“É
decisivo considerar que este momento contemporâneo do capitalismo, nos marcos
desta expansão ilimitada e destrutiva do capital, sustenta-se em uma
MISTIFICAÇÃO IDEOLÓGICA que conduz ao extremo individualismo, ao consumismo com
forma de existência, pretendendo restringir a intervenção dos sujeitos à vida
privada, bloqueando e desqualificando alternativas de organização do coletivo
que questione e confronte com a lógica deste sistema. A rigor, a própria lógica
que preside o desenvolvimento capitalista, qual seja, a lógica da concorrência,
do mercado, do produtivismo impõe-se, cada vez mais, como ideologia dominante
(HARVEY, 2011). É o predomínio de uma cultura do mercado, da produtividade, do
consumismo, da descartabilidade. E, mistificação ideológica impõe o “cardápio
da felicidade”, onde a receita é voltar-se para si e para os seus, na
inesgotável ânsia de ter, de atender desejos inesgotáveis do consumismo, de
dotando-se das “mercadorias – insignas do sucesso”: carros; apartamentos em
condomínios sempre mais fechados; roupas de griffes; perfumes; aparelhos de
última geração...
E na sua
crítica a esta sociedade líquida e que nos liquefaz, Bauman alerta que a
felicidade não está na riqueza de poucos, que a felicidade não se mede pelo que
cada um acumula, mas, justamente, pela distribuição. É evidente que Bauman
confronta com a mistificação ideológica que sustenta esta sociedade, no limite
de suas contradições.”
Fonte:
http://vidaarteedireitonoticias.blogspot.com.br/2014/03/a-vida-social-em-tempos-contemporaneos.html
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