“Este
atingir o limite das contradições bem se expressa no agravamento da Questão
Social que se aproxima da barbárie... É o mundo do trabalho imerso na
precarização estrutural... É a questão urbana, a explodir em tensões e
confrontos em meio às assimetrias, tornando à vida nas cidades insuportável,
com extrema precarização de bens e serviços para a crescente maioria da
população que tenta se equilibrar no “fio da navalha” das exclusões e inclusões
precárias... Em verdade, tem-se a gestão das cidades para o capital, segundo os
ditames da especulação imobiliária, dos circuitos financeirizados, dos
interesses dos representantes do capital. E as cidades passam a ser geridas em
função de eventos (Vide Copa do mundo e Olimpíadas). E, assim, hoje, para além
da destituição de direitos, vivemos a desmontagem da própria lógica dos
direitos... A vida social parece tão impregnada da liquidez, da
descartabilidade, da privatização, da mercantilização que regem a civilização
do capital que não considera a lógica dos direitos como referência fundante da
democracia. E, assim, mergulhamos na desvalorização, na banalização da vida,
sobremodo dos que são descartáveis, são supérfluos para o capital.
E neste
cenário-limite vivencia-se a explosão das violências, de toda ordem e toda
espécie, e, então, desenvolve-se a obsessão da segurança, em um mundo
capitalista estruturalmente violento.”
Fonte:
http://vidaarteedireitonoticias.blogspot.com.br/2014/03/a-vida-social-em-tempos-contemporaneos.html
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