."
Edmar
Morel (trecho de uma reportagem publicada em "Última Hora",
no Rio).
*
* *
"Mais
rápida e esplendorosamente do que seria adequado esperar-se destes
tempos estéreis , a semente que o jornalista João Calmon lançou na
terra adusta cearense vicejou na campanha magnifica em prol da
construção da Maternidade de Fortaleza, promovida pelos "Diários
e Rádios Associados". Não se pode silenciar ante o apelo
dessas vozes que representam a mãe humilde cujo ventre fecundo povoa
a terra seca do Nordeste, a floresta equatorial da hiléia, os campos
do sul e as montanhas gerais."
"Diário
de São Paulo" (trecho de um editorial).
*
* *
"A
campanha em boa hora lançada pelo Dr. João Calmon, Diretor Geral
dos jornais e emissoras "associados" do país, em favor da
construção da Maternidade Popular (Escola) e logo apoiada pela
opinião pública, constitui um dos maiores benefícios destinados à
mãe pobre do Ceará."
Dep.
Decio Teles Cartaxo, Presidente da Assembléia Legislativa do estado
(Trecho de requerimento).
*
* *
"Fortaleza
terá dentro em breve a Maternidade de que precisa. Eis o fruto do
idealismo e do espírito humanitário de João Calmon, que durante
muito tempo dirigiu os "Associados" do Norte e agora tem o
cargo de Diretor Geral dos jornais e rádios da grande empresa
nacional. Perguntam, com espanto, os que sabem o progresso realizado
pela capital do Ceará, se ali não existia uma maternidade à altura
da necessidade do grande povo e a resposta é, infelizmente,
negativa. Fortaleza possui alguns clubes mais adiantados e elegantes
do país. Que testemunha isso, senão o espírito progressista da
sociedade cearense? Mas não se compreende que Fortaleza, tendo a
primazia dos clubes do Brasil, não se preocupasse também com a
assistência social, no seu aspecto mais urgente e delicado, como o
do socorro à mãe e à criança na hora mais grave do destino de
ambas. A iniciativa de João Calmon atende, assim, a um problema
vital que os cearenses, onde quer que estejam, são chamados a
resolver."
Austregésilo
de Athayde (Trecho de artigo).
Comissão
Executiva que dirigiu os trabalhos de construção
-
Diogo Vital de Siqueira (1.° Presidente)
-
Manuel Eduardo Pinheiro Campos - Presidente
-
Antônio Carlos Campos de Oliveira - Tesoureiro
-
Jurandir Picanço - Secretário
Diretores:
-
Paulo Cabral de Araújo
-
Orlando de Araújo Mota
-
Fernanda Elin de Carvalho
-
Virgílio Machado
-
Álvaro Weyne
-
Antônio Gomes Guimarães
Chefe
de Secretaria: Pantaleão Damasceno
Projeto
dos arquitetos e engenheiros Oscar Valdetaro, Roberto Nadalutti e
Israel Correia e dos engenheiros Carlos Miranda (Instalações
Gerais) e Gabriel Correia, sendo Engenheiro-Construtor Jayme Verçosa.
A área total do edifício era de 6.733,65 metros quadrados.
-
Lançamento da Campanha: 28 de maio de 1955
-
Início da Obra: 3 de março de 1956
-
Inauguração e entrega à Universidade do Ceará: 14 de dezembro de
1963
Maternidade
em funcionamento
Inauguração
da Maternidade Escola - 15/01/1965
Primeiros
Anos
"Um
acontecimento festivo, hoje, em Fortaleza: começa a funcionar,
oficialmente, a Maternidade-Escola Assis Chateaubriand. Às 16 horas,
perante altas autoridades e convidados especiais, realizar-se-á a
anunciada solenidade, que marcará a entrega do moderníssimo
conjunto hospitalar ao serviço do povo de Fortaleza. No decorrer da
semana, foi assinado convênio entre a Universidade e a entidade
mantenedora da Maternidade, através do qual foram assegurados os
recursos necessários ao seu funcionamento imediato."
Jornal
O Povo (16,17 de janeiro de 1965).
***
"Em
virtude de convênio com a Universidade, entrou em funcionamento,
oficialmente, Sábado último, a Maternidade-Escola Assis
Chateaubriand, sob a direção do Dr. Galba Araújo. A solenidade,
realizada às 16 horas, assinalou o importante acontecimento, que
contou com a presença de destacadas autoridades do Estado e do
Município. Falaram na ocasião, o jornalista Manoel Eduardo Pinheiro
Campos, presidente da Sociedade de Assistência à Maternidade
(SAMEAC), o Reitor Martins Filho e o governador Virgílio Távora. Em
seguida, houve o batismo de Teresinha, filha do casal Maria Cardoso
dos Santos e Paulo Furtado dos Santos, primeira criança nascida
naquele nosocômio, tendo como padrinhos o sr. e sra. Martins Filho.
Champagne foi servido aos presentes, seguindo-se uma visita às
dependências da Maternidade. Com o seu funcionamento normal,
Fortaleza passa a contar com mais 120 leitos para gestantes, cerca de
20 dos quais já estão ocupados. Nas fotos, vemos, acima, o grupo de
autoridades presentes ao acontecimento e, em baixo, o ato batismal."
Jornal
O Povo (18 de janeiro de 1965)
Trigêmeos
nasceram na Maternidade-Escola
"A
Maternidade-Escola Assis Chateaubriand serviu de berço, Sábado
último, quando iniciou seu funcionamento normal, aos primeiros
trigêmeos cearenses do ano. As três robustas meninas são: Maria de
Fátima, Maria da Conceição e Maria Goretti, filhas do casal Maria
de Lourdes Gregório e João Batista Gregório, ele motorista do 4º
Distrito Policial. Estão passando bem as trigêmeas e deverão ser
levadas ainda hoje para casa, à rua Marcílio Dias, 694 (bairro
Nossa Senhora das Graças, no Pirambu)."
Jornal
O Povo (18 de janeiro de 1965)
Como
ser mãe sem outras dores
"Isso
vai até fazer mal. É tão bom que agora é que vai mesmo nascer
menino no Ceará!" O comentário, meio ingênuo, meio malicioso,
foi ouvido de uma senhora que acabara de ser atendida na
Maternidade-Escola Assis Chateaubriand, de Fortaleza. Habituada ao
desconforto, à falta de higiene e todo um folclore negro que cerca
os trabalhos de parto, desde os tempos bíblicos até as conversas de
comadres e vizinhas, ela tivera ali a surpresa de um pronto e
cordial, perfeitas condições de higiene e um quarto amplo e
arejado. E, surpresa ainda maior, nem lhe perguntaram se podia pagar.
Esta reportagem pretende contar algumas coisas sobre a Maternidade -
mais uma obra que o Brasil fica devendo ao Dr. Assis Chateaubriand,
sua organização e sua vida, com uma já tão grande folha de
serviços.
Fortaleza
ganha Maternidade-modelo
Com
a Maternidade-Escola Assis Chateaubriand aconteceu coisa diferente do
que ocorre geralmente no Brasil: foi inaugurada depois de já estar
funcionando. Quando fizemos a festa, já havia crianças dormindo no
berçário." Quem nos conta isso é o Dr. José Galba Araújo,
diretor da Maternidade. Com um discreto ar de catedrático, o
eficiente executive da casa presta-nos outras informações
A
Maternidade tem 4 funções: Ensino, Assistência Social, Maternidade
e Hospital de Urgência. Com 4 professores e 11 assistentes, aí
funcionam 4 cadeiras da faculdade de Medicina da Universidade do
Ceará: Ginecologia, Obstetrícia, Puericultura e Pediatria. A
universidade contribui com uma verba anual de Cr$ 200 milhões. Dá
para 4 meses - explica o Dr. Galba.
Em
atividade total, a Maternidade dispõe de 126 leitos, podendo ir a
150. Está trabalhando com a metade de sua capacidade, mantendo 4
plantões médicos completos e mais 1 de reserva.
O
primeiro parto foi no dia 15 de janeiro. Parto simples. Nasceu uma
menina que recebeu o nome de Teresinha, em homenagem à esposa do Dr.
João Calmon. No mesmo dia, nasceram gêmeos, o que foi considerado
um bom augúrio.
Temos
8 médicos plantonistas. Entre estes, um médico-laboratorista, um
analista, um anestesista e - o que constitui novidade - um
médico-arquivista. A necessidade de um médico-arquivista é
explicada pelo Dr. Galba: precisão da terminologia técnica,
dificilmente manipulável por um leigo. A catalogação de dados será
feita por um computador IBM, doado pela fundação Ford, que ainda
não chegou em Fortaleza porque a Maternidade não pode pagar os
impostos alfandegários. Aqui fica o apelo aos Senhores da República
para que consigam uma isenção desses tributos.
8
salas de parto e 1 boxe (capacidade para 12 partos simultâneos). A
maternidade pode fazer 30 partos por dia. Tem feito em média de 10
(inclusive já 10 cesarianas) nesses poucos dias de funcionamento.
"Indigentes"
é a palavra proibida na Maternidade. Há clientes Classe A e Classe
B. Com tratamento exatamente igual. As diferenças estão na comida
(quem conhece o Nordeste sabe que a classe pobre não gosta de
verduras, tomates, saladas, e, portanto, passa melhor com sua dieta),
e nas acomodações: classe B, quarto com cama, armário, luz,
campainha e oxigênio embutido na parede; Classe A, quarto com 4 ou 6
camas e as mesmas características do primeiro.
Suaves
anjinhos brancos que vieram do Canadá (Missionárias de Nossa
Senhora) cuidam das crianças. São freiras com formação
especializada para esse tipo de trabalho.
Nos
4 andares em que funciona a Maternidade, há um mundo de coisas a
registrar. Entre outras: uma grande Sala de Conferências de Médicos;
Sala de Cirurgia, com instrumental moderno e completo e com
aparelhagem de televisão em circuito fechado, a fim de que os
estudantes possam assistir às operações; Banco de Sangue; Sala de
Triagem; grande cozinha; lavanderia; "atelier" de
costureiras; almoxarifado, sala de máquinas com grandes caldeiras
que produzem vapor e água quente para todo o edifício.
Além
de tudo isto, a Maternidade-Escola Assis Chateaubriand dispõe de
excelente material humano. D. Helquine Cortez, Dorotéia Martins
Ferres e Isabel Sales (enfermeiras) prestaram todas as informações
solicitadas pela reportagem.
Mais
uma nota simpática: uma associação composta de senhoras da
sociedade de Fortaleza (Damas Vigilantes) presta serviço voluntário
à maternidade. Cada uma dessas senhoras dá meio dia de plantão por
mês. Sua função: fazer o papel de dona-de-casa, receber visitas,
dar informações. D. Lorena Araújo, por exemplo, foi a simpática
cicerone de "O Cruzeiro" na Maternidade-Escola Assis
Chateaubriand.
OBS:
Informações retiradas da reportagem de Jean Solari/ Texto de
Antônio Machado
Revista
O Cruzeiro - 12 de junho de 1965
Aniversários
MEAC
10 anos
Com
uma missa realizada na própria capela do hospital, comemorou-se o
décimo aniversário de fundação da Maternidade-Escola Assis
Chateaubriand, inaugurada em 15 de janeiro de 1965. Na foto, a mesa
que dirigiu a solenidade, integrada pela Irmã Mary, Dr. Geraldo
Gonçalves, Secretário de Saúde do Estado (representando o
Governador), Dr. Galba Araújo, diretor da Maternidade, jornalista
Eduardo Campos, Presidente da Sociedade de Assistência à
Maternidade-Escola Assis Chateaubriand, Dr. Aloísio Soares,
Secretário de Saúde do Município (representando o Prefeito), e Dr.
Danúsio Correia, diretor do Centro de Ciências da Saúde da UFC.
MEAC
50 anos
No
dia 13 de dezembro de 2013, a Maternidade-Escola Assis Chateaubriand
(MEAC) esteva em festa comemorando seus 50 anos de existência e
prestação de serviço à comunidade. Na solenidade de abertura,
realizada no Hall principal, a Superintendência dos Hospitais
Universitários da UFC juntamente com a Diretoria Assistencial da
MEAC, demais membros do Grupo Gestor dos HUs, além dos colaboradores
da instituição e convidados, reuniram-se em um momento de
agradecimentos e homenagens àqueles que ao longo dos anos
contribuíram com esforço e trabalho para o desenvolvimento da
chamada “escolinha”.
Deu-se
início à solenidade com a apresentação do Coral da Santa Casa de
Misericórdia que emocionou a todos os presentes. A Profª Sílvia
Bomfim Hyppólito, Coordenadora do Núcleo de Estudos em Saúde
Reprodutiva (NESAR), iniciando os pronunciamentos, relembrou os
momentos marcantes e ensinamentos que adquiriu de cada um dos
ex-diretores e deixou ainda sua mensagem de otimismo para a
instituição. “À querida MEAC, que mesmo sendo uma cinquentona,
passando por tantas reformas, sei que mostrará a que veio porque tem
raça e apego”, expôs.
Antes
da entrega das homenagens aos colaboradores, o então Diretor
Assistencial da MEAC, Prof. Carlos Augusto Alencar Junior, agradeceu
a todos que proporcionaram que aquele momento acontecesse, a exemplo
do Serviço de Recursos Humanos, demais setores e alguns
patrocinadores. “Esse momento é para prestigiar nossos
colaboradores, porque esta casa só existe graças ao amor, ao
afinco, a garra de cada um que aqui trabalha. Todos honram
verdadeiramente esta instituição e em virtude do cargo que ora
ocupo, percebo isso diariamente, pois apesar da diminuição
crescente de funcionários e das dificuldades financeiras, temos
conseguido a duras penas levar assistência de qualidade a população.
Nesse momento agradeço a todos que fizeram e fazem a história da
MEAC”, disse.
Finalizando
os discursos, o então Superintendente dos HUs, Dr. Florentino
Cardoso, lembrou que o momento era de festa e que o futuro reserva
novos desafios. “Precisamos sempre imaginar que passamos pelas
instituições e elas precisam ser cada vez melhores. O desejo de
todos nós é que possamos adiante comemorar 60, 70 e vários outros
anos, mesmo porque a instituição perdura e nós passamos. O
gratificante é passar e deixar boas marcas e certamente todos os
diretores que por aqui passaram, deixaram boas marcas”, disse.
Homenagens
Após
os pronunciamentos, colaboradores que prestaram serviço à
maternidade há muitos anos, foram homenageados com recebimento de
uma placa em agradecimento. Uma dessas homenageadas foi D. Maria José
Oliveira, que há 49 anos presta serviço de apoio as gestantes, no
passado como parteira e há 13 anos como Doula. “Realizo um
trabalho que me deixa muito feliz, muito mesmo. Chego aqui às 7h da
manhã, só preciso ficar por 3h, mas só vou embora quando vejo que
a mãezinha está bem. Adoro esse tipo de trabalho, de cuidar das
mãezinhas e dar conforto a elas. Hoje então, estou mais feliz ainda
com a homenagem”, disse.
Além
de D. Maria José Oliveira, outros 17 profissionais das diversas
áreas foram homenageados, dentre eles os ex-diretores e o atual
diretor da instituição. As comemorações seguiram durante todo o
dia com o tradicional parabéns à MEAC, almoço para os
colaboradores, exposição de fotos, sorteio de brindes, contação
de histórias sobre as boas lembranças vivenciadas na instituição
pelos colaboradores e o descerramento da placa em homenagem aos 50
anos.
Museu
do Parto
Tributo
ao Sr. Galba Araújo
O
Museu do Parto, localizado na Maternidade Escola Assis Chateaubriand
(MEAC), foi criado em homenagem ao falecido professor José Galba
Araújo que tanto lutou pela melhoria da qualidade da assistência
obstétrica. O museu contém curiosas e interessantes peças de
elevado valor antropológico que ilustram o modo como eram realizados
os partos em diferentes regiões do interior do Ceará. O
“Sofredouro”, por exemplo, acomodava as gestantes durante o
período de dilatação, e, durante o período expulsivo, uma corda
era amarrada a uma das quinas para permitir à parturiente assumir
uma posição mais inclinada.
Pode-se
conhecer ainda a vértebra de uma baleia que encalhou em Cumbuco e
que passou a ser usada pelas gestantes da cidade como banco de parto,
pois elas acreditavam que a criança que ali nascesse seria agraciada
com um futuro repleto de sorte. Estão expostas também a cama
obstétrica desenvolvida pelo próprio professor Galba e algumas
ferramentas obstétricas ainda hoje utilizadas, como os fórcepes de
Piper e de Simpson.
O
Museu é aberto semanalmente às sextas-feiras de 12h às 14h para
visitação pública, período durante o qual paciente,
acompanhantes, visitantes e os próprios funcionários da maternidade
poderão conhecer um pouco mais sobre a vida e trabalho do professor
Galba, bem como ver de perto as curiosas peças e suas respectivas
histórias.
José
Galba Araújo
Nascido
em Sobral e formado em medicina pela Universidade Federal da Bahia,
Galba Araújo especializou-se em Ginecologia e Obstetrícia em
Michigan, Estados Unidos. Dotado de forte espírito de liderança,
assumiu a direção da maternidade escola (MEAC) de 1964 à 1985,
sendo convidado à presidência de várias associações médicas,
como a Sociedade Cearense de Ginecologia e Obstetrícia.
Sempre
voltado para a medicina social, propôs, além da humanização do
parto, uma atenção à saúde descentralizada e hierarquizada,
melhorando o atendimento à população. O Ministério da Saúde, em
reconhecimento e homenagem à seu trabalho, criou o Prêmio Galba
Araújo, concedido às melhores unidades de atendimento obstétrico e
neonatal.
Parto
Humanizado
O
parto humanizado valoriza a participação ativa da gestante durante
o parto, respeitando a individualidade de cada parturiente. Várias
condutas buscam promover um parto mais saudável, reduzindo os riscos
à saúde da mãe e do neonato, como o aleitamento logo após o
nascimento e o estímulo à adoção da posição vertical no período
expulsivo, facilitando a saída da criança pelo canal vaginal e
reduzindo os danos ao organismo materno. Essas medidas também tendem
a naturalizar o parto o máximo possível, minimizando a intervenção
médica e evitando técnicas desnecessárias. O processo de
humanização também defende a presença de um acompanhante durante
o parto, contribuindo para o fortalecimento dos laços familiares,
criando, assim, um ambiente mais aconchegante para a chegada do novo
ser.
Fonte:
net
SOLIDARIEDADE AOS 700 TRABALHADORES(AS) DO HOSPITAL E MATERNIDADE DA UFC AMEAÇADOS DE DEMISSÃO.
ResponderExcluirREUNIÃO NESTA QUARTA. VAMOS LÁ, GALERA!
Companheiros(as)
Nesta quarta-feira, 03.01, às 16 horas, na Faculdade de Arquitetura da UFC, haverá uma reunião com várias entidades, integrantes de movimentos sociais e demais pessoas interessadas com o objetivo de discutir uma ampla campanha contra as demissões de cerca de 700 trabalhadores(as) do Hospital das Clínicas e Maternidade Escola da UFC, bem como de solidariedade aos 111 funcionários que, por decisão da reitoria, estão sem receber salários desde outubro, assim como o 13º, vales-transporte e vales-refeição.
Durante Audiência de Conciliação realizada no dia 27/01 na Justiça do Trabalho a UFC negou a possibilidade de um acordo amigável para prorrogar os contratos. O reitor não pensa em entendimento. Ele quer mais demissão. E a data está marcada: 18 de fevereiro. O Juiz da 7ª Vara da Justiça do Trabalho, Dr. Antônio Fortuna, marcou uma nova audiência para o dia 30 de março. (ver ata da audiência enviada em e-mail anterior).
A reunião objetiva também abrir uma discussão mais ampla sobre o questionamento ao papel da EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares no que se refere à Autonomia Universitária e aos Hospitais Universitários como unidades de Ensino, Pesquisa e Extensão.
A principal proposta é a convocação de uma Assembleia Geral da Comunidade Universitária para uma tomada de posição contrária à decisão do reitor de demitir os trabalhadores do Complexo Hospitalar. Outras propostas serão apresentadas na oportunidade.
Confiantes de contarmos com essa solidariedade, subscrevemo-nos.
Atenciosamente,
MDTS – Movimento em Defesa dos Trabalhadores da Saúde (SAMEAC/UFC)
Crítica Radical
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Contatos:
Rosa Fonseca – 988166254; Teresa Neumann – 988818172. Rosângela Saldanha – 987996663.. Advogados: Clovis Renato (OAB/Ce 20.500) Cel: (85) 99901.8377; Thiago Pinheiro (OAB/Ce 19.279) Cel: 99627.3752 / 98723.2755.