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domingo, 17 de agosto de 2014

Espiritualidade: Jesus Médico (Os Mensageiros)

Vicente, médico, esclarece:
“[...] No que se refere à Medicina, os colegas em bancarrota espiritual são inúmeros. A saúde humana é patrimônio divino e o médico é sacerdote dela. Os que recebem o título profissional, em nosso quadro de realizações, sem dele se utilizarem a bem dos semelhantes, pagam caro a indiferença. Os que dele abusam são, por sua vez, situados no campo do crime. Jesus não foi somente o Mestre, foi o Médico também. Deixou no mundo o padrão da cura para o Reino de Deus. Ele proporcionava socorro ao corpo e ministrava fé a alma. Nós, porém, meu caro André, em muitos casos terrestres, nem sempre aliviamos o corpo e quase sempre matamos a fé.
[...] Ainda não pensara, de fato, em toda a grandeza do serviço divino de Jesus Médico. Ele expulsara febres malignas, curara leprosos e cegos de nascença, levantava paralíticos, mas nunca ficava apenas nisto. Reanimava os doentes, dava-lhes esperanças novas, convidava-os à compreensão da Vida Eterna.
[...] Todo erro traz fraqueza, e, assim sendo, o nosso colega, por enquanto, não adquiriu forças para se desvencilhar dos algozes. Perante a Justiça Divina, portanto, ele não resgata crimes inexistentes, mas repara certas faltas graves e aprende a conhecer-se a si mesmo, a entender as obrigações nobres e praticá-las, compreendendo, por fim, a felicidade dos que sabem ser úteis com segurança de fé em Deus e em si mesmos. A noção do dever bem cumprido, André, ainda que todos os homens permaneçam contra nós, é uma luz firme para o dia e abençoado travesseiro para a noite.”
André responde:
“[...] Onde existia uma falta, pode haver muitas perturbações; onde apagamos a luz, podemos cair em qualquer precipício”.


(André Luiz ‘Os Mensageiros’. Psicografia: Francisco Cândido Xavier. 20 ed. 1986. p. 74-75)

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