Reajuste
será em duas fases, neste mês de setembro e em janeiro de 2015.
Salário
mínimo será de 4.716 pesos no ano que vem.
O governo
da Argentina aumentou o salário mínimo em 31% em duas fases, segundo anúncio da
presidente Cristina Kirchner nesta terça-feira (2). O reajuste ocorre após
greves gerais realizadas no país no fim de agosto e quando a situação econômica
da Argentina se torna mais difícil com inflação alta e o calote parcial em
credores da dívida.
O salário
passa a valer 4.400 pesos a partir de 1º de setembro e fica com este valor até
o fim do ano. A partir de janeiro do ano que vem, o mínimo passa a 4.716 pesos,
completando o reajuste.
No ano
passado, a alta do salário mínimo foi de 25%, segundo a agência EFE.
A
Argentina enfrenta uma uma das taxas de inflação mais elevadas do mundo
influenciada pelos altos gastos do governo em programas de assistência social,
a impressão de dinheiro novo e uma moeda “doente”. Em janeiro, o governo foi
obrigado a desvalorizar o peso.
De acordo
com o jornal argentino "Clarín", os preços regulados pelo governo
tiveram alta anual de 54,1% até julho, segundo a Direção de Estatísticas
argentina. O dólar oficial subiu quase 50% nos últimos 12 meses, de acordo com
o BC local, citado pelo jornal.
Calote e
greve
Na última
semana de agosto, houve greve nacional na Argentina exigindo melhorias
salariais, num momento em que a economia está em declínio. A inflação foi uma
daz razões: os sindicatos dizem que a inflação anual é superior a 30% e
prejudica os trabalhadores.
O país deu
calote parcial nos credores que aceitaram renegociar a dívida do país, após o
pagamento ter sido bloqueado pela Justiça norte-americana. Fundos que têm
títulos da dívida do país e não aceitaram a negociação entraram na Justiça
exigindo o pagamento integral e conseguiram vitória judicial, apesar de a
Argentina não ter feito pagamentos.
Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/09/apos-greve-geral-argentina-eleva-valor-do-salario-minimo-em-31.html
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