“Não há dúvida de que o poder das companhias transnacionais,
que não respondem perante nenhum eleitorado, é um ataque massivo contra a
democracia qualquer que seja a definição que se adote. Também é verdade que
organizações, tais como o FMI, usurparam certas funções de governos eleitos
(embora em proveito de outros governos nacionais mais fortes). Mas o mais sério
desafio à democracia no sentido de “governo do povo” está na natureza da
economia capitalista. Nem é preciso dizer que o sistema de dominação de classe,
as iniqüidades geradas pelo capitalismo e a relação entre riqueza e acesso ao
poder são incompatíveis com a democracia nesse sentido. A democracia
estadunidense, por exemplo, onde a política é bastante dependente do dinheiro
grosso, é obviamente algo muito diferente de “democracia” no seu sentido
literal.”
(WOOD, Ellen Meiksins. O
que é (anti)capitalismo?. Net: http://www.ifch.unicamp.br/criticamarxista/arquivos_biblioteca/critica17-A-wood.pdf. p. 45. Acesso em 09/março/2014)
Nenhum comentário:
Postar um comentário