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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Greve dos TAE: Manifestação nas ruas dia 18/09 (O Governo Federal recua na proposta dos 4 anos)

SOBRE A NOSSA GREVE E A NECESSIDADE DE IRMOS AS RUAS NO DIA 18/09.
Os próximos dias serão decisivos para a greve nas universidades como também para outras categorias que estão em greve. Há uma resistência heroica dos trabalhadores do funcionalismo publico federal que está há meses em greve lutando contra as políticas de austeridade do governo Dilma. Tal resistência impôs uma derrota importante ao governo na medida em que as greves se unificaram através do fórum. Obrigando o governo a recuar na proposta de reajuste parcelado em 4 anos, ao mesmo tempo que apresentou uma contraproposta de reajuste parcelada em 2 anos. Nem mesmo nos acordos de 2007 e 2012 o governo recuou tanto em relação ao período do reajuste, nessas ultimas duas greves todas as categorias assinaram acordos parcelados em 3 anos. É importante destacar essa derrota do governo para que tod@s entendam a importância da greve e da unidade dos SPFs.
Ainda que tenha sido uma vitoria importante da greve ter enterrado o reajuste de 4 anos, é preciso melhorar a contraproposta do governo ( 10,8 parcelado em 2 vezes). Assim, a FASUBRA na ultima reunião com o governo apresentou uma contraproposta que foi amplamente aprovada nas bases e que tem a lógica de cobrir a inflação desse ano e diminuir as perdas do governo Dilma. Trabalhando o índice, mas também por dentro da carreira em relação ao Step( Sendo a única forma de diminuir perdas tanto para ativos como para aposentados). Sem falar em outros temas que constam na contraproposta que envolve a jornada de trabalho, democratização, racionalização, reposicionamento dos aposentados, data base, plano nacional de capacitação e o fim dos cortes na saúde e educação.

A nossa greve está mergulhada numa conjuntura de crise política e econômica, de maneira que uma alimenta a outra... Os de cima brigam pelo poder, mas ao mesmo tempo há uma grande unidade na aplicação do ajuste fiscal contra os trabalhadores. Essa tendência de ataques ao funcionalismo se dá não só na esfera federal, como também estadual e municipal. A dívida publica deteriora o orçamento público que está comprometido com a lógica do sistema financeiro, assim a saída principal que os governos apresentam é esfolar ainda mais a população pobre e trabalhadora.
É preciso olhar para as greves do funcionalismo estadual que explodiram esse ano. A maioria delas muito poderosas levaram milhares às ruas, mas quase todas elas não conseguiram arrancar grandes concessões econômicas. Os professores da rede estadual de São Paulo fizeram uma poderosa greve, mas Alckimin ( PSDB) conseguiu derrotar a greve e os profissionais de educação voltaram ao trabalho com ponto cortado e sem acordo. Os professores do Paraná enfrentaram o governo de Beto Richa( PSDB), que mesmo nas cordas bancou o desgaste e impôs sua política de arrocho com forte repressão policial. Nesse momento o funcionalismo gaúcho enfrenta Sartori( PMDB) que está cortando salários, um exemplo próximo do que os trabalhadores vivenciaram na Europa no ápice da crise econômica mundial ( demissões e cortes de salários). Diante da crise econômica essa tem sido a forma dos governos atacar o funcionalismo, o que tem sido uma tendência em todo país e no mundo... E não é diferente para o funcionalismo publico federal brasileiro que enfrenta o governo Dilma( PT)!
Isso significa que para arrancarmos mais concessões do governo ainda nessa greve precisamos que todos os trabalhadores do funcionalismo público federal possam ir às ruas. O CNG/FASUBRA está orientando a construção de grandes carreatas nas principais avenidas de todas as cidades que tenham trabalhadores das universidades e do funcionalismo em greve. Devemos procurar as outras categorias em greve e fazer muito barulho essa semana ocupando as ruas das cidades e dialogando com a população.
O dialogo com a opinião publica é muito importante, pois nas ultimas semanas, a grande mídia que está muito interessada no sucesso do ajuste fiscal do Governo Dilma, atua conscientemente para jogar a opinião publica contra as greves em curso. Tem sido assim principalmente com a greve na educação federal como também com a greve dos trabalhadores do INSS. Reportagens, artigos, editoriais, matérias em quase todos os jornais, revistas e TVs com o objetivo de construir a ideia que os grevistas estão prejudicando a população. Os verdadeiros culpados pela greve é o próprio governo, o congresso, a oposição de direita, e toda classe dominante que está unida em nome do ajuste fiscal contra os trabalhadores!
Por fim, tod@s os trabalhadores que estão em greve lutando por melhores salários e em defesa da saúde e educação publica precisam participar e construir a grande marcha no dia 18/09 na paulista. Temos que fazer diferente daqueles que foram para as ruas defender o governo no dia 20 de agosto, esse não é o papel do movimento sindical nesse momento. Como também vamos fazer diferente daqueles que foram as ruas no dia 16/08 levantar bandeiras da direita.
Chegou a nossa vez de irmos tod@s as ruas dizer NÃO ao ajuste fiscal e BASTA de Dilma-PT, Aécio PSDB e Cunha PMDB... Pois todos eles não são alternativas para o povo trabalhador brasileiro!
18 de Setembro na Paulista... Eu vou!
Rumo a greve geral!
Gibran Jordão

Coord. Geral da FASUBRA e Membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP - Conlutas

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