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segunda-feira, 10 de março de 2014

Reflexão: Mergulhamos na desvalorização, na banalização da vida (Alba de Carvalho)



“Este atingir o limite das contradições bem se expressa no agravamento da Questão Social que se aproxima da barbárie... É o mundo do trabalho imerso na precarização estrutural... É a questão urbana, a explodir em tensões e confrontos em meio às assimetrias, tornando à vida nas cidades insuportável, com extrema precarização de bens e serviços para a crescente maioria da população que tenta se equilibrar no “fio da navalha” das exclusões e inclusões precárias... Em verdade, tem-se a gestão das cidades para o capital, segundo os ditames da especulação imobiliária, dos circuitos financeirizados, dos interesses dos representantes do capital. E as cidades passam a ser geridas em função de eventos (Vide Copa do mundo e Olimpíadas). E, assim, hoje, para além da destituição de direitos, vivemos a desmontagem da própria lógica dos direitos... A vida social parece tão impregnada da liquidez, da descartabilidade, da privatização, da mercantilização que regem a civilização do capital que não considera a lógica dos direitos como referência fundante da democracia. E, assim, mergulhamos na desvalorização, na banalização da vida, sobremodo dos que são descartáveis, são supérfluos para o capital.
E neste cenário-limite vivencia-se a explosão das violências, de toda ordem e toda espécie, e, então, desenvolve-se a obsessão da segurança, em um mundo capitalista estruturalmente violento.”

Fonte: http://vidaarteedireitonoticias.blogspot.com.br/2014/03/a-vida-social-em-tempos-contemporaneos.html

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