Monteiro
esclarece seu fracasso
“[...]
Como sabem, é muito difícil escapar à influência do meio, quando em luta na
carne.
[...] Em
todos os tempos, o vício intelectual pode desviar qualquer trabalhador mais
entusiasta que sincero, e foi o que me aconteceu.
[...] O
apego às manifestações exteriores desorientou-me por completo.
[...]
Andava cego. Não conseguia perceber que a existência terrestre, por si só, é
uma sessão permanente. Trabalhava o Espiritismo a meu modo. Toda a proteção e
garantia para mim, e valiosos conselhos ao próximo. Ao demais disso, não
conseguia retirar a mente dos espetáculos exteriores. Fora das sessões
práticas, minha atividade doutrinária consistia em vastíssimos comentários dos
fenômenos observados, duelos palavrosos, narrações de acontecimentos insólitos,
crítica rigorosa dos médiuns.
[...]
Tarde reconhecia que abusara das sublimes faculdades do verbo.
[...]
Quando me calei, à espera de palavras que alimentassem o monstro da minha
incompreensão, Veneranda sorriu e respondeu: - ‘Monteiro, meu amigo, a causa da
sua derrota não é complexa, nem difícil de explicar. Entregou-se, você,
excessivamente ao Espiritismo prático, junto dos homens, nossos irmãos, mas nunca se interessou pela verdadeira prática
do Espiritismo junto de Jesus, nosso Mestre’.”
(André
Luiz ‘Os Mensageiros’. Psicografia:
Francisco Cândido Xavier. 20 ed. 1986. p. 67-71)
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