O Tribunal
Regional Federal da 5ª Região (TRF5) é o primeiro do país a completar a
integração eletrônica com o Superior Tribunal de Justiça (STJ) utilizando o
Modelo Nacional de Interoperabilidade (MNI).
Estabelecido
por um comitê gestor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do qual participam
vários órgãos do chamado Sistema de Justiça, o MNI estabelece um padrão para o
intercâmbio de informações e documentos de processos judiciais.
O STJ já
possui a integração via MNI para a baixa de processos com o TRF4 e para o
recebimento de petições com o Ministério Público. O TRF5, entretanto, foi o
primeiro órgão com o qual o STJ implementou a integração para recebimento de
processos nos padrões do modelo nacional – mudança que, segundo o secretário de
Tecnologia da Informação e Comunicação do STJ, Roberto Petruff, não se
restringe ao campo tecnológico.
“Para viabilizar a integração, é necessário
que os envolvidos pensem o processo judicial além de suas instâncias. Isso
porque a integração requer a definição de padrões para as informações que
tratam do trâmite processual, já que elas precisarão ser interpretadas em todas
as instâncias. Com isso, surge a necessidade de definir padrões para aspectos
como os movimentos, os assuntos e as peças processuais. Para isso, o MNI se
utiliza de tabelas nacionais definidas pelo CNJ”, explicou.
Grande passo
De acordo
com o vice-presidente do TRF5, desembargador Edilson Nobre, desde o início dos
trabalhos, no segundo semestre de 2014, até a última semana, já tinham sido
enviados 338 processos pelo novo sistema. “A conclusão dessa etapa representa
grande passo para o aperfeiçoamento do processo judicial eletrônico. Sem
dúvida, haverá uma grande agilização da remessa, com significativa economia de
tempo e de recursos financeiros”, disse ele.
Houve um
grande esforço das equipes de tecnologia da informação e das áreas que atuam no
processo judicial em ambos os órgãos. Foi preciso entender todo o fluxo de
remessa do TRF5 para o STJ e, a partir do domínio técnico do MNI, criar
mecanismos de tecnologia da informação e adaptar sistemas existentes com base
nas especificações do modelo.
“Foram muitas reuniões por videoconferência,
trocas de e-mail e consultas ao CNJ. Contamos com um envolvimento muito grande
das áreas negocial e técnica de ambos os tribunais”, disse Rubens Rios, titular
da Secretaria Judiciária do STJ.
Com a integração,
foi eliminada a etapa de preparação de processos para envio. Economia,
sustentabilidade e maior celeridade no trâmite processual são os principais
resultados da integração.
“Antes,
eram exigidas ações manuais no sistema do TRF5 e no sistema do STJ, pois eles
não conversavam. Após a integração, a troca de informações é automática. Também
foi eliminada a necessidade de materiais e logística no trânsito de alguns
processos ainda enviados fisicamente”, explicou Petruff.
STJ e TRF5
agora estão aptos a enviar e receber processos de qualquer outro órgão que
trabalhe nos padrões MNI. O próximo passo é buscar novas integrações.
Fonte: http://www.stj.jus.br/sites/STJ/default/pt_BR/noticias/noticias/Últimas/TRF5-é-o-primeiro-tribunal-a-enviar-processos-eletrônicos-ao-STJ-nos-padrões-do-MNI
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